Surgem estilos ou sub-estilos, novas bandas são formadas a cada dia, muitas se dissolvem, artistas vem e vão, até tentativas de "assassinato" do estilo de vida (não é só um estilo musical) Heavy Metal já foi anunciado pela mídia "Fast Food", porém, nesse universo gigantesco da nossa filosofia de vida, nada é mais revigorante do que ouvir algo que traz as bases do estilo criado a partir, principalmente, dos Riffs de Tony Iommi, ou seja, o Heavy Metal em sua essência clássica (vejam, por exemplo, o álbum do Accept, cujos músicos tiveram que ouvir que seu estilo estava ultrapassado!!
Bom, a resposta dos fãs está no absoluto sucesso do disco, que traz essa essência que faz do Metal tão especial, pegada, riffs em profusão, autenticidade...) e é isso que os suecos do Ghost transmitem de imediato, assim que se ouve a música, se vê a banda ao vivo, ou nos vídeos... aquele essência do Heavy Metal dos anos 70 e 80, com aquela sonoridade, misticismo, de Bandas como Black Sabbath, Blue Oyster Cult, Mercyful Fate e uma veia do Doom dos anos 80.
Assim como as bandas antes citadas criaram aquela aura de mistério em torno de si, e todas as alusões a bruxaria, satanismo, etc, o Ghost, cujo vocalista se apresenta sob a alcunha de "Papa Emeritus", usando vestimentas de um cardeal satânico, com direito a cruzes invertidas e tudo, e os demais integrantes simplesmente denominam-se "Nameless Ghouls", também criam essa atmosfera, seja com o visual e performance de palco, o mistério quanto a suas identidades, a temática abordada nas letras e os discursos, onde pregam que desejam levar a mensagem de seu "chefe" (the old horned codger, conforme palavas do frontman)a novas jovens almas pelo mundo!
A temática pode ser levada como simples provocação(quem sabe eles podem até ser o novo Spinal Tap!heheheeh), ou taxada de infantil por alguns, ou ofensiva para outros, mas o fato é que, seja qual a opinião, tudo faz parte do "pacote", e se você leva a sério, ou não, o que importa é que a coisa funciona, e é bem feita, e é empolgante.
Na primeira audição, voltei no tempo, e sons como "Con Clavi Con Dio" e "Elizabeth" , remetem imediatamente aos grandes Sabbath e Mercyfull Fate, e é ótimo podermos ter Bandas assim surgindo, conquistando espaço e mostrando como se faz simplesmente Heavy Metal.
Formada em 2008, na capital suéca, e após uma demo com 3 músicas e um single 7" , intitulado "Elizabeth" , que trazia no lado B uma canção da demo, "Death Knell", lançado pela Iron Pegasus, já começaram a causar furor na cena, seja pela sonoridade, temática e visual, com os integrantes vestindo robes negros e encapuzados,e o "Papa", com suas vestimentas e máscara de caveira.
Em outubro de 2010, saiu o debut, "Opus Eponymous", recebendo várias resenhas positivas, tendo a edição japonesa a faixa bônus "Here Comes The Sun", cover dos Beatles. As faixas próprias são creditadas a "A Ghoul Writer".
Vale ressaltar sempre, que esses recursos visuais, mistérios com identidade de integrantes e tudo o mais, não significariam nada se a música fosse ruim, afinal, nenhuma Banda seria capaz de manter o interesse somente pelos recursos visuais, uma hora dessas o segredo das identidades será revelado(inclusive, fala-se que o vocalista é Tobias Forge, ou Mary Goore, da banda Repugnant, nada que mude o interesse dos fãs ou a qualidade da Banda.Veja link no fim desta matéria), provavelmente também terão que buscar não cair na mesmice quanto a parte lírica, mas, o Heavy Metal praticado pelos suécos é de muito boa qualidade, sabem usar as influências as quais escancaram, e ainda, trazem novos ares a cena.
A popularidade tem sido crescente, com a Banda participando de vários festivais, sendo Banda de apoio do Paradise Lost semestre passado, escalado também para a "Defenders of Faith III Tour, ao lado de In Flames e Trivium.
Grandes nomes da cena também se declaram fãs e aparecem usando camisetas da Banda, como James Hetfield, durante show do "Big Four", em Julho passado, em Gotemburgo, ou seja, os caras tem mais agradado do que o contrário, e, como já falei acima, cada um pode encarar o "pacote" à sua maneira, levando a sério, levando para o lado sarcástico (até hoje tem muita gente que malha o Ozzy ou King Diamond, por exemplo!), ou simplesmente curtindo ouvir um bom Heavy Metal que bebeu da fonte de alguns dos ícones dos anos 80 e 70.
Em tempo, mais uma curiosidade sobre a Banda, é quanto a duração do álbum, pouco mais de 39 minutos nas suas 9 faixas, ou seja, o tempo médio de duração de um LP. Até nisso os caras foram fiéis aos grandes anos 70 e 80, quando reinavam os vinis! Muito "True" não é? He he he he!
Carlos "Caco" Garcia
Um comentário:
merecem a atenção que estão tendo.tem muito a render ainda
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