terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Entrevista Soulspell - Ato I: Com Quantos Talentos se Faz uma Metal Opera?


Passado algum tempo após o lançamento do ACT III do pioneiro Soulspell Metal Opera, conversamos com Heleno Vale e mais algumas das "descobertas" do projeto, que, além de mostrar que, apesar de todas as dificuldades, é possível realizar um trabalho dessa grandeza e qualidade e em nível internacional, reunindo músicos renomados internacionalmente e grandes nomes da cena nacional, e revela a cada lançamento novos talentos como Daísa Munhoz, uma convicção do próprio Heleno desde o início, e que a convidou a fazer parte do projeto interpretando um dos personagens principais da saga, e hoje a cantora não é apenas uma revelação, mas uma afirmação; Jéfferson Albert, um dos finalistas do primeiro concurso de vocalistas do projeto, e que hoje integra o cast que se apresenta ao vivo, destacando-se principalmente pela sua versatilidade vocal, e Pedro Campos, mais uma grata revelação e vencedor do último concurso.

Pois bem, nesta entrevista, que foi dividida em duas partes (ou dois atos, para entrar no clima do projeto!), conversamos com os três jovens talentos do nosso Metal anteriormente citados, e, claro, com o criador e mentor do projeto Heleno Vale. Nesta primeira parte, apresentamos a vocês o papo com Daísa, Jéfferson e Pedro, além de um relato de Heleno a respeito dessas "novas caras" que o Soulspell vem revelando, e na segunda parte, que será publicada dia 06/01/2013*, apresentaremos o restante da conversa com Heleno, que falou mais sobre o projeto, sobre a realização do "Hollow's Gathering", os resultados alcançados até agora e muito mais! Confira abaixo o primeiro ato!


Road to Metal: Um dos grandes méritos do Soulspell, além, claro, de reunir grandes vocalistas brasileiros já experientes, é o de revelar novos nomes, como os já consolidados Daísa Munhoz e Jefferson Albert. Gostaria que você falasse um pouco sobre estes 2 jovens talentos, e também os novos nomes que aparecem neste ACT III, Pedro Campos, Victor Emeka e Lígia Ishtani.

Heleno: Sim. É um prazer falar sobre todos eles. Vou começar pelo Jefferson Albert. Primeiramente posso dizer que, apesar de ele não ter vencido o concurso para vocalistas do qual ele participou (ele chegou à final), eu o considero o maior talento revelado até então, mesmo maior que Raphael Dantas e Pedro Campos, por um simples motivo: sua voz é única no planeta. Eu não conheço outro vocalista vivo que possa fazer as artimanhas que ele faz. Fora isso, o Jefferson é uma das pessoas mais maravilhosas que já conheci, portanto estou orgulhoso que ele tenha se tornado meu braço direito no projeto. 

Sobre a Daisa Munhoz, eu acho que ela é realmente o maior talento brasileiro em questão de voz, que poderia inclusive, com certa tranquilidade, participar e vencer alguns programas do tipo ídolos, The Voice Brasil etc. É que o brasileiro infelizmente demora um pouco pra perceber as coisas, pois se a Daisa fosse uma vocalista da Alemanha, Suécia ou Finlândia, o país inteiro já estaria a seus pés. E não estou falando somente de vocais femininos e nem de estúdio. Ela é a melhor de todos dentre todos os gêneros ou situações. Ela é uma das melhores artistas do planeta Terra, dentre todos os tempos.

Com muito talento e potencial, Daísa Munhoz vêm conquistando mais e mais espaço na cena Metal
Sobre o Pedro Campos, posso dizer que tem um alcance fenomenal, uma versatilidade maravilhosa e que será certamente um dos grandes vocalistas desse país. Sobre o Victor Emeka eu já comentei bastante na pergunta anterior. Ele perdeu a final do último concurso para o Pedro Campos por décimos de nota, ou seja, praticamente houve um empate, portanto ele é um vocalista com um potencial tão grande quanto o Pedro. Sobre a Lígia Ishitani, eu posso dizer que adoro o timbre suave dela, é um ser humano muito especial, uma grande artista, e espero que ela possa se envolver cada dia mais com o Heavy Metal.


RtM: Pessoal, descrevam como é para vocês estar fazendo parte desse projeto inédito no Brasil, que chega agora a sua terceira parte, e continua a revelar talentos da nossa cena?

Jéfferson: Nossa! Em primeiro lugar fico honrado de estar participando desta entrevista com Heleno Vale  que considero um dos melhores compositores do mundo, entre todos os gêneros, e o tenho como um amigo de verdade, e que me deu uma oportunidade única! E que oferece oportunidade a todos os artistas desse País! Desde que ouvi o Legacy of Honor virei fã do Soulspell e fiquei MUITO feliz de participar da final do primeiro concurso em que Raphael Dantas foi campeão, nunca imaginei que poderia participar da banda ao vivo! Quando ele me mandou email para conversar sobre entrar no time ao vivo, nossa nem conseguia dormir direito!  Enfim, sou e sempre serei um fã do Soulspell que têm a sorte de poder participar do time! 

Jéfferson Albert se destaca pela versatilidade vocal



Daísa: é um privilegio tão grande que por mais que eu passe a vida agradecendo pela oportunidade, não vai ser suficiente. É indiscutível o quanto aprendi nas gravações nesses três álbuns, o quanto cresci musicalmente e quantas pessoas maravilhosas encontrei nesse caminho.

E o mais legal é saber que não sou a única: a quantidade de talentos revelados pela Soulspell é algo realmente impressionante e mostra ao Brasil inteiro o quanto podemos chegar ao mesmo nível de bandas internacionais.






RtM: E você, Pedro? Que inclusive foi o vencedor do último concurso...

Pedro Campos: Pra mim é uma grande honra porque além de tudo sou fã do projeto, desde que lançou eu já ouvia e ficava sonhando em fazer parte desse grande projeto com minha voz, surgiram os concursos e eu tentei no primeiro, fiquei entre os dez primeiros vocalistas e não desisti, tanto que consegui vencer o segundo e fiquei muito feliz!

RtM: E qual a sensação de ter suas vozes ao lado de gente como Tim Ripper, Amanda Somerville, Blaze Bayley e outros? Neste ACT III tivemos o maior número de convidados internacionais da história do Soulspell.

Jéfferson: Não têm como descrever, todos que participam dos discos, tanto vocalistas como instrumentistas são fenomenais, e eu estar dentro de tudo isso, é complicado, nossa já furei discos do Soulspell de tanto ouvir, e às vezes ainda não acredito que faço parte desse trabalho tão grandioso e lindo! Vescera, Amanda, Ripper, Blaze... são todos monstros do Metal, a alegria é imensa!

Daísa: Na verdade, eu acho que por um momento o choque é tão grande que você realmente se pergunta se é merecedor da vaga, sabe? Mas no fim das contas, você percebe que é a recompensa por seu esforço, por seu talento, por tantos sonhos idealizados, por tanta luta, e então você para de se perguntar. Mesmo que minha carreira acabe aqui, graças ao Heleno e sua luta por um sonho, vou ter minha voz imortalizada nessas gravações ao lado de tanta gente talentosa.

Pedro Campos foi o vencedor do segundo concurso de vocalistas do Soulspell
Pedro Campos: Minha voz estar ao lado do Tim e o Blaze é incrível, pois foram caras que eu ouvia muito para cantar Heavy Metal, então ouvir essas faixas são de grande emoção para mim e tenho certeza que para muitos fãs do Metal Nacional também, pois o que o Heleno está fazendo é extremamente mágico!

RtM: E a respeito dos seus personagens na história? Gostaria que vocês falassem sobre como se prepararam para interpretar os personagens, para incorporar a história?

Jéfferson: Bom, com relação ao personagem Padyal, foi meio que uma mistura muito grande de nervosismo pressão e vontade de fazer algo único. Heleno sempre acompanhava pedindo o vigor e força que o personagem têm que passar, afinal Padyal é um cara muito malvado, e precisa ser entendido como tal,  as gravações do Soulspell como estudo são demais de boas! 

Pedro Campos: Tentei sentir a emoção do personagem nos trechos, eu me senti completamente dentro da história, deixei meu coração me guiar nas faixas, o que não foi muito difícil pois as emoções que são passadas nas músicas são incríveis! As músicas são de uma climática fantástica, na qual você se sente parte da história facilmente,



RtM: E a nossa "Judith"?

Daísa: Tirando nossa grande reunião de mãos dadas antes de o show começar e o figurino da Judith, não me preparo pra incorporar nada. A magia simplesmente acontece em cima do palco, quando o Heleno solta a introdução e nosso cérebro dispara adrenalina. É durante a execução das músicas que eu me transporto para aquele mundo e sinto as letras enquanto canto.

RtM: Jéfferson, fale um pouco mais pra gente sobre suas influências, como começou a cantar e como é estar recebendo tantas críticas positivas? Inclusive vi em várias resenhas internacionais elogios a você.

Jéfferson: Sempre estive envolvido de alguma forma com música, quando criança estudei piano até 12 anos, depois toquei trompete, trombone e bombardino em banda marcial. Sempre gostei de rock por influência de tios, Elton John, John Lennon, Engenheiros do Hawaí, Ozzy, Black Sabbath, Dio! Após a morte de meu pai acho que fiquei meio doido e comecei a cantar já meio velhinho (risos), com 21 anos! Com relação à criticas, acho todas importantes, tanto construtivas quanto destrutivas, e sei que sempre temos que aprender mais e mais, afinal isso é o significado da vida para mim, mas lógico que fico muito feliz com elogios, nossa, nem acredito que to dando entrevista (risos)! DEMAIS!!


RtM: Daísa, lembro que em uma entrevista que fizemos você contou que quase não participou do projeto, devido a problemas que passou um tempo atrás, mas o Heleno lhe deu força, e tivemos a sorte de o Soulspell ter, de certa forma, revelado ao Brasil uma maravilhosa vocalista! Hoje você é praticamente uma unanimidade. Fale um pouco sobre esse momento que você vive e seus próximos trabalhos, como o álbum do Vandroya, e se você tem convites para participar de outros projetos?

Daísa: Obrigada. Eu realmente me sinto privilegiada. Tenho muito a agradecer. Eu disse naquela entrevista que a Soulspell me trouxe sangue renovado nas veias, e é a mais pura verdade. Eu estava bem desencanada da cena, tive ondas de pensamentos negativos, quase mergulhada numa depressão, achando que minha voz não era suficiente.


Naquela época, a Vandroya tinha dado um tempo nas atividades, pois estávamos todos nos sentindo sem inspirações, tínhamos perdido integrantes, sem vontade pra lutar, aquela sensação de a cada seis meses ter que recomeçar do zero, sabe? O Heleno e a Soulspell me chamaram de volta pra vida, e eu fui esperta o suficiente pra entender e aceitar. Dai pra frente, só coisas maravilhosas: experiências de estúdio e turnês, pessoas e contatos incríveis... Era a vida me colocando de frente pra um mundo novo cheio de inspirações, e daí pra recomeçar com a Vandroya foi um pulo. 



O Heleno nos incentivou demais, nos ajudou com contatos e com a experiência que ele tinha. Unimos nossas forças mais uma vez e olha só o resultado: a Vandroya tem um disco maravilhoso nas mãos, chamado “ONE”, contrato com três gravadoras (Voice Music no Brasil, Inner Wound na Europa e Spiritual Beast no Japão) e está recebendo respostas extremamente positivas vindas do mundo todo. 

O que mais posso querer? Eu estou num momento maravilhoso da minha carreira. No Brasil, o disco sai na primeira semana de fevereiro. Até agora não tive nenhum convite pra participar de outros projetos, mas posso dizer que ando coletando contatos incríveis.

RtM: E você, Pedro, que está despontando também como uma grata revelação (inclusive sendo o vencedor do último concurso do Soulspell) e vem recebendo muitos elogios, quais seus planos imediatos e como você entrou no mundo da música?

Pedro Campos: Meus planos são de continuar firme no Heavy Metal tentando mostrar meu trabalho para os fãs. Estou atualmente fazendo alguns shows com a banda Hangar e está sendo incrível, mais um passo que dou na minha carreira de uma forma que jamais imaginei que conseguiria, estar ao lado de um ídolo que tenho é fantástico, Aquiles é uma pessoa fora do comum, uma pessoa com uma luz própria e que eu admiro muito!

Eu comecei como todo bom amante do Heavy Metal, ouvindo bandas como Iron Maiden, Guns n´Roses, Skid Row e as nacionais claro! Minhas principais influências são Axl Rose, Sebastian Bach e André Matos.

Continua: Dia 06/01/2013 será publicada a segunda parte da entrevista! * Seria publicada anteriormente no dia primeiro, porém, para dar mais prazo para a participação na promoção Road/Soulspell, prorrogados os prazos para dia 06/01. (Ass.: Equipe Road 31/12/2012)

Entrevista: Carlos "Caco" Garcia
Colaborou: Renato Sanson
Edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação, arquivo pessoal Road e Soulspell, demais indicado os autores nas próprias

Site Oficial

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