Resenhei ainda neste mês o EP “Darkest Hours” (2010) da banda finlandesa Stratovarius, um dos maiores ícones do Power/Speed Metal de todos os tempos. Fiquei com uma pulga atrás da orelha quanto ao que esperar do novo trabalho completo da banda, o disco “Elisyum” (2011), que acabando de ser lançado, trago aqui para vocês algumas palavras sobre o mesmo.
Não mudo a opinião de que a música “Infernal Maze”, por exemplo, é uma fraca composição. Bastante dispensável e não se encaixando nem mesmo no disco completo. O que não aconteceu com “Darkest Hours”, que agora comecei a curtir ouvindo-a desde o inicio do álbum.
Músicas como “The Game Never Ends” e “Fairness Justified” agradam já na primeira audição àqueles que esperam um som clássico da banda. O refrão da primeira é ótimo, com um show dos teclados de Jens Johansson. Aliás, um dos pontos fortes do álbum é o instrumento, numa performance surpreendente dessa figura.
Não pela primeira vez na carreira, é a música mais épica do álbum que salva realmente o disco. “Elysium” fecha o disco e é uma real obra-prima, digna de comparações a clássica “Destiny”, do período auge da banda.
A música, com 18 minutos, é espetacular. Com vários climas, ajudado pelo clímax criado ao final da faixa anterior ‘Event Horizon”, a faixa-título destaca a participação de todos os instrumentos, com o jovem e já mais que integrado a banda Matias Kupiainen tirando seus melhores riffs e solos (incluindo passagens acústicas), mostrando que não teve apenas sorte de principiante em “Polaris” (2009).
Timo Kotipelto (vocal) mostra sua voz única, numa harmonia espetacular nessa canção em especial. O baterista Jörg Michael, que está numa luta contra o câncer, tirou seus melhores lances de batera dos últimos discos. O baixista Lauri Porra esmurra o baixo na parte inicial da canção, tendo uma maior presença nesse novo disco do que jamais conseguira.
Tenho visto apenas críticas positivas ao álbum. Faço o mea culpa, pois “Elysium” me surpreendeu. Entretanto, já não sonho mais com a possibilidade de um álbum clássico, como os dos anos 80/90. Infelizmente, a banda começou a “errar a mão” na década passada, embora tenha voltado à um nível respeitável com a nova formação.
A verdade é que “Elysium” é um bom álbum. Talvez melhor que seu antecessor. Mas boa parte desse mérito está na obra-prima que é a faixa título. Nenhuma palavra pode descrevê-la.
Stratovarius, mais uma vez, salvo pelo gongo, ou melhor, por uma grande (literalmente) canção.
Stay on the Road
Texto: Eddiehead
Fotos: Divulgação
Ficha Técnica
Banda: Stratovarius
Álbum: Elysium
Ano: 2011
País: Finlândia
Tipo: Speed/Power Metal
Formação
Timo Kotipelto (Vocais)
Jörg Michael (Bateria)
Jens Johansson (Teclados)
Matias Kupiainen (Guitarra)
Lauri Porra (Baixo)
Tracklist
01. Darkest Hours
02. Under Flaming Skies
03. Infernal Maze
04. Fairness Justified
05. The Game Never Ends
06. Lifetime In A Moment
07. Move The Mountain
08. Event Horizon
09. Elysium
2 comentários:
hail>>> concordo que a faixa titulo realmente impressiona e também concordo que esse album é melhor que o anterior, só discordo de Infernal maze que eu particularmente eu gosto mais do que a propria darkest hours mas é claro que è muito dificil um novo Infinity ou até um novo Elements da mesma maneira que nunca mais teremos um novo ANGELS CRY ou KEEPERS
O que faço logo de início, é concordar com a excelência da faixa "Elysium", mas, não só por ser um grande admirador da banda, posso dizer seguramente sim, que este álbum merece tanto mérito quanto, por exemplo, "Destiny". Não só pela faixa "Elysium", como é falado, mas pelo que se vê do solo perfeito de "Event Horizon", com linda alternância entre guitarra e teclado, sendo um solo bem surpreendente e realmente considerável; da originalidade da música "Darkest Hours"; além de outras faixas boas do álbum como "Lifetime in A Moment" e "The Game Never Ends". Acho que o álbum em geral tem qualidade mais que suficiente, além de ter faixas bem melhores que faixas mais anteriores de Stratovarius. Acho que assim como tiramos "Black Diamond", "Destiny", "Hunting High And Low" e "Speed of Light" como exemplos de melhores trabalhos da banda, podemos incluir agora "Elysium", "Darkest Hours" e "Event Horizon" à lista. Contudo, na minha opinião, o novo álbum ultrapassou as expectativas. Polaris e Elysium, são só os dois primeiros e breves álbuns do recomeço da banda. Talvez se a banda continuar a evolução de seu trabalho nos próximos anos, concerteza continuará surpreendendo. Agradeço a atenção.
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