quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Resenha de Shows: 1º Underground War Fest (16/10/10)
O esperado festival de Metal Extremo do interior do Rio Grande do Sul teve sua primeira edição na noite de 16 de outubro, quando em Ijuí 7 hordas se reuniram para executar o mais puro Black Metal.
Tendo como palco o Hangar Paranhos, numa parte afastada da cidade (infelizmente único local disponível), se mostrou adequado para eventos desse porte, mesmo afastado da cidade (galera que foi de excursão não reclamou).
Mesmo com pouco público, pudemos perceber que pessoas de todos os cantos do Rio Grande estavam lá para prestigiar a banda e fazer do festival uma celebração à arte negra da música. Assim, tínhamos pessoas de Passo Fundo, Santa Maria, Carazinho, Santa Rosa, Novo Hamburgo, Santo Ângelo, Erechim, e muitas outras cidades, mostrando que para quem curte o som mais extremo do Metal não há distância quando o festival vale a pena.
E definitivamente valeu o esforço de todos que compareceram, pois a primeira edição do Underground War Fest mostrou-se um sucesso. Alguns problemas com o som, especialmente no show da primeira banda a Southern Warfront (que será uma das atrações do Zoombie Ritual Fest neste mês em Santa Catarina ao lado do Vader), foram logo solucionados e o festival transcorreu bem.
Vinda de Erechim, a Southern Warfront fez um show enérgico, executando seu Death/Black Metal com músicas de seu debut “In Times of War”. O grupo executou várias músicas próprias, como "Terror and Caos" que abriu o show e "Legion of Dead", não deixando de tocar covers para a clássica "Satan is My Master" do Bathory e "Nightmare" do Sarcófago (não deixaram de lado Sepultura, tocando "Antichrist")
Na seqüência, a Dark Torment (Santa Maria/RS) sobe ao palco. Tendo Abysmus como líder, o trio pôs abaixo o local, com a galera se colocando mais à frente do palco para conferir a banda.
Uma das atrações mais esperadas se apresentou pela primeira vez na região. Falo da Brutal Morticínio. A banda, que tivemos a honra de entrevistar (confira aqui a mesma), vinha com grandes expectativas, principalmente por ser uma das mais negras do Rio Grande do Sul.
Com o ótimo disco “Despertar dos Chacais; O Outono dos Povos”, o grupo se destaca pelo Black Metal Old School, cru e agressivo, com letras inteligentes e vorazes.
Em palco, o grupo executou algumas das principais músicas de seu repertório, com especial destaque para a música de trabalho “Estúpido e Podre Homem Branco Cristão” cantada a altos brados por aqueles que conheciam a letra. Definitivamente, o melhor show da noite.
A tão esperada atração internacional Grafenstein teve a responsabilidade de mostrar seu Black Metal para aqueles que haviam acabado de sair de um show eletrizante. Felizmente, os alemães conseguiram atender às expectativas.
O trio, que veio ao Brasil pela segunda vez, teve Ijuí como única data no Rio Grande do Sul da turnê de divulgação de seu terceiro disco, o ainda inédito no Brasil “Skull Baptism” (2010).
Sem conversa, foram bastante diretos. Usando suas conhecidas corpses-paint, executaram músicas dos três discos, especialmente do mais recente. O público reagiu bem à banda, com algumas pessoas mostrando conhecer e muito a banda, esta que não aparentou ter falhado em nada e que, para completar, foram bastante receptivos ao público no palco e fora dele, quando algumas pessoas foram manter contato.
A noite já começava a tardar quando tivemos a quinta banda. Voltando para atrações regionais, a Entherror (São Borja/RS) vinha pela segunda vez a Ijuí e mostrou um set list basicamente semelhante da apresentação no Nightfall in South Festival.
A banda, que substituiu a Apócrifus, mostrou mais uma vez que Black Metal blasfemo é com ela mesma. Focando especialmente em versões de outras bandas, como Mayhem (abrindo com "Freezing Moon"), Immortal (com "The Sun no longer Rises") e E Enthroned ("Tales from a Blackened Horde"), também levantaram o público com os covers, incluindo a clássica "Troops of Doom" dos brasileiros Sepultura.
Com o público já um pouco cansado, restavam ainda duas bandas subirem ao palco. A primeira delas fora a Ancient Ritual, que fez um show digno, assim como a Abate Macabro, que teve a (in)feliz responsabilidade de fechar a primeira edição do festival, já com poucos presentes e cansados Metalers.
Com poucos mortos e feridos, a verdade é que o Underground War Fest cumpriu sua meta de trazer para essa região do estado um verdadeiro festival de Metal extremo, focando nas bandas do underground gaúcho, e dando ares de ousadia com a vinda de uma banda européia.
A Metal Army (e também as bandas e público presentes) deu seu recado: de que é uma produtora de bandas e eventos séria, honrada com sua palavra (mesmo diante de grandes dificuldades o Exército Metal não desistiu) e que aposta no Metal extremo, proporcionando aos fãs do gênero shows de nível internacional longe do eixo das capitais e com preços muito acessíveis.
Longa vida à Metal Army e que esta edição do Underground War não fique apenas na lembrança, mas sirva de trampolim para novas edições ainda mais grandiosas. Vamos valorizar nossos eventos!
Stay on the Road
Texto: EddieHead
Fotos: Retiradas do perfil do festival no site Orkut e de algumas das bandas
Confira mais fotos do festival abaixo!
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3 comentários:
posers!tem q aprender a tocar primeiro.
www.edsonrules.blogspot.com
edsonharrison@gmail.com
Olá Edson. Esteve no festival ou conhece algumas das bandas, ou não gosta de Black Metal?
Interessante seu blog (sem ironia), mas para muitas pessoas que curtem Rock ou Metal importa o som e a sensação de se ouvir (mesmo que as letras possam ser "farsas").
Vlw pelo comentário.
não que não curta....mas viraram sub-estilo de si mesmos...alguns conseguiram ridicularizar o estilo.e isso não acontece só no Black, veja bem.Acho que deveriam ser mais profissionais, melhorar a qualidade, músicos que evoluiram musicalmente, tecnicamente, possuem boas letras, como Dimmu Borgir, são chamados de traidores!mas se alguns preferem ser toscos e tocar mal, ser ignorantes pra sempre...fazer o que...e atenção..isso não é exclusivo dos blackheads!
e não, não fui no festival porque moro em Novo Hamburgo, mas não iria porque achei fraco o cast.Bandas pouco criativas e q pouco acrescentam ao Metal...são quase Punk Rock
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