- Olá Christiano. Obrigado pela sua gentileza em nos atender. Parabéns pelo lançamento do álbum “Spellbound”, pois o material ficou de primeira...
- Como você pode descrever o trabalho na composição deste tipo de sonoridade?
A composição do Spellbound foi um processo intenso e bem orgânico. Queríamos criar um som que equilibrasse peso e atmosfera, trazendo influências do Stoner, Doom e Metal tradicional, mas com nossa própria identidade. Muitas das músicas surgiram de jams espontâneas, onde experimentamos riffs hipnóticos e camadas densas de distorção até encontrar algo que realmente nos prendesse. Além disso, a temática do álbum influenciou bastante a sonoridade, queríamos que as músicas soassem como uma jornada entre o existencialismo e o sobrenatural.
- Eu escutei o álbum diversas vezes e, só após várias tentativas, consegui captar parte das suas ideias. Os fãs têm sentido este tipo de dificuldade também?
Nosso som tem muitas nuances e detalhes, então é normal que ele exija algumas audições para ser totalmente absorvido. O feedback dos fãs tem sido bem dividido: alguns se conectaram de cara, enquanto outros dizem que, a cada nova audição, descobrem elementos diferentes. Achamos isso positivo, pois significa que o álbum tem camadas e longevidade, ao invés de ser algo descartável após a primeira experiência.
- Existem planos para o lançamento físico no Brasil de “Speelbound” através da MS Metal Records, atual gravadora de vocês?
Sim, estamos em conversas para viabilizar esse lançamento. Sabemos que o público brasileiro ainda valoriza bastante o formato físico, e seria incrível ter Spellbound disponível por aí. Assim que tivermos uma confirmação concreta, vamos anunciar oficialmente.
- Adorei o fato de trabalharem com o inglês, mas isso não pode vir a atrapalhar vocês no mercado brasileiro? Sei que vocês estão radicados na Europa, mas acredito que o Brasil seja muito importante para a banda, não?
Com certeza, o Brasil é um país essencial para nós, não apenas por ser nossa origem, mas porque a cena de Stoner e Metal extremo aí é muito forte e apaixonada. A escolha do inglês foi natural, pois queremos alcançar um público global, e dentro do Stoner Metal, o idioma já faz parte do estilo. Mas não descartamos lançar algo em português no futuro, talvez como um tributo às nossas raízes.
- Como estão rolando os shows em suporte ao disco aí na Europa? A aceitação está sendo positiva?
Os shows têm sido incríveis! A recepção ao Spellbound está sendo melhor do que esperávamos, e estamos sentindo uma resposta muito forte do público. O Stoner Metal tem uma cena bem consolidada na Europa, então conseguimos nos conectar com fãs que realmente vivem esse som. Além disso, estamos planejando mais datas e festivais para expandir ainda mais o alcance da banda.
- Quem assinou a arte da capa do CD? Qual a intenção dela e como ela se conecta com o título?
A arte foi assinada por Bruno Junges, artista da nossa cidade natal, e trabalhamos juntos para criar algo que refletisse o conceito do álbum. O nome Spellbound remete a estar hipnotizado, enfeitiçado por forças além do nosso controle, e queríamos que a capa transmitisse essa sensação de mistério e transcendência. Os elementos visuais representam o universo obscuro e psicodélico que permeia o disco, com referências ao ocultismo, horror cósmico e mitologias antigas.
- “Spellbound” foi todo produzido pela banda, confere? Foi satisfatório seguirem por este caminho?
Sim, nós cuidamos de toda a produção, e foi uma experiência desafiadora, mas muito recompensadora. Ter esse controle total nos permitiu explorar exatamente o som que queríamos sem interferências externas. Claro que isso vem com suas dificuldades, especialmente no quesito técnico, mas no final, sentimos que conseguimos capturar a essência da banda da maneira mais autêntica possível.
- Imagino que já estejam trabalhando em novas músicas. Se sim, como está se dando o processo e como elas estão soando?
Sim, já estamos experimentando novas ideias. Ainda é cedo para definir o direcionamento, mas podemos dizer que as novas composições estão mais sombrias e intensas. Queremos expandir ainda mais os conceitos que exploramos em Spellbound, trazendo novidades sem perder a essência da banda.
- Novamente parabéns pelo trabalho e vida longa ao THE RED CROW...
Nós que agradecemos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário