Capitulo I – Chumbo
Grosso
Calibre
grosso carregado do mais puro Heavy Metal, a Zerodoze pisa no palco com
pontualidade. Tocaram para um público bem restrito e aqui poderíamos discorrer
sobre uma gama de motivos (chuva, horário, domingo, etc.), mas enfim, não vamos
deter energias nisto. Alias energia é uma palavra interessante a ser usada para
ilustrar a apresentação da banda, André
Lacet inicia a festa com o baixo bem marcado de “Ninguém”:
- “Vou embora desse lugar, não quero encontrar mais ninguém...” Tá mais do que na cara que eles não estavam falando do Opinião, pois a imagem vista, mostrava três músicos em perfeita sintonia e demonstrando gostar muito de estar no lugar que nasceram para estar: - O Palco!
Pra
brindar o começo da festa, o trio emenda na épica “Symphony Of Destruction” do
Megadeth e pronto, era como se estivem dizendo:
- Oficialmente, declaramos que o VII RS
METAL FEST começou!
Apresentação
sóbria, mas nem um pouco contida. A Zerodoze mostrou experiência e deixou
evidente que, os anos (de estrada) de palco ensinaram que, pouco importa o
número do público (claro que quanto mais pessoas, a festa fica mais bonita).
Seja uma platéia de 100 pessoas ou 10 000, uma coisa é certa: A explosão
musical será a mesma!
Parabéns
fizeram bonito e empolgaram a galerinha colada na grade. Mas só pra deixar bem
claro, já vimos o Opinião lotado pra aplaudir o (Power) trio. Logo abaixo segue
o link do clipe de “Essa Mulher”, sonzera que também compôs o set da noite.
Aproveitaram
muito bem cada segundo do tempo que foi destinado, e pra encerrar desferiram um pataço em cheio no meio da turma,
chamado “Da Onde Veio”. Nessa noite, quem assumiu a batera foi o Jean Montelli,
ainda em fase de testes na banda, vamos torcer para que tudo se acerte e que,
se for melhor para a banda, o Jean possa permanecer.
A
Zerodoze é:
Cristiano Wortmann (Voz e Guitarra)
André Lacet (Baixo)
Jean
Montelli (Bateria)
Set Zerodoze:
1 Ninguém
2 Symphony Of
Destruction (Megadeth cover)
3 Essa Mulher
4 Wrathchild (Iron Maiden cover)
5 Horas Vagas
6 Black and Gray
7 O Gole
8 Da Onde Veio
Clipe “Essa Mulher”: https://www.youtube.com/watch?v=NIKxCGIfymE
Zerodoze no face: https://www.facebook.com/zerodoze
Capitulo II – Um Atentado
Após
alguns minutos de silêncio, o telão começa sua elevação novamente e revela a
segunda banda da noite, que daria continuação no embalo iniciado pela Zerodoze.
Em ritmo de comemoração dos seus 20 anos de estrada, assume o palco a Grosseria,
com muita história pra contar, letras irreverentes e muita atitude. Este era um
dos shows mais curiosos da noite, considerando a faixa etária do público, um
número pequeno apenas já havia visto a Grosseria ao vivo.
A
banda exibiu uma apresentação enérgica, também para um público restrito, mas a
casa já dava sinais de despertar, a hora já estava se avançando e era chegado o
momento dos bangers deixarem as tocas para ir até o Bar Opinião. Neste mesmo
palco, em 2013, a Grosseria esteve ao lado da gringa Biohazard. Apresentação
solidificada e calcada no Thrashcore, com certeza de curiosidade satisfeita.
O
que foi visto e ouvido agradou olhos e ouvidos dos iniciados. A banda se
preparava para o encerramento da apresentação, e o rufar dos tambores chega ao
som do trio “Carro Bomba”, “Degradação” e “Porrada!”. O que era novidade para
alguns, para outros significava matar saudades. Saudades de ouvir Grosseria e
outros matando saudades do palco. Vida longa Grosseria e obrigado pela bela
noitada!
Grosseria
é:
Leandro Padraxx (Vocal)
Guga Prado (Guitarra)
Rick Santos (Guitarra)
Daniel Lobato (Bateria)
Guilherme Carvajal (Baixo)
Set
Grosseria:
1 Desossar
2 Sem Controle
3 Cidade Obscura
4 Mordaça
5 Demente
6 Carro Bomba
7 Degradação
8 Porrada!
Grosseria
no face: https://www.facebook.com/grosseria.hc/info
Capitulo III – Morte da Carne
Hora
de começar a desgraceira, tudo acertado para a terceira banda da noite e o
palco recebe mais um trio, o Clã Lustosa havia chegado. Demonstrando claramente
na expressão do olhar, a sede de estar no palco mais uma vez. O público atingiu
contingente mínimo para que se formassem os primeiros indícios de mosh.
“They´re stealing you
While you smile
They´re raping you
As you celebrate your carnival
Few cultures know
Appreciate themselves…” – The Protester
Sem
muita conversa mole, saíram disparando todo o poder de fogo disponível. Abriram
com “The Protester” e “Liars” na sequencia. Mauriano impulsionando a destruição
pela imposição do vocal poderoso e manobrando o baixo em formação de combate,
Parahim conduzindo os solos e riffs no flanco direito do palco e na contenção,
Marlo brandindo baquetas ao fundo, caso alguém conseguisse passar ileso pelo
primeiro pelotão.
Particularmente
falando, este era a grande expectativa da noite, foi à primeira vez ante a Carniça
ao vivo. Não poderia ser diferente, assim como muitas outras bandas gaúchas, a
Carniça se mostrou muito digna do respeito adquirido. Além das músicas
extremas, com letras contundentes e chamadas para a realidade, o trio vestia-se
com o que há de melhor.
Mauriano
estava homenageando a Torvo, Marlo estava com a camiseta da Krisiun e Parahim
era Carniça de corpo, alma e sentimento. Pois é, coisa melhor não há e é “tudo
nosso” (Torvo e Krisiun... seriam pedidos de inclusão no próximo Fest? Quem
sabe!).
Som
do Opinião já é famoso pela competência em segurar o tranco, alias um salve
para a turma da equipe técnica de som e luz, sempre executando com maestria.
Normalmente passam despercebidos, mas isso é sinal de que tudo correu bem. Se
você sai de um show lembrando-se da equipe de som ou de luz, algo não saiu como
deveria! Ainda que houvesse muito mais gás a ser queimado pela Carniça (e estou
certo que sim), a apresentação deveria encerrar para que se cumprisse a
profecia do tempo determinado anteriormente.
E
assim como nas vestimentas, o carinho pelo que é nosso se mostrou em notas
musicais também, o show chegou ao fim e foi em sentimento de homenagem aos mineiros
da Sarcofago ao som de “Midnight Queen”.
Carniça
é:
Mauriano Lustosa (Baixo e Voz)
Marlo Lustosa (Bateria)
Parahim Neto (Guitarra)
Set Carniça:
1 - The Protester
2 – Liars
3 - Nations Of Few
4 - Rotten Flesh
5 - Oil War
6 - Prayers before the death
7 - Midnight Queen – (Tributo Sarcofago)
Carniça
no face: https://www.facebook.com/CarnicaMetal
Capitulo IV – A Negligência Infernal
Com
o público a pino, a Distraught chega “metendo o aríete na porta”, nada de
novidade, pois não se podem esperar muitos afagos da banda quando estão no
palco. Não condiz com a personalidade da banda. Veja bem que, estou falando em
questão de atitude e agressividade no desempenho e sonoridade, já que
pessoalmente são verdadeiros lordes e sempre atenciosos com os fãs.
A
banda sobe no palco com ares de “dever cumprido” em relação ao The Human Negligence is Repugnant (seu
trabalho mais recente), e a intenção é despedir-se da tour do disco, pois novas
ideias e composições estão brotando. Hora de deixar o “Human...” descansar em
paz, por um tempinho.
Já
que é pra ser assim “Gates of Freedom”
foi à eleita para promover o abalo sísmico inicial. Show foi equilibradamente
linear o tempo todo, mantendo o calor sempre. André (vocal) e Nelson (Baixo)
iniciaram uma sequencia “headbangs” que foi de dar inveja, isso elevou ainda
mais o clima Thrash da noite. A surpresa chega à quarta música, uma prova cabal
de que, coisa nova está por vir. “Lost”
era o nome da destruição, que será parte integrante do novo trabalho da banda, digamos
que aconteceu uma “degustação”.
Uma
noitada que entrará para o hall da fama dos shows em Porto Alegre. Resta-nos
agora aguardar para saber o que a banda nos trará de novidades. A apresentação
encerra com o famoso Wall Of Death, em “Insane
Corporation”. E emenda na finaleira destruidora ao som de “Reflections Of” Clarity e “Hellucinations” (ambas do Unnatural Display Of Art).
Distraught:
André Meyer (Vocal)
Nelson
Casagrande (Baixo)
Everton
Acosta (Guitarra)
Ricardo
Silveira (Guitarra)
Dio (Bateria)
Set
Distraught:
1 Gates of Freedom
2 Psycho Terror Class
3 The Human Negligence Is Repugnant
4 Lost
5 Justice Done By Betrayers
6 Borderline
7 Insane Corporation
8 Reflections Of Claraty
9 Hellucinations.
Distraught no face: https://www.facebook.com/distraughtband?ref=br_tf
Final – A Vingança Anunciada
Fechando
a noitada com uma grande “chave de ouro”,
com o cabo cravejado de diamantes, chega a
Hibria e toda sua ira em forma
de vingança silenciosa (que de silenciosa não tem nada, e o Opinião que o
diga). A proposta era a seguinte: Rodar o Silent
Revenge na integra sem dó nem piedade! Pois, senhores, que seja cumprido o
seu desejo, certamente só temos a agradecer.
Durante
a apresentação, conforme a proposta, claro que o público contou com a
participação especial do André Meyer (vocalista da Distraught). Ainda seguindo nesta proposta, o público que lá esteve
naquele domingo, presenciou algo único. Algumas das músicas do atual trabalho
da Hibria foram executadas, ao vivo, pela primeira vez (sim, presenciamos um
momento histórico para a banda), a exemplo da “The Place That You Belong”.
Ainda que alguns fãs tenham notado um semblante mais sério e menos entrosado, a
banda fuzilou o disco na íntegra com muita energia.
A
sincronia da banda é cada dia mais visível, e por motivos óbvios, a Hibria
acabou tendo mais tempo em palco, e todo tempo é pouco. Após a execução do Silent Revenge, a banda retorna para
relembrar algumas faixas dos trabalhos anteriores.
Hibria é:
Iuri Sanson (Vocal)
Abel Camargo (Guitarra)
Renato Osorio (Guitarra)
Benhur Lima (Baixo)
Eduardo Baldo (Bateria)
Set Híbria:
1 Silent Revenge
2 Lonely Fight
3 Deadly Vengeance
4 Walking To Death
5 Silence Will Make You Suffer
6 Shall I Keep Burning?
7 The Place That You Belong
8 The Scream Of An Angel
9 The Way It is
…Mais Encore!
Cinco bandas, uma noite e um
ciclone de energia. Após encerrar a apresentação, encerram também o Fest
deixando os fãs de alma e coração lavados. Todos descem do palco e ficam
trocando ideias e fotos com amigos e fãs. Parabéns a Pisca Produtora e Opinião
Produtora, ainda teremos muita estória pra contar, graças a vocês.
O ponto Negativo da noitada ficou por conta de uma falha de comunicação entre os seguranças do Opinião. Aconteceu um impedimento do nosso redator, ao tentar acessar o brête frontal, local onde ele permaneceu tranquilamente até o terceiro show. Um dos seguranças havia dito que era ordem da chefia dos seguranças, porém outro segurança falou que a chefia já havia se retirado do local. Apenas um fator a ser analisado com cuidado, afinal de contas estamos sempre do mesmo lado trabalhando em conjunto.
Cobertura por: Uillian Vargas
Fotos: Uillian Vargas
Revisão/edição: Renato Sanson