domingo, 27 de maio de 2018

Epica: EP é um Presente de Qualidade aos Fãs




Em agosto do ano passado o sexteto holandês de metal sinfônico Epica lançou o EP “The Solace System”, via Nuclear Blast, e agora disponível no Brasil via Shinigami Records.

As músicas foram compostas no mesmo período do álbum “The Holographic Principle”, portanto as 6 faixas deste EP não possuem muita originalidade, mesmo assim foi entregue um trabalho de qualidade. As orquestrações e coros tão característicos na sonoridade da banda marcam presença complementando o instrumental pesado e moderno em todas as músicas.

Para divulgar o trabalho, foi lançada uma trilogia de vídeos animados criados por Davide Cilloni das músicas “The Solace System”, “Immortal Melancholy” e “Decoded Poetry”.


Iniciando com “The Solace System”, a canção tem um refrão que cativa o ouvinte, em seguida a enérgica “Fight your Demons”, pesada se destaca pelos corais marcantes. A seguir, a intensa “Architect of Light”, onde as guitarras de Mark Jansen e a bateria de Ariën van Weesenbeek ganham destaque, fazendo um som pesado e direto. Em “Wheel of Destiny” Isaac Delahave se destaca pelo solo de guitarra.

Minha favorita é a balada “Immortal Melancholy”, que já havia aparecido nas faixas bônus de THP e dessa vez ganhou uma versão “voz e violão”. De forma bombástica “Decoded Poetry” encerra o trabalho com um coral emocionante.


“The Solace System”  foi bem produzido, qualidade indiscutível. mas não espere nada de novo, entendo que lançar essas músicas significa mais um presente aos fãs super fiéis do que para ouvintes que buscam novidades. Se você curte a banda, não tem erro.

Texto: Raquel de Avelar
Edição/Revisão: Carlos Garcia

Ficha Técnica:
Banda: Epica
Álbum: "The Solace System" EP 2017
País: Holanda
Estilo: Symphonic Metal
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records

Adquira agora no site da gravadora

Line-Up
Simone Simons - vocal (mezzo-soprano)
Mark Jansen - guitarra e vocal gutural
Rob Van der Loo - baixo
Isaac Delahaye - guitarra
Ariën van Weesenbeek - bateria 
Coen Janssen - Teclado e Piano

Track List:
01. The Solace System
02. Fight Your Demons
03. Architect of Dreams
04. Wheel of Destiny
05. Immortal Melancholy
06. Decoded Poetry

Site Oficial

       


       


       

domingo, 20 de maio de 2018

Cobertura de Show: Therion - Teatro AMRIGS Porto Alegre RS (09 de Maio)


E a espera dos fãs sulistas valeu a pena! Depois de quase 17 anos, em um evento da Mitnel Produções, o Therion retornou a Porto Alegre, divulgando o novo álbum, a ópera "Beloved Antichrist". A primeira vinda foi em 2001, durante a tour do "Secret of the Runes", e daquele line-up, apenas o mentor e criador da banda, Christofer Johnsson, e o baterista Sami Karpinnen, que retornou recentemente ao grupo, restaram. O line-up atual, que já possui um grupo que vem atuando junto desde 2012, com Thomas Vikström (vocais), Linnéa Vikström (vocais), Nalle Pahlsson (baixo) e Christian Vidal (guitarras), recebeu em 2015 a adição da fantástica soprano Chiara Malvestiti, substituindo a não menos incrível Lori Lewis. Um excelente e bem entrosado line-up, que entregou um show carregado de energia e emoções. Vamos contar um pouquinho do que foi a noite a seguir.


Primeiramente tecendo sobre a organização do evento, praticamente só temos elogios, pois o local escolhido, o teatro AMRIGS, possui uma excelente estrutura, proporcionando muito conforto ao público, e o mais importante, a qualidade do som, certamento o quesito mais importante, ainda mais se tratando de uma banda que possui tantos detalhes em sua música. Pudemos perceber no início e ao final do show, a satisfação dos fãs com a qualidade do evento, agradecendo à produção pela realização, pois muitos já estavam dispostos a ir a outros estados para conferir a banda. 

O próprio Christofer Johnson elogiou a organização, dizendo que estava tudo perfeito, somente tendo reticências quanto à algumas falhas do engenheiro de iluminação. Bom, não é fácil, com todos aquele pessoal no palco e movimentando-se e, principalmente os vocalistas, que se revezam nos vocais principais e secundários. No mais, somente vimos algumas reclamações quanto a um benefício que a produção iria entregar aos compradores do setor VIP, que, segundo o produtor informou, a empresa responsável pela produção não entregou a tempo.


Os Convidados, Spleenful (Brasil) e The Devil (Inglaterra), abrem o espetáculo com méritos!

Praticamente pontuais, outro ponto positivo, os shows das bandas convidadas se iniciaram, já com um bom público, e coube a Spleenful e seu Dark Metal repleto de trechos sinfônicos e elementos atuais, logo chamou a atenção do público, com uma atuação bem segura e interagindo bastante com a plateia, que embora, na maioria, permanecesse sentada, aplaudiu bastante a banda.


A banda caprichou no visual e algumas surpresas, como na abertura da apresentação, durante a intro a banda foi chegando e também uma bruxa tratava já de "enfeitiçar" o local. O grande final com "Winter Solstice Dream", também foi abrilhantado pela performance de dança do ventre, pela bailarina Viih Alves. Formada em 2012 em Porto Alegre, a banda atualmente conta com 
Tiago Alano (vocais), Bia Giovanella (vocais), Elias Mendes (guitarra), Carlos Ricardo (baixo), Everton Manso (teclados), Yuri Porto (bateria) e Marcelo Campos (guitarra).


Após a aplaudida Spleenful, era a vez da curiosa The Devil adentrar o palco. O quarteto inglês utiliza máscaras, e proclama-se como inovador, trazendo uma proposta cinematográfica e dark, buscando trazer emoções diversas. O som é instrumental, tem peso, e são colocados telões com imagens de fatos históricos, com a sonoridade servindo de trilha para essas imagens. São usados samples ao invés de um vocalista, e as mensagens, segundo eles, tudo possui uma mensagem codificada, que expõem um grande segredo, uma grande conspiração... Bom...é preciso mais audições para digerir, e ás vezes a sonoridade torna-se um pouco cansativa, mas foi uma experiência interessante e realmente diferente. O The Devil é formado por...bom, não posso dizer! ha ha ha

Therion: Porto Alegre's Second Coming!

A espera chegava ao fim, e diante de um público ansioso e feliz, que já ocupava boa parte do teatro ( embora ainda aquém do esperado para um show deste nível e com ótima estrutura, depois o pessoal reclama que não há shows para ir), logo surge a intro com Nalle Pahlsson entrando no palco, para delírio dos fãs, e seguido pelo Sr. Therion, Christofer, Vidal e Sami, para iniciarem com "Theme of Antichrist". Logo, Thomas, Chiara e Linnéa tomam também o palco, recebendo também o calor do público, onde podíamos notar os olhares e manifestações de felicidade.


A banda, como sempre, para quem acompanha as apresentações ao vivo nas plataformas, não decepcionou, em uma performance técnica e carregada de energia. E claro, com aqueles elementos teatrais, os quais tiveram maior atenção nas músicas do novo álbum, a ópera "Beloved Antichrist".
Sem tempo do público tomar um fôlego, "Blood of Kingu", sempre um destaque, toma de assalto com seus riffs matadores e vocais altos de Thomas Vikström, este, com certeza um dos melhores frontmans e vocalistas do Metal atual. 49 anos, mas com energia de 19!


Para orgulho de seu pai, Linnéa Vikström toma o papel principal em "Din", correndo por todos os lados, fazendo os vocais limpos e guturais, indo a beira do palco chamando o público, chegando em um momento a se jogar no chão, como se para tomar um fôlego e retomar sua ensandecida performance! A menina que entrou na banda aos 18 anos, hoje é uma frontwoman e vocalista que cresce em qualidade a cada ano. Comentando com Nalle sobre Linnéa, este disse "She's my idol".


Em seguida, uma dobradinha do novo álbum, "Bring Her Home" e "Night Reborn", dois dos destaques do novo álbum, com atuações impecáveis de Thomas e Chiara. "Nifelheim", sempre esperada, traz aquele belíssimo trabalho de vozes, com praticamente todos participando. Temos que louvar a todo momento o entrosamento e o prazer com que a banda executa seu show, e isso chega ao público. Além dos vocalistas, que esbanjam simpatia, os demais interagem a todo momento uns com os outros, e claro, com o público.


Quem vê Christofer Johnsson, aquele cara magricela, voz calma, e depois vê no palco, se impressiona com o carisma e energia. Apesar de devido a alguns problemas na sua cervical terem ameaçado sua carreira, e ter que tomar mais cuidados, estava bem solto. Forma uma grande dupla com o argentino Vidal, o qual esbanja técnica, feeling e pegada! Que grande músico. Nalle Pahlsson e Sami Karpinenn não deixam por menos, com uma cozinha técnica e precisa!


Para não nos alongarmos, somente destacarei mais alguns momentos desta grande performance, como por exemplo a belíssima "Lemuria", do álbum homônimo, outra que com certeza sempre é esperada. O público foi ao delírio com a já tradicional performance de joelhos de Chiara, que encantou a todos com sua enorme voz e simpatia. O final já se tornou épico, onde Chiara substituiu as notas de flauta na gravação original pela sua voz. Realmente, essa música ela pegou pra ela. Difícil né, apontar só destaques, porque a sequência é matadora, e o Therion tem muitas músicas esplêndidas. Pessoalmente, gostaria de um dia ouvir a "The Beauty in Black" ao vivo.


Destacando ainda mais duas do "Beloved Antichrist" tivemos a parte final arrebatadora, sendo que já em determinado momento o público já agitava muito mais, ficando em pé e respondendo a cada chamado da banda para acompanhar as músicas, refrãos e tradicionais brincadeiras, como a que Christofer fez, desafiando os brasileiros a gritarem mais alto que os fãs argentinos (na noite anterior, a banda se apresentou em Buenos Aires), lembrando a rivalidade Brasil x Argentina no futebol, e apontando para Vidal, argentino, torcedor do River e fã de futebol.


"Son of Staves of Time" foi a "última", e logo a banda voltou, para delírio dos fãs, agora todos em pé, alguns agitando no corredor, para a dobradinha "The Rise of Sodom and Gomorrah" e "To Mega Therion"! Sem palavras! Ainda após a banda ter deixado o palco, não antes sem agradecer o público, cumprimentar as pessoas que chegavam perto do palco, ainda pudemos ouvir alguns fãs fazendo um coro de "one more song! one more song!" ha ha ha! Claro, sabíamos todos que havia acabado, mas com certeza queríamos mais!


Que a banda não precise esperar mais outros 17 anos para retornar, e que tenhamos um público ainda maior e condizente com a qualidade do espetáculo, então, somente temos que louvar a iniciativa da Mitnel produções e todos os envolvidos de alguma forma (inclusive a Heavy & Hell e Road to Metal), que entregou um belo espetáculo. Memorável dia 9 de maio!


Texto: Carlos Garcia
Fotos: Diogo Nunes


Drops:
- Em um momento, Christofer falou sobre a satisfação de estar de volta à Porto Alegre após tanto tempo, e perguntou quem esteve no show em 2001. Alguns fãs responderam, e ele apontou para um deles, já com o cabelo ralo, assim como o seu, e disse "ah, estamos envelhecemos juntos".

- Nota-se o entrosamento e boa relação entre os membros, que fazem brincadeiras e movimentos ensaiados durante o show, como Linnéa indo "ajudar" Vidal a solar, e oferecer para que ele assuma o microfone; os movimentos combinados de pai e filha, Linnéa e Thomas, em vários momentos; as coreografias a la Kiss de Christofer e Nalle, lembrando que o baixista é fã e colecionador de material dos mascarados.

- O público ia ao delírio com as brincadeiras e encenações de Thomas, principalmente quando fingiu morder o pescoço de Chiara, saindo limpando a boca, no melhor estilo Drácula!

- Enquanto acompanhávamos a banda após o almoço, junto com a produção, paramos para esperar o sinal fechar, e dois fãs, vendo alguns outros caras de camiseta de banda, alguns de cabelo comprido, perguntaram "vocês vão ao show hoje?", e não notaram que ao nosso lado estava o Vidal e logo a frente o Christofer, de bonézinho e casaco, bem estilo tiozinho! ha ha! levaram um susto quando perceberam! Brinquei com eles "não é sempre que se vem à um show de uma banda, e dá de cara com ela atravessando a rua com você!" A dupla veio de Santa Catarina ver o Therion. E teve gente de Porto Alegre que perdeu!



Set List:

Theme of Antichrist
The Blood of Kingu
Din
Bring Her Home
Night Reborn
Nifelheim
Ginnungagap
Typhon
Temple of New Jerusalem
An Arrow from the Sun
Wine of Aluqah
Lemuria
Cults of the Shadow
The Khlysti Evangelist
My Voyage Carries On
The Invincible
Der Mitternachtslöwe
Son of the Staves of Time

Encore Final
The Rise of Sodom and Gomorrah
To Mega Therion


terça-feira, 15 de maio de 2018

Bestial Malevolencia: Derramando Thrash Old School


 
Debut álbum desta banda argentina de, conforme eles mesmos se autoproclamam, ‘Thrash Vieja Escuela’. Lançado de forma independente e num bonito Digipack, o petardo não traz absolutamente nada de novo, obviamente. 

Porém, como a própria banda declara, seu Metal é tocado nos moldes do que era feito nos anos 80, por bandas como Destruction e Sodom, no entanto, com a grande diferença de ser cantado na sua língua pátria, com exceção da música ‘Explode This Thrash’. O que não traz nenhum prejuízo, pelo contrário, o espanhol casa muito bem com o Thrash Metal, forjado aqui em dez potentes manifestações.

A produção do álbum também faz referência aos velhos tempos, uma vez que a crueza está presente, ainda que a qualidade seja boa e tudo esteja plenamente audível. Até porque, pela sonoridade do Bestial Malevolencia, uma produção mais ‘moderna’ certamente comprometeria o resultado final da obra.


‘Derramaré Tu Sangre’ se deixa ouvir tranquilamente. Com referências etílicas na arte do disco, podemos dizer que é bem propício escutá-lo tomando umas cervejas.

Como referido inicialmente, por ser um lançamento independente, sua aquisição pode ser difícil, mas em contato direto com a banda isso deve ser possível. Se tu és um maníaco Thrasher que exalta as velhas bandas do estilo, tanto as alemãs como as americanas, este ‘Derramaré Tu Sangre’ te agradará sobremaneira. Som estoura-tímpanos.

Texto e edição: Marcello Camargo
Revisão: Carlos Garcia

Canais Oficiais da banda: 

Line-Up:
Emiliano San Martin – vocals
Alexis Costilla Soloa – guitar
Ariel Báez – bass
Alex ‘Mapex’ da Rosa – drums

Agradecimentos: Marcelo Quiroga e Programa Telón de Acero (Cortina de ferro)- Radio Planeta  - Sábados 12h


Tracklist:
1. Derramaré tu Sangre
2. Ser Libre
3. Estalla El Thrash
4. Contaminación
5. En el Ano!!
6. Bestial Malevolencia
7. Tortura Siniestra
8. Escapar
9. Hijos de la Destrucción
10. Explode This Thrash
11. HHH (instrumental Demo 2013) (Bonus Track) 



Official music video: “Derramaré Tu Sangre”

     

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Saxon: Ainda Provocando Tempestades!



Em uma determinada fase da vida, normalmente a pessoa prefere aproveitar seus últimos anos de existência descansando, curtindo a família e viajando para conhecer novos lugares – desejo bastante aspirante depois dedicar vários anos trabalhando. No caso das lendárias bandas de Heavy Metal, aposentadoria é algo um dia inevitável, mas que esses guerreiros adiam ao máximo. Mostrando que ainda tem muita lenha pra queimar, o Saxon lança seu 22º disco, “Thunderbolt”.

Atravessando modismos e tendências musicais, a banda mantém suas virtudes as quais os consagraram como um dos melhores nomes da história Heavy Metal. O álbum traz a conexão perfeita de peso e melodia completamente clássica, mas com uma timbragem sonora atual, anelando todos os despachos do Metal tradicional e do antigo Hard Rock. E cada riff e refrão faz com que o álbum torne-se perdurável, pois tudo é muito vigoro e robusto.

A produção contou novamente com as mãos do aclamado Andy Sneap (conhecido por ter produzido os últimos do Accept e o mais recente do Judas Priest).  Condução primorosa e divina, sendo a pessoa perfeita pra comandar a mesa de mixagem/masterização do quinteto e das demais bandas similares.  Já a capa, se refere ao nome do disco, mostrando um gavião negro tentando vencer o poder do trovão.


O disco demonstra que, para o Saxon, nunca existiu momento ruim, mesmo em álbuns onde "aliviaram" a sonoridade, retornando depois renovados, soando mais pesados e atuais. A classe e conhecimento de causa estão ali, em  “Thunderbolt”, nos vocais marcantes de Biff, nos riffs certeiros, nos belos arranjos musicais, evidenciando que não existe acomodação ou falta de inspiração à esses gigantes.

Após a intro instrumental, “Thunderbolt” inicia mostrando todo o poderio dos riffs pesados, exalando a pegada da sonoridade atual dos ingleses; o sendo melódico segue "classudo", como podemos ver em “The Secret Of Flight”, onde destacam-se os duos de guitarras; a arrastada “Nosferatu (The Vampire’s Waltz)” é sombria e com boas doses de peso. 

“The Played Rock And Roll” fala por si, embalando uma postura enérgica e rápida, homenageando em grande estilo o saudoso líder do Motörhead, Lemmy Kilmister. A agressiva “Predator” conta com os urros de Johan Hegg, do Amon Amarth, em uma novidade no som da banda, com inclusão de guturais; “Sons Of Odin”, soa épica, com seu andamento cadenciado, com base rítmica mostrando um peso absurdo; capricham na pegada também em “A Wizard’s Tale”;  com a aula de Metal tradicional “Roadies’ Song”, fecham este grande play.


Se esse disco fosse lançado nos meados dos anos 80, nos inspira a certeza de que estaria entre os álbuns clássicos do grupo! Uma banda que parece ter começado há pouco, tal energia demonstrada. E fazendo trocadilho ao título, “Thunderbolt” é uma verdadeira trovoada de Heavy Metal, sendo forte candidato a um dos melhores discos do ano. A versão nacional via Shinigami Records vem em uma bela edição em digipack.

Texto: Gabriel Arruda
Edição/Revisão: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação

Ficha Técnica
Banda: Saxon
Álbum: Thunderbolt
Ano: 2018
País: Inglaterra
Estilo: Heavy Metal
Gravadora: ShinigamiRecords (Nac.) / Silver Lining Music (Imp.)

Formação
Biff Byford (Vocal)
Paul Quinn (Guitarra)
Doug Scarratt (Guitarra)
Nibbs Carter (Baixo)
Nigel Glockler (Bateria)

Track-List
1.    Olympus Rising
2.    Thunderbolt
3.    The Secret of Flight
4.    Nosferatu (The Vampires Waltz)
5.    The Played Rock and Roll
6.    Predator (feat. Johan Hegg)
7.    Sons of Odin
8.    Sniper
9.    A Wizard’s Tale
10. Speed Merchants
11. Roadie’s Song
12. Nosferatu (The Vampires Waltz)

Contatos

     


      

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Magnum: Excelência Britânica

  

Lançando seu vigésimo álbum de estúdio os ingleses do Magnum, tendo como grande destaque a dupla Tony Clarkin e Bob Catley, passaram por ótimos momentos, mas também alguns revéses, como o hiato entre 1995 e 2001, logo após uma de suas melhores épocas, com álbuns como "On a Storyteller's Night". Sim, a banda também foi uma das "sufocadas" pela onda grunge dos anos 90.

Desde o retorno com o  excelente álbum "Breathe of Life" (2002), a banda vem apresentando uma regularidade, com trabalhos de extremo bom gosto musical, mostrando toda a capacidade de Tony como compositor, e tendo em Catley e sua voz marcante, a figura perfeita para interpretar de forma magistral as canções, naquele seu jeito de contador de histórias e gestuais característicos no palco.

Sofrendo mais algumas mudanças de line-up, que também vinha se mantendo estável, o Magnum não esmoreceu e entrega mais um belíssimo álbum, recheado com seu Classic Rock/Progressive Rock melodioso e sinfônico. Os novos integrantes, Lee Morris (bateria, ex-Paradise Lost) e o tecladista Rick Benton, mantiveram o requinte instrumental da banda intacto.


"Lost on the Road to Eternity" já se apresenta com uma linda capa, mais uma criação de Rodney Matthews, tradicional colaborador do grupo. Na capa podemos ver vários personagens de histórias como o Mágico de Oz, Sherlock Holmes e Alice no País das Maravilhas.

Quanto a sonoridade, além da excelente e límpida produção, nos arranjos orquestrais adicionais contaram com a The Wolf Kerscheck Orchestra, a maior do mundo. Só por esses elementos e por se tratar de um álbum do Magnum, eu já compraria o disco sem ouvir nenhuma das músicas! E com certeza não me arrependeria, e não seria um daqueles discos que temos só para completar a coleção, pois as onze faixas de "Lost on the Road..." beiram a perfeição, com belíssimos arranjos e melodias marcantes e de extremo bom gosto. Algumas das canções possuem potencial para figurarem entre as melhores dentre a preferência dos fãs.

As músicas passeiam pelos caminhos que a banda sempre apresentou com qualidade e classe, seguindo aquela sonoridade e marcas próprias que a banda construiu através dos anos, com grande senso de melodia, mesclando o Hard/Classic Rock, flertes com o AOR, faixas trabalhadas e progressivas, sempre com o teclado trazendo aqueles ares sinfônicos.


Então temos o ritmo cativante do Hard 70's de  "Peaches and Cream" abrindo o álbum e imbuindo no ouvinte o desejo de acompanhar a batida e cantar junto; as belíssimas linhas de teclado na  melodiosa e com toques progressivos "Show me your Hands" é destaque, juntamente com a voz de Catley.

O lado mais progressivo vem com a intrincada e cheia de variações "Welcome to the Cosmic Cabaret", repleta de arranjos de bom gosto e também condução destacada da guitarra de Clarkin, e logo após dela, o destaque maior do álbum, a fantástica faixa título, "Lost on the Road to Eternity". Com ares sinfônicos, arranjos e melodias marcantes e cativantes, bom gosto que toca o fundo da alma! Tobias Sammet, fã confesso da banda e de Catley, divide os vocais com o veterano inglês ( Catley já participou de vários álbuns de Tobias, no caso com o Avantasia, inclusive excursionando com o grupo). O refrão também é memorável. Épica!

Podemos ainda destacar a levada cheia de groove e cativante de "Without Love", destacando as linhas vocais idem, e também a letra, clamando por algo que realmente o mundo precisa, pois sem amor não temos nada; "Ya Wanna be Someone", mais uma amostra de classe e bom gosto, esbanjando talento para construir belas melodias. São somente comentários de algumas das onze faixas que compõem este álbum, que se encaixa naquela categoria dos que sempre vão estar no seu player.


A versão nacional, lançada pela Shinigami Records, é dupla, com o disco bônus trazendo 4 registros ao vivo de faixas gravadas no festival Leyendas del Rock, em 2017, como a bela "Crazy Old Mothers", do "Sacred Blood, Divine Lies", de 2016.

É algo clichê, mas esses caras são como vinho, só melhoram com o tempo, e em "Lost on the Road to Eternity" parecem ainda mais inspirados e carregados de energia. Não damos notas aqui no Road, porque entendemos que não temos esse direito, mas quebrando o protocolo, eles merecem um 10!

Texto: Carlos Garcia

Ficha Técnica:
Banda: Magnum
Álbum: "Lost on the Road to Eternity" 2018
Estilo: Classic Rock, Hard Rock, Progressivo
País: Inglaterra
Produção: Tony Clarkin
Selo: SPV/Shinigami Records

Adquira agora na Shinigami

Line-Up:
Bob Catley: Vocais
Tony Clarkin: Guitarras
Lee Morris: Bateria
Rick Benton: Teclados
Al Barrow: Baixo

CD 1
1. Peaches And Cream
2. Show Me Your Hands
3. Storm Baby
4. Welcome To The Cosmic Cabaret
5. Lost On The Road To Eternity
6. Without Love
7. Tell Me What You’ve Got to Say
8. Ya Wanna Be Someone
9. Forbidden Masquerade
10. Glory To Ashes
11. King Of The World

CD 2 (Live) 
1. Sacred Blood – Divine Lies
2. Crazy Old Mothers
3. Your Dreams Won’t Die
4. Twelve Men Wise And Just


Site oficial



     


     

sábado, 5 de maio de 2018

Linnéa Vikström's QFT: Vocalista do Therion em Surpreendente Projeto Solo!



A música jamais foi território estranho para Linnéa Vikström, filha de Thomas Vikström (Therion, Talk to the Town, Candlemass, Stormwind), grande vocalista sueco, sendo que o avó paterno foi renomado cantor de ópera daquele país. Desde cedo já iniciou seus estudos musicais e dedicou-se a alguns projetos, entrando depois, aos 18 anos, no Therion, em 2011, dividindo o palco com seu pai.   (English version)

Sempre buscando crescer como artista, Linnéa hoje já é realidade, sendo uma frontwoman segura e com uma personalidade vocal marcante. Era hora de dar o próximo passo com a maturidade alcançada, e a ideia de um trabalho solo se tornou realidade com o QFT (Quantum Field Theory), banda onde a vocalista mostra mais de sua personalidade, unindo algumas de suas paixões, como a música, ficção científica, física e mistérios do universo! Confira entrevista exclusiva e saiba mais sobre o recém lançado debut do QfT!

RtM: Para começar esta entrevista, você poderia nos dizer como amadureceu a ideia de você lançar um projeto solo, neste caso o QFT. Lembro-me de você comentar sobre a possibilidade de gravar um EP há algum tempo.
Linnéa: Minha ideia inicial de fazer um EP foi principalmente porque eu não tinha um selo para me apoiar. É difícil financiar um show no estúdio sem um orçamento decente. Mas quando a Despotz Records se aproximou de mim e quis me contratar para um solo, é claro que eu quis fazer um álbum completo. Eu tinha vontade de fazer algum tipo de coisa solo há muito tempo, mas estou feliz que esperei e cresci antes de fazer isso.


RtM: Como você está se sentindo a frente de sua própria banda, sendo o elemento principal?
Linnéa: Fizemos nosso primeiro show ao vivo ontem (2 de maio de 2018), e foi uma experiência absolutamente mágica. Os caras da minha banda são músicos extraordinários e realmente parece que é para ser. É claro que estou mais acostumada com a constelação de estar com 2 ou 3 outros cantores no palco, o que, na verdade, acho bom. Isso sempre me deixa alerta sobre quem é o centro das atenções e dar espaço no palco quando é necessário, mas também, é claro reivindicar, seu espaço quando deve ser reivindicado. Para resumir - com o Therion me sinto como uma princesa, e com o QFT me sinto como a rainha!

"Foi muito divertido, e realmente senti que gravar ao vivo foi a melhor decisão que já tomei."
RtM: Vejo que com o QFT você juntou várias coisas que você gosta, além da música. Eu lembro que você comentou em uma entrevista que nós fizemos que você é uma grande fã de ciência, espaço e física. Eu gostaria que você comentasse sobre a união desses elementos como inspiração para este álbum, e também onde você foi buscar as fontes para desenvolver a parte da letra.
Linnéa: Eu sempre tento ir tão fundo quanto posso na toca do coelho em busca de fontes. Eu começo assistindo um monte de clipes no youtube, tentando resumir o conteúdo, e então tentar encontrar a verdadeira fonte, e essa é uma tarefa muito difícil. Fui on-line e na biblioteca em busca de informações e inspiração para ter uma compreensão mais profunda, mas no final essas letras são mais ou menos apenas uma manifestação de como eu entendi os assuntos. Para mim, é muito mais fácil escrever música se eu tiver o título e o conceito prontos antes de começar a compor. Eu não tenho letras, mas tenho o título e as condições, então funciona como inspiração para a música também.


RtM: Nesses temas abordados no álbum, você, além de procurar por algo novo e diferente, tentou provocar a curiosidade das pessoas sobre esses assuntos?
Linnéa: Claro! Nunca foi minha intenção principal, mas se alguém ouvir o álbum e se interessar pelo assunto, eu veria como uma vitória!


RtM: Ao ouvir o álbum, senti muitas influências do Classic Rock, do Hard Rock e do Metal Tradicional, além de elementos progressivos, e as pessoas mais acostumadas a vê-la no Therion saberão mais sobre sua personalidade e marcas pessoais.Você poderia comentar mais sobre essas influências e inspirações do QFT?
Linnéa: Eu sempre escutei muito mais do hard rock do que do metal e cresci com essa música também, então isso está profundamente enraizado no meu cérebro, ha ha. Eu ouço todos os estilos musicais desde que seja bom! Eu sou influenciada por tudo, desde o pop chiclete americano dos anos 2000 até Debussy. Mas hard rock e metal é sempre meu gênero preferido.

 "Para resumir - com o Therion me sinto como uma princesa, e com o QFT me sinto como uma rainha!"
RtM: Outra coisa muito legal sobre o álbum foi a forma como foi feito, porque você gravou praticamente tudo ao vivo, em um estilo muito vintage, obtendo assim um som mais orgânico e verdadeiro! Eu também gostaria que você comentasse sobre as gravações e o trabalho com o renomado Lennart Östlund (que trabalhou com gente do quilate de Led Zeppelin e ABBA).
Linnéa: É um prazer trabalhar com um profissional absoluto como o Lennart. Todos nós sentimos como ganhadores da loteria por poder ir pro estúdio com ele. Ele está sempre muito calmo e relaxado, o que é perfeito quando você está trabalhando com alguém como eu, ha ha ha. Estressada e excitada ao mesmo tempo! Eu não me lembro agora, mas acho que tivemos 5 dias no estúdio e tudo passou muito rápido! Foi muito divertido e realmente senti que gravar ao vivo foi a melhor decisão que já tomei.


RtM: Seus vocais ficaram incríveis também, e pelo que você postou, você também gravou tudo em algumas tomadas. Há mais partes melodiosas e técnicas, e outras com vocais mais altos e carregadas de fúria! Conte-nos um pouco mais sobre as gravações dos vocais, as inspirações que você buscou para moldar seu próprio estilo, e se você alcançou o resultado esperado nas gravações.
Linnéa: Tudo foi de fato gravado em algumas tomadas, e eu acho que há 2 notas autotunadas em todo o álbum! Se nós tivéssemos feito isso de uma forma mais convencional, seriam 4 dias no estúdio apenas para vocais, mas eu queria que soasse orgânico e construído do começo ao fim. Inspirações vocais é claro que os caras habituais, Ronnie James Dio, David Coverdale, Rob Halford, etc etc, mas eu realmente encontrei a técnica certa foi quando comecei a ouvir cantoras como Chaka Khan e Aretha Franklin. Combinando vocal runs (melisma) e tons mais altos. Andando por uma linha tênue entre ser realmente ágil e ao mesmo tempo ser realmente poderoso. É como ter um campeão de levantamento de peso dançando um balé, uma linha difícil de caminhar, mas quando você acerta, sente-se incrível.


RtM: O QFT, assim como no Therion, praticamente trabalha em um sistema "familiar", assim como seu noivo George (Dynazty), outros membros ou ex-membros do Dynazty também fazem parte da banda, e certamente isso ajudou muito nas gravações. Provavelmente também será refletido em performances ao vivo!
Linnéa: Eu também acho. Nós temos uma vibe muito boa na banda, e com a adição do tecladista Wilhelm Lindqvist ao vivo, parece que estamos realmente completos.


RtM: Falando um pouco sobre as músicas, eu gostaria que você comentasse sobre o "QFT" (Quantum Field Theory), que é um Power Ballad, por assim dizer, com lindas melodias, e seria também a primeira música composta para o álbum? inspirando também o nome da banda?
Linnéa: As letras de "QFT", a música, foram completadas por último de todas as músicas, então foi bem ao contrário. Foi o nome da banda que inspirou a música. O solo dessa música foi feito pelo Christian Vidal, a propósito!

 "A questão “por que” é algo em que acredito que devemos nos esforçar para nos encontrar, encontrar um propósito nesta curta vida que conseguimos viver."
RtM: A abertura com "End of Universe" é um começo de grande peso. Um mid-tempo e trazendo vocais furiosos em vários momentos. Uma abertura de grande impacto, eu acho!
Linnéa: Bem, eu não sei sobre "mid-tempo", uma vez que começa em 50 bpm, ha ha! Mas no final da música temos o contrabaixo, o que dá uma sensação mais mid-tempo, eu acho. Eu concordo, é uma entrada porrada para o álbum, como um soco no estômago! Ha ha


RtM: Tem razão, é mais lenta mesmo. Bom, uma de minhas favoritas, "Big Bang", com o perdão do trocadilho, é uma faixa explosiva, e tem um refrão muito notável! E aproveitando o tópico, qual a sua opinião sobre a teoria do Big Bang e a origem do universo? Até mesmo físicos levantam dúvidas sobre o universo sendo criado por acaso, por exemplo, o renomado físico Michio Kaku acredita que vivemos em um universo governado por regras moldadas por uma inteligência superior. Este mistério que é o universo é o que fascina! Nós nunca saberemos a verdade?
Linnéa: A coisa sobre isso é que eu não sei, e Michio Kaku também não sabe, mesmo sendo ele um físico de renome (amo-o por sinal). Eu acho que se a raça humana ficar por aí por um longo, longo tempo, nós definitivamente teremos mais perguntas respondidas conforme formos adiante e mantermos uma mente aberta. Como você disse, o mistério para mim é a grande jornada! A questão de como estamos aqui e como o universo foi criado, acho que vamos ver no futuro. A questão “por que” é algo em que acredito que devemos nos esforçar para nos encontrar, encontrar um propósito nesta curta vida que conseguimos viver.


RtM: Voltando às músicas, como falei, senti um álbum baseado nos elementos mais tradicionais, mas nunca datados, e traz essas novas idéias, e essa mistura de Classic Rock, Metal e Progressive se fundem muito bem em músicas como "Black Hole", mais direta e pesada, com as mais progressivas, como "Quasar", que tem um começo mais prog e ganha peso nos riffs depois. Eu gostaria que você comentasse sobre elas também.
Linnéa: Quasar foi a primeira música que escrevi para o projeto. É uma música estranha sem refrão real e continua indo até que acaba ... termina? Haha! Black Hole é mais direta com um refrão bastante clássico de hard rock/metal. Estou extremamente feliz com a forma como as duas faixas acabaram!


RtM: "Aliens", a primeira faixa que foi apresentada, tem ótimas melodias, e me lembrou muito do Hard/Heavy dos anos 80, e Dio foi um nome que veio à minha mente, talvez pela melodia que lembrou algo da música "The Last in Line".
Linnéa: "Last in Line" é uma das minhas músicas favoritas, e você está certo, o riff tem uma harmônica e ritmização similar à ela.

Linnéa no palco, festa de lançamento do álbum
RtM: Bem, nós poderíamos falar sobre todas as faixas, porque eu gostei de tudo no álbum, e em cada audição há mais para descobrir. Para finalizar, gostaria que você falasse sobre a bela "Live in Space" e "Jóga", uma ótima versão da música da islandesa Björk, uma boa surpresa.
Linnéa: "Live in Space" é uma música que não é baseada em nenhuma teoria científica ou algo assim, é apenas uma reflexão sobre como a vida é, e eu acho que ela e a música "Time" são as músicas mais melancólicas do álbum. Foi muito poderoso gravar "Live in Space" ao vivo, acho que pode se tornar uma das favoritas dos fãs. A decisão de fazer uma cover de "Jóga" foi porque eu acho que é uma das melhores músicas já compostas, e para mim isso representa a terra no álbum. Eu adoro cantar e é uma honra cantar essa fantástica composição de Björk.


RtM: Linnéa, obrigado pela sua atenção mais uma vez, parabéns pelo álbum de estréia da QFT. Uma pena que a banda não possa vir como convidada e abrir alguns shows do Therion aqui no Brasil e na América! Seria muito legal, mas provavelmente muito cansativo para você! Ha ha!
Linnéa: Seria uma carga muito pesada para suportar sim, ha ha! Eu realmente gostaria de vir ao Brasil com a QFT algum dia no futuro! Obrigada Carlos!

Entrevista: Carlos Garcia



"Live in Space" Resenha:
Para quem conhece Linnéa como uma das vocalistas do Therion e espera um trabalho na linha do metal sinfônico, vai se surpreender positivamente com o debut do QFT, “Live in Space”, um trabalho criativo e moderno, e mesmo assim bebendo nas fontes tradicionais de estilos como o Hard e Heavy e progressivo. Essa diversidade abre muitas possibilidades de agradar públicos diversos, transitando por músicas pesadas como “End of the Universe”, explosivas e com pegajoso refrão, como em “Big Bang”; por caminhos melodiosos e melancólicos temos as belas “Time” e a faixa título, e também por nuances menos ortodoxas com a inventiva “Quasar”; e ainda a cativante “Aliens” e suas melodias hard/heavy com um “q” de space rock! 


Sob a produção do lendário Lennart Östlund, o grupo optou por gravar praticamente ao vivo em estúdio, com poucas partes colocadas após as gravações, deixando o som orgânico e verdadeiro! Linnéa também mostra sua maturidade, com diversidade vocal, técnica e também alcance, além de fúria quando necessário. Embarque nessa viagem musical pelos mistérios do universo, espaço, singularidade e também reflexão sobre a vida.


QfT are:
Linnéa Vikström: Vocals
Geoger Egg: Drums
Jonathan Olsson: Bass
Mano Lewys: Guitars


Debut album "Live in Space"
End of the Universe
Big Bang
Black Hole
QFT
Aliens
Time
Quasar
Light Speed
Live in Space
Joga

Media: cmm Music Consulting


   


     

Linnéa Vikström's QFT: Therion's Singer in a Surprising Solo Album!



The music was never strange territory for Linnéa Vikström, daughter of Thomas Vikström (Therion, Talk to the Town, Candlemass, Stormwind, etc), great swedish vocalist, being that her paternal grandfather was a renowned opera singer of that country. From an early age, she began her musical studies and devoted herself to some projects, then entering at the age of 18 at Therion in 2011, sharing the stage with her father.  (Versão em português)

Always looking to grow as an artist, Linnéa today is already a reality, being a powerful frontwoman and with a remarkable vocal personality. It was time to take the next step with the maturity achieved, and the idea of a solo work came true with QFT (Quantum Field Theory), band where the singer shows more of her personality, uniting some of her passions, such as music, science fiction, physics and mysteries of the universe! Check out the exclusive interview and learn more about the newly released QfT debut!


RtM: To begin this interview, you could tell us how the idea of ​​you launching a solo project was maturing, in this case the QFT. I remember you commenting on the possibility of recording an EP a while back.
Linnéa: My initial idea of doing an EP was mainly because I didn’t have a label to back me up. It’s difficult to finance a live in the studio record without a decent budget. But when Despotz Records approached me and wanted to sign me for a solo deal, I of course wanted to do a full album instead. I’ve been wanting to do some kind of solo thing for a really long time, but I’m happy that I waited and became more grown up before I went for it.


RtM: How are you feeling in front of your own band, being the main element?
Linnéa: We did our first live gig yesterday (May 2nd, 2018) and it was an absolutely magical experience. The guys in my band are extraordinary musicians and it really feels like it’s meant to be. Of course I’m more used to the constellation of being with 2 or 3 other singers on stage which I actually think is good. It always makes me alert on who the spotlight is supposed to be on and giving space on stage when it’s needed, but also of course claiming your space when it’s supposed to be claimed. To sum it up - with Therion I feel like a princess and with QFT I feel like the queen!

"I wanted it to sound organic and build from beginning to end"
RtM: I see that with QFT you have put together things that you like so much, besides the music, I remember you have commented in an interview to Road to Metal in 2015 that you are a big fan of science, space and physics. I would like you to comment on the union of these elements as inspiration for this album and also where you went to get the sources to develop the lyric part.
Linnéa: I always try to go as deep as I can in the rabbit hole of sources. I start up by watching a bunch of youtube clips, trying to sum up what they’ve been saying and then try to find the true source, and that is a very difficult task. I’ve been both online and in the library searching for information and inspiration to get a deeper understanding, but in the end these lyrics are more or less just a manifestation as to how I’ve come to understand the subjects. For me it’s much easier to write music if I have the title and the concept done before I start writing the music. I have no lyrics, but I have the title and the conditions, so it does work as an inspiration for the music aswell.


RtM: On these album themes, did you, besides looking for something new and different, try to provoke people's curiosity about these themes?
Linnéa: Sure! It was never my main intent, but if someone listens to the album and get interested in the subject I would see it as a win!


RtM: Listening to the album, I have felt a lot of influences from Classic Rock, Hard Rock and Traditional Metal, plus progressive, even more traditional elements, and people who are more accustomed to seeing you at Therion will know more about your personality and personal brands. Could you comment more about these influences and soundness of QFT?
Linnéa: I’ve always listened much more to hard rock than metal and grew up with that music as well, so it’s deeply embedded in my brain, ha ha. I listen to every style of music as long as it’s good! I’m influenced by everything from 2000s bubblegum pop to americana and Debussy. But hard rock and metal is always my genre of choice.

 "I’m influenced by everything from 2000s bubblegum pop to americana and Debussy. But hard rock and metal is always my genre of choice."
RtM: Another very cool thing about the album was the way it was done, because you recorded practically everything live, in a very vintage style, thus obtaining a more organic and true sound! I would also like you to comment about the recordings and the work with the renowned Lennart Östlund.
Linnéa: It’s such a pleasure working with an absolute pro such as Lennart. We all felt like a million bucks going into the studio working with him. He’s always really calm and chill which is perfect when you’re working with someone like me, ha ha. All over the place, stressed out and excited at the same time. I can’t really remember now, but I think we had 5 days in the studio and it all went by really quickly! It was a lot of fun though and it really felt like recording live is the best decision I ever made.


RtM: Your vocals are amazing on the records, and from what you've posted, you also recorded everything in a few takes. There are more melodious and technical parts, and others with higher vocals and loaded with fury! Tell us a little more about the vocal recordings, the inspirations you've been seeking to shape your own style, and if you've been able to achieve the result you expected in the recordings.
Linnéa: Everything was indeed recorded in a few takes, and I think there are 2 autotuned notes on the whole album! If we would have done it a more conventional way it would have been 4 days in the studio only for vocals, but I wanted it to sound organic and build from beginning to end. Inspirations vocally is of course the usual guys, Ronnie James Dio, David Coverdale, Rob Halford etc. etc. but when I really found the right technique was when I started listening to singers like Chaka Khan and Aretha Franklin. Combining vocal runs and high pitched screams. It’s walking a thin line between being really agile and at the same time being really powerful. It’s like having a weight lifting champion dancing ballet, a difficult thread to walk on, but once you get it right it feels amazing.


RtM: QFT, as well as Therion, pratically worked in a "family" system, as well as your fiancé George (Dynazty), other members or former members of Dynazty are also part of the band, and certainly this helped a lot in the recordings. It will probably also be reflected in live performances!
Linnéa: I think so too. We have a really great vibe going in the band, and with the addition of keyboard player Wilhelm Lindqvist live, it feels like we’re really complete.




"The question “why” is something I believe we must strive to find ourselves, find purpose in this short life that we get to live."
RtM: Speaking a little about the songs, I would like you to comment on the "QFT" (Quantum Field Theory), which is a Power Ballad, so to speak, with beautiful melodies, and it would be also the first song composed for the album, inspiring also the name of the band?
Linnéa: The lyrics for QFT, the song, were completed last of all the songs, so it was quite the other way around. It was the name of the band inspiring the song. The solo on that song is done by Therion's very own Christian Vidal by the way!


RtM: The opening with "End of Universe" is a beginning of great weight. A mid-tempo and bringing furious vocals at various times. A opening of great impact, i think!
Linnéa: Well, I don’t know about “mid-tempo” since it begins in 50 bpm, ha ha! But in the end of the song we have the double bass going on which gives it a more mid-tempo feel I guess. I agree, it’s a cocky entrance to the album, like a punch in the stomach! Ha ha ha


RtM: You're right, it's more slow tempo. Well, one of my favorites, "Big Bang", with pardon the pun, is an explosive track, and has a very remarkable chorus! And taking advantage of the topic, what is your opinion about the Big Bang theory and the origin of the universe? Even physicists raise doubts about the universe being created by chance, for example the renowned physicist Michio Kaku believes that we live in an universe governed by rules shaped by a superior intelligence. This mystery that is the universe is what fascinates! Will we ever know the truth?
Linnéa: The thing about this is that I don’t know, and Michio Kaku doesn’t know either, even if he is a renowned physicist (love him, by the way). I think if the human race gets to be around for a long, long time we will definitely get more questions answered as we go along and keep an open mind. As you said, the mystery for me is the great journey! The question to how we are here and how the universe was created I think we will see in the future. The question “why” is something I believe we must strive to find ourselves, find purpose in this short life that we get to live.


RtM: Going back to the songs, I felt an album based on the more traditional elements, but it brings these new ideas, never sounding dated, and this mix of Classic Rock, Metal and Progressive merge very well into songs like "Black Hole" stretches more direct and heavy, with more progressive ones, like "Quasar", that has a more progressive beginning and gains in weight in the riffs later. I'd like you to comment on them too.
Linnéa: "Quasar" was the first song I wrote to the project. It’s a weird song with no real chorus and it just keeps going until it just… ends? Ha ha. "Black Hole" is more straightforward with a quite classic hard rock/metal chorus. I’m extremely happy with how both of those tracks ended up!


RtM: "Aliens", the first track that was presented, has great melodies, and reminded me a lot of the Hard/Heavy of the 80s, Dio was a name that came to my mind, perhaps for the melody that reminded something of the song "Last in Line" .
Linnéa: "Last in Line" is one of my favourite songs, and you’re right, the riff has a similar harmonic and rhythmisation to it.

Linnéa live at "Live in Space" release party (may 2th)
RtM: Well, we could talk about all the tracks, because I liked everything on the album, and in every audition there is more to discover. To finish, I would like you to talk about the beautiful "Live in Space" and  "Jóga", a very nice version of a Björk’s song, a good surprise.
Linnéa: "Live in Space" is a song not based at all in any scientific theory or such, it’s just a reflection on how life is and I think that one and the song “Time” are the most melancholic songs on the album. It was very powerful to perform Live in Space live, I think it can become a fan favourite. The decision to cover Jóga was made because I think it is one of greatest songs ever composed, and for me it’s represents earth on the album. I love singing it and it’s an honor to sing Björks fantastic composition.


RtM: Linnéa, thank you for your attention once again, congratulations to the debut album of QFT. A pity that the band cannot come as a guest and open some Therion shows here in Brazil and America! It would be really cool but probably quite tiring for you! Ha ha!
Linnéa: It would be quite a heavy load to bear yes, ha ha! I really wish to come to Brazil with QFT someday in the future! Thanks Carlos!

Interview by: Carlos Garcia


"Live in Space" review by Carlos Garcia
For anyone who knows Linnéa as one of Therion's vocalists and expects work on the symphonic metal line, will be positively surprised by QFT's debut "Live in Space", a creative and modern work, and yet drinking from the traditional sources of styles like Hard and Heavy and Progressive. This diversity opens up many possibilities to please diverse audiences, moving through heavy songs like "End of the Universe", explosive and with sticky chorus, as in "Big Bang"; by melodious and melancholic ways we have the beautiful "Time" and the title track, and also by less orthodox nuances with the inventive "Quasar", and the first single, the captivating "Aliens" and their hard/heavy melodies and a "q" of space rock! 



Under the production of the legendary Lennart Östlund, the group opted to record practically live in studio, with few parts placed after the recordings, leaving the sound organic and true! Linnéa also shows her maturity, with vocal diversity, showing technique and also high pitch vocals, as well as fury when necessary. Embark on this musical journey through the mysteries of the universe, space, singularity, and also reflections about life.


QfT are:
Linnéa Vikström: Vocals
Geoger Egg: Drums
Jonathan Olsson: Bass
Mano Lewys: Guitars

Fanpage

Debut album "Live in Space"

End of the Universe
Big Bang
Black Hole
QFT
Aliens
Time
Quasar
Light Speed
Live in Space
Joga

Media: cmm Music Consulting