A 4º edição prometia, além da
significativa mudança de local, grandes nomes de peço: Kisser Klan, Gloria,
Korzus e Angra, fez com que aquele dia, um tanto que nublado e com pequenas
ameaças de chuva, trouxesse o público pra cada vez mais próximo da proposta que
o Fabricio que impor na cultura da cidade. E antes de iniciar as atividades, o Vale
do Anhangabaú já era tomado por centenas de pessoas ansiosas pelas atrações do
dia, previsto para ter o inicio as 14h, mas que teve um atraso em torno de uma hora.
A primeira atração chegou com
tudo no palco, às 15hrs, com o Kisser Klan. Mas antes da banda entrar em ação,
Fabricio Raveli, ao lado do mestre de cerimônias Rodrigo Branco e do vocalista
Nando Fernandes, fizeram as honras e a largada para a 4º edição do festival abrindo caminho para, logo em seguida, Andreas Kisser, ao lado seu filho, Yohan Kisser, e da
cozinha rítmica comandada por Gustavo Giglio (baixo) e Leo Baeta (bateria),
entrassem com tudo pra animar o público, de imediato, com um grande clássico do
Motörhead, “Ace Of Spades”, emendando com “Am I Evil”, do Diamond Head.
Pra quem não sabe, o Kisser Klan
tem o intuito de homenagear os grandes nomes do Rock e Metal mundial de uma
forma descontraída e divertida ao mesmo tempo, e a satisfação do público só
aumentou com a trinca de “Helter Skelter” (Beatles), “Breaking The Law” (Judas
Priest) e “Rock And Roll Damnation” (AC/DC). Antes de anunciar “The Zoo”, do
Scorpions, Yohan agradeceu, independente de poíitica, chuva e tempo ruim, a
presença de todos que estavam presente na praça. E a versão feita por eles
ficou ótima, tanto que, antes de executá-la, o Andreas comentou que estava
presente no show dos alemães no dia anterior.
Com Yohan assumindo os
microfones, foi à vez de executar “War Pigs”, do Black Sabbath, que levaram
muitos ao delírio, nos dando um gostinho do que vai acontecer por aqui em
dezembro com Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler. O momento caótico do
show chegou com “Skeletons Of Sociey”, do Slayer, que teve várias rodas
circulando perto da grade. Em “Motorbreath”, do Metallica, Andreas chamou o
Fabricio Raveli pra comandar as baquetas, e o mesmo destruiu o kit de bateria
com extrema facilidade, tirando o vasto elogio do público após o termino.
Chegando ao fim da apresentação, o público pedia, incessantemente, por Sepultura, mas o Andreas pediu calma e anunciou que, as próximas músicas antes, seriam de dois grandes nomes: “Wrathchild “(Iron Maiden) e “Rock And Roll All Night” (Kiss). Concluindo, atendendo pedidos, “Refuse/Resist” findou a apresentação de quase uma hora, contando com a participação do Bruno Teixeira, vocalista do Desalmado.
Gloria faz um bom show, e supera o preconceito
Pouco antes do Gloria subir no
palco, os organizadores do festival tentavam conscientizar o público a não
cometer nenhum ato violento, podendo prejudicar tanto o festival quanto as
pessoas que estavam ali próximas, pois havia muita garrafas e latas jogadas na
frente do palco. E nas vésperas do festival, muitas pessoas contestaram a
inclusão do Gloria no cast através das redes sociais, com alguns agindo de
forma preconceituosa e, até mesmo, planejando um ato de violência. E por se
tratar de um evento gratuito, apesar de passada todas as orientações, é sempre bom
atentar-se a qualquer tipo de ilegalidade.
Com uma bandeira do Brasil, tendo
o nome da banda estampado, Mi (vocal), Elliot Reis (guitarra/vocal), Pares
Kenji (guitarra), Thiago Abreu (baixo) e Leandro Ferreira (bateria), começou a
apresentação com a pesadíssima “Desalmado”, do disco “(Re) Nascido” (2012), que
logo uniu forças com a “Vai Pagar Caro Por Me Conhecer”, do disco “Gloria”
(2009), flertando os vocais agressivos e melódicos. Boa parte do repertório do
show foi dedicado aos dois antecessores discos da banda, e antes de anunciar “É
Tudo Meu”, Mi agradeceu ao Fabricio Raveli por terem sido convidados a
participar do festival e ao publico, que atendeu ao pedido do vocalista com um
grande ‘mosh-pit’.
“Anemia” e “A Arte de Fazer
Inimigos” contagiaram o seu público, que estava em bom número. Antes de anunciar essa
última, Mi brincou que,antes de fazer um show, é sempre legal acender um
baurete, pedindo pra todos que estavam na frente abrir o ‘circo-pit’. “Sangue”
foi à surpresa no set-list, pois o Mi declarou, antes executá-la, que fazia
muito tempo que não a tocava, deixando os fãs muito felizes e agitados com a
inclusão dela. Fora do circuito “Gloria” e “(Re) Nascido”, “Oração” foi à única
e nova música dentro do set, que está presente no novo álbum, “V” (Leia-se
“Quinto”).
Sobre a próxima faixa, Mi comentou,
que nesses anos de estrada, conheceu várias bandas. E nessas andanças da vida,
a banda conheceu Fernando Anitelli, do Teatro Mágico, que ajudou a fazer a
letra da paulada “Presságio”, não demorando muito pra chegar a vez de “Bicho do
Mato”, que possui engenhosos riffs de guitarra. Por fim, Mi deu novamente seus
agradecimentos, antes de encerrar a apresentação, a presença do público e dos
ex-integrantes que estavam presentes, reportando que não precisa de concessão de espaço pra
tocar, pois só é preciso invadi-los, e o final ficou por conta de “Asas
Fracas”.A apresentação que durou 40 minutos, sendo que alguns que
estavam ali não eram muito chegados a banda, mas a intenção é colocar coisas
diferentes e ter o público de diversas vertentes presente, e o mais importante, que o público respeite as diferenças.
Haja fôlego, o Korzus entra para "quebrar tudo"
A noite chegava aos pouquinhos no Vale do Anhangabaú, e depois de um descanso que durou bastante, às 18hrs, em meio a uma introdução medonha e o palco totalmente escuro, o Korzus entrou em cena como um dos nomes mais aguardados do dia, e Rodrigo Oliveira (bateria), Antônio Araújo e Heros Trench (guitarras), completados com Dick Siebert (baixo) e Marcello Pompeu (vocal), já começaram matando a pau com “Guilty Silence”, do aclamado disco “Ties Of Blood” (2004). Sem tempo pra espera, “Bleeding Pride”, do ultimo disco, “Legion” (2014), fez muita gente ficar com dor no pescoço, arrematando a trinca furiosa com “Never Die”, do sucessor disco “Discipline Of Hate” (2010).
A noite chegava aos pouquinhos no Vale do Anhangabaú, e depois de um descanso que durou bastante, às 18hrs, em meio a uma introdução medonha e o palco totalmente escuro, o Korzus entrou em cena como um dos nomes mais aguardados do dia, e Rodrigo Oliveira (bateria), Antônio Araújo e Heros Trench (guitarras), completados com Dick Siebert (baixo) e Marcello Pompeu (vocal), já começaram matando a pau com “Guilty Silence”, do aclamado disco “Ties Of Blood” (2004). Sem tempo pra espera, “Bleeding Pride”, do ultimo disco, “Legion” (2014), fez muita gente ficar com dor no pescoço, arrematando a trinca furiosa com “Never Die”, do sucessor disco “Discipline Of Hate” (2010).
Após uma pausa (Ufa!), Pompeu
tomou a frente pra dizer que era uma felicidade estar no palco do “Rock
Na Praça” dentro da sua cidade, São Paulo. E tudo o que estava acontecendo é a
prova que, em todo canto, tem pessoas que curtem Metal e Rock, mostrando o quão
forte é a nossa cena, ficando muito feliz de não só estarem prestigiando o
Korzus, mas como todas as bandas que estavam participando no dia. E pra chamar
o público pra si, Pompeu pedia a todos, após dizer “Rock”, que complementassem
com “Na Praça”. O mesmo feito ocorreu antes de anunciar “What Are You Looking
For”, repetindo o refrão “I See Your Death” sucessivamente.
O show já era tomado por ‘moshs’ e ‘circle-pits’
pra todos os cantos da pista, e após a “Discipline Of Hate”, Pompeu aprontou o
tradicional “Wall Of Death”, pedindo pra
que mulheres e crianças fossem pro fundo, dividindo o público pra fazer uma
brincadeira bem louca com o idealizador do evento, onde o pessoal do lado
esquerdo gritava “Fabricio” e o direito “Raveli”, até chegar o momento que
todos gritassem juntos e formar a verdadeira destruição diante da faixa
“Vampiro”. A próxima faixa também era cantada em português, e foi à vez da
arfante “Correria”.
Revisitando um pouco o passado,
com a banda ausente no palco e rolando uma introdução prisionaria, que abre o
disco “Mass Of Illusion” (1991), dava a entender que a faixa seguinte seria
“Agony”, juntando-se a outro clássico da banda nos anos 90, “Internally”,
presente no disco “K.Z.S” (1995). Voltando as músicas dos mais recentes discos,
Pompeu chamou ao palco o vocalista Nando Fernandes para fazer participação em “Raise
Your Soul”, que declarou que o “Rock Na Praça” é um sucesso, parabenizando o
Fabricio Raveli pela atitude de realizar o festival, apesar de todas as
dificuldades. E já que o Angra seria a última atração, Nando agradeceu a todos
que recepcionaram (muitos elogios por sinal) a versão que ele regravou da
música “Heroes Of Sand” para o tributo de 25 anos do vocalista Edu Falaschi.
Após encerrar a sua participação com o Korzus, Nando puxou o “olé, olé, olé”
com o Korzus no final.
Chegando ao seu fim, a banda
soltou um dos hinos do Metal nacional dos anos 80, “Guerreiros do Metal”,
presente na coletânea SP Metal II, com o Pompeu comentando que é a música
retrata os nossos sentimentos, aquilo que amamos e pelo que nos lutamos,
concluindo a apresentação pra lá de energética com faixa-título que da nome ao
ultimo álbum, “Legion”, com o Pompeu fazendo os seus últimos agradecimentos em
meio as melodias iniciais da música. E que apresentação o Korzus fez, dando a
entender que, atualmente, é a melhor banda de Thrash Metal em atividade no
Brasil.
Angra sem Lione e com muitas surpresas e convidados
Sem nenhuma ameaça de chuva, a tão esperada atração principal era aguardar pra encerrar a 4º edição do “Rock Na Praça”. O Angra vem de uma turnê comemorativa aos 20 anos de lançamento do “Holy Land”, onde teve, no mês anterior, um show marcante no Tom Brasil, em São Paulo, com as participações do baixista Luis Mariuti e do baterista Ricardo Confessori. Pra esse show no “Rock Na Praça”, a banda fez mudanças no repertório, diferente do set da atual tour, que teve as participações grandes vocalistas: Bruno Sutter, Alirio Neto e BJ, completaram o que foi chamado de Angra & Friends, já que, infelizmente, o vocalista Fabio Lione teve que dar inicio aos seus compromissos com o Vision Divine no mesmo dia, impossibilitando sua participação.
Sem nenhuma ameaça de chuva, a tão esperada atração principal era aguardar pra encerrar a 4º edição do “Rock Na Praça”. O Angra vem de uma turnê comemorativa aos 20 anos de lançamento do “Holy Land”, onde teve, no mês anterior, um show marcante no Tom Brasil, em São Paulo, com as participações do baixista Luis Mariuti e do baterista Ricardo Confessori. Pra esse show no “Rock Na Praça”, a banda fez mudanças no repertório, diferente do set da atual tour, que teve as participações grandes vocalistas: Bruno Sutter, Alirio Neto e BJ, completaram o que foi chamado de Angra & Friends, já que, infelizmente, o vocalista Fabio Lione teve que dar inicio aos seus compromissos com o Vision Divine no mesmo dia, impossibilitando sua participação.
O show já começou com uma música
que, há tempos, a banda não executa, abrindo a apresentação com “Wings Of
Reality”, do álbum “Fireworks” (1998), preenchidos pelas vozes do Bruno Sutter.
Após o seu termino, Rafael Bittencourt perguntou ao publico quem queria mais
“Rock Na Praça”, concluindo que só depende de todos ali presentes e dos
músicos, com todos unidos pra fazer isso acontecer sempre, porque Rock é
cultura. Após ovacionar o Bruno Sutter, Rafael chamou Alirio Neto, vocalista do
Age Of Artemis e ator dos musicais “Jesus Christ Superstar” e “We Will Rock
You”, pra cantar “Nothing To Say”, que dá abertura ao disco “Holy Land”.
Em “Waiting Silence”, Rafael
assumiu os vocais, mas era muito difícil poder ouvi-lo direito, o volume do seu
‘head-set’ estava muito baixo, sendo difícil, pra quem estava no fundo, poder
ouvir direito. A faixa seguinte era outra que ficou muito tempo ausente nos
sets da banda, “Heroes Of Sand”, do álbum “Rebirth” (2001), chamando o
vocalista BJ (Tempestt, S.O.T.O), que ficou boa na sua voz, beirando ao Hard
Rock. Era a vez de executar “Time”, que teve uma ótima interpretação do Bruno
Sutter, sendo a favorita do vocalista, que alcançou um timbre parecido com o do
Andre Matos.
Alirio Neto parecia cantar e
atuar ao mesmo tempo em “Make Believe”, e surpreendeu a todos com sua performance
empolgante. Foi legal o momento em que desceu das caixas de som que estavam a frente do palco,
cortejando um garotinho que estava ali na sua frente. “Final Light” foi à única
do mais recente disco, “Secret Garden” (2015), com o Rafael assumindo novamente
os vocais, para logo chegar com a “Rebirth”, que teve os vocais assumidos pelo
BJ. Pra completar a bagunça, Rafael chamou todos os vocalistas que participaram
pra concluir a apresentação com chave de ouro, que segundo o BJ, são os três
terrores. E aproveitando que os três estavam juntos no palco, o Rafael
relembrou o ultimo show que eles fizeram na capital paulista, e afirmou que o
palco do Angra é grande e que cabe todos os vocalistas, referindo-se a um
grande nome que todos conhecem, encerrando a noite com um medley de “Carry On”
e “Nova Era”.
Foi prazeroso poder participar
desta 4º edição do “Rock Na Praça”, que apesar da falta de educação de alguns,
tudo ocorreu a favor do bem e da união das pessoas. E para que isso seja mantido,
só depende, como disse o Rafael Bittencourt, da união de todos nós. Então,
primeiramente, nós do Road to Metal, parabenizamos o Fabricio Raveli pela garra
e a atitude de mostrar o socialismo através da cultura Rock. E com certeza,
estamos na torcida pra que haja mais edições.
Cobertura: Gabriel Arruda
Fotos: André Alvez (Alquimia Rock Club)
Angra
Wings Of
Reality
Nothing To Say
Waiting Silence
Heroes Of Sand
Make Believe
Time
Final Light
Rebirth
Nova Era
Nothing To Say
Waiting Silence
Heroes Of Sand
Make Believe
Time
Final Light
Rebirth
Nova Era
Korzus
Guilty
Silence
Bleeding Pride
Never Die
What Are You Looking For
Discipline Of Hate
Vampiro
Correria
Agony
Internally
Raise Your Soul
Truth
Guerreiros Do Metal
Legion
Bleeding Pride
Never Die
What Are You Looking For
Discipline Of Hate
Vampiro
Correria
Agony
Internally
Raise Your Soul
Truth
Guerreiros Do Metal
Legion
Gloria
Desalmado
Vai Pagar Caro Por Me Conhecer
É Tudo Meu
Anemia
A Arte De Fazer Inimigos
Sangue
Oração
Presságio
Bicho Do Mato
Asas Fracas
Vai Pagar Caro Por Me Conhecer
É Tudo Meu
Anemia
A Arte De Fazer Inimigos
Sangue
Oração
Presságio
Bicho Do Mato
Asas Fracas
Kisser Klan
Ace Of
Spades (Cover do Motörhead)
Am I Evil? (Cover do Diamond Head)
Helter Skelter (Cover dos Beatles)
Breaking The Law (Cover do Judas Priest)
Rock And Roll Damnation (Cover do AC/DC)
The Zoo (Cover do Scorpions)
War Pigs (Cover do Black Sabbath)
Skeletons Of Society (Cover do Slayer)
Motorbreath (Cover do Metallica)
Wrathchild (Cover do Iron Maiden)
Rock And Roll All Nite (Cover do Kiss)
Refuse / Resist (Cover do Sepultura)
Am I Evil? (Cover do Diamond Head)
Helter Skelter (Cover dos Beatles)
Breaking The Law (Cover do Judas Priest)
Rock And Roll Damnation (Cover do AC/DC)
The Zoo (Cover do Scorpions)
War Pigs (Cover do Black Sabbath)
Skeletons Of Society (Cover do Slayer)
Motorbreath (Cover do Metallica)
Wrathchild (Cover do Iron Maiden)
Rock And Roll All Nite (Cover do Kiss)
Refuse / Resist (Cover do Sepultura)
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