Entrevista por: Renato Sanson
Músico entrevistado: Thiago Rabuske (vocalista/guitarrista) – Banda:
Dust Commando de Taquari/RS.
Em 2015 a Dust Commando lançou o seu Debut – “Chaos Lives In Fur” –
onde colocaram a banda em ótima relevância no cenário underground. Três anos
depois tivemos o tão aguardado EP “Between Chaos And Grace”, que musicalmente
era mais que um passo além, mas a consolidação de sua musicalidade e qualidade.
Porém, as coisas não andaram tão bem assim, poderia nos falar a respeito desta
pausa onde a DC estava em crescimento constante?
Bom, a Dust Commando teve
diferentes problemas com a formação, basicamente. Diferenças entre estilos,
objetivos, projetos, tudo pesou para pausa que fizemos acontecesse. Além disto,
um forte desânimo com produtores que nem os custos de viagem da banda queriam
pagar, muitos parceiros que muitas vezes não retribuíram o que fizemos por
eles, acabaram por desgastar nossa capacidade de permanecer na luta. Apesar
disto, lançamos em 2017/18 um álbum demo, chamado "Grace through
disrupt", que está anos-luz à frente dos dois primeiros trabalhos em
matéria de composição, e que também teve lançado junto um minidocumentário
sobre o processo de composição do mesmo. Mas o maior fator para a pausa foi o
financeiro: após eu me tornar pai, já não podia mais arcar com os enormes
prejuízos que de regra tínhamos.
As mudanças de formação também afetaram o grupo neste meio tempo. Como
foi lidar com essas inconstâncias?
Foi uma M*** (risos). Mas a
formação atual eu acredito ser muito consistente, coesa, o que me faz feliz por
não depender de integrantes que não têm o mesmo tesão pela música que nós
temos.
Um novo material está para chegar. O que podemos esperar?
Peso como nunca fizemos, mais
melodia do que já fizemos, letras cada vez mais críticas e posicionadas,
camadas e camadas de riffs, vocais mais agressivos e por vezes mais melódicos
do que antes, além de um aprofundamento no que diz respeito a temas escolhidos.
Uma nova formação chega, e seria impossível não mencionar a saída de
Felipe da bateria (considerado por muitos um dos melhores bateristas do RS) que
agora é guitarrista, e a entrada do experiente e não menos talentoso Fabio
Longaray – ex - Balde de Sangue – nas
baquetas. Como está sendo este novo momento?
A banda está mais pesada do que
jamais esteve, disto eu tenho certeza. O Felipe é também um exímio guitarrista,
tendo acrescentado uma complexidade nas composições e na execução que ajudou a
elevar nossa música a outro patamar.
A Dust Commando vinha em uma crescente e tanto, ganhando seu espaço
dentro e fora do Rio Grande do Sul. Como foi parar as atividades em um momento
tão especial para a banda em si?
Muito difícil, muito pesado. É o
sonho da minha vida, esta banda. Mas chegou um momento em que precisávamos
parar - e foi algo positivo, pois estamos voltando muito mais fortes em todos
os sentidos.
Musicalmente falando, o que teremos daqui para frente?
Mais abertura a estilos
diferentes, mas também mais foco no peso. Além disso, como falei antes, mais
posicionamento, ou seja, letras com teor crítico mais aguçado e sem medo de
tocar o dedo na ferida.
Ter um estilo definido nunca foi a praia de vocês, sempre em busca de
uma sonoridade própria e livre de rótulos. As novas composições caminham em
qual direção?
Estamos cada vez mais pesados, em
direção ao que o metal mais atual anda nos trazendo. Posso dizer que, além das
influências de sempre (Sepultura, Pantera, Black Sabbath), agora pode-se ouvir
coisas diferentes nas referências, como Gojira, Jinjer, Meshuggah, mas com uma
pegada diferente em cada composição, como gostamos de fazer.
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Links:
https://www.youtube.com/channel/UCZgqs_oIWdHRJvJFvaeg-0A/videos
Lyric Vídeo: https://youtu.be/VsohqB_gp9s
Formação:
Thiago (vocal/guitarra)
Felipe (guitarra)
Gabriel (baixo)
Fábio (bateria)
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