Andreas "Neudi" Neuderth é uma figura muito conhecida no meio Metal, pelo seu trabalho em publicações como a Deaf Forever, no canal Street Clip TV, programas de rádio, produção e masterização, e principalmente como baterista em várias bandas, como o cultuado Manilla Road (banda que sempre foi fã confesso, tornando-se membro efetivo desde 2011), Viron, Masters of Disguise, Savage Grace e o ROXXCALIBUR, projeto tributo à NWOBHM, que já está no seu terceiro álbum, e foi nosso assunto principal desta entrevista, além, claro, da paixão de Neudi pelo Metal oitentista. (English Version)
Numa entrevista bem descontraída, e se tratando de Neudi Neuderth, bastante proveitosa em termos de conhecimento e informação de joias preciosas da NWOBHM e Metal Clássico, ele nos conta um pouco mais desse mais recente álbum do Roxxcalibur, o seu início na música, MANILLA ROAD, e muito mais! Confira a seguir a conversa com esse "caçador de tesouros" do Heavy Metal:
RtM: Para começar, algo que eu sempre quis perguntar é como é o processo de escolha das músicas que estarão nos álbuns? Vocês todos são fãs do vasto material produzido pelas bandas de NWOBHM, mas cada membro deve ter algumas músicas e bandas favoritas?
Neudi: Bem, eu sou o fanático na
banda, mas é claro que os outros caras também possuíam algumas coisas de NWOBHM
antes do Roxxcalibur, mas não eram do tipo colecionadores. Kalli (guitarra)
sempre foi fã do Thrash e do lado mais pesado do US-Metal, e também Accept
antigo , enquanto Alexx (vocal), que é um pouco mais jovem do que nós, começou
com os tradicionais Priest, Iron, WASP ou Manowar. Mario (baixo) sempre foi um
metalhead que também ama Punk, hardcore antigo e outras coisas Crust. Ele mudou
desde que começamos com o Roxxcalibur, e agora é um NWOBHM-maníaco também,
enquanto os outros caras simplesmente amam a maioria das coisas da NWOBHM.
RtM: E você como um amante e
colecionador do material clássico, sua opinião tem mais peso?
Neudi: Minha coleção enorme (vinis,
CDs) é a "base" para encontrar coisas legais para escolhermos o que
tocar. Ouvimos o máximo de músicas possíveis e depois escolhemos 20 ou 30.
Depois disso, fazemos uma lista e classificamos as canções ... e no final temos
o set list para um novo álbum. Nosso chefe na Limb-Music, "Limb",
conhecido como primeiro manager do Helloween aqui na Alemanha, também tinha uma
favorita para estar no nosso mais recente álbum, "Gems of the
NWOBHM", que era "Paper Chaser" do Taurus.
RtM: O conceito do Roxxcalibur é
pagar tributo a bandas que não tiveram maior exposição, sendo desconhecidas por
um público mais amplo, e dando-lhes uma segunda chance. Como você vê os
resultados alcançados até agora, chegando já no terceiro álbum? Você acredita
ter alcançado as metas e objetivos que tinham quando começaram a banda?
Neudi: Para ser honesto, quando
começamos com a banda eu não esperava nada. Já era estranho quando me
ofereceram um acordo para um "NWOBHM-Tribute-Project" antes mesmo de
nós fazermos nosso primeiro ensaio. Nosso "chefe", Limb, já amava o trabalho de Alexx (vocais) e minha banda anterior, Viron,
então ele sabia que não iria ser qualquer porcaria que iríamos fazer com o
Roxxcalibur. Com o nosso primeiro álbum tivemos resenhas incríveis, figuramos como
"CD do mês" ou "Sugestão especial" em muitas revistas. O
mesmo aconteceu com o segundo e o novo CD. Assim, essa parte foi muito melhor
do que nós estávamos esperando ... porque não esperávamos nada. A única parte
decepcionante é que nós não fizemos muitos shows. Nos primeiros anos, os
organizadores de festivais em sua maioria não sabiam como lidar conosco, agora
estamos muito ocupados com nossas outras bandas como Manilla Road, Masters of
Disguise e Abandoned, só para citar as bandas mais importantes que contam com
membros do Roxxcalibur (N. do R.: Alexx Stahl foi efetivado no Bonfire
recentemente).
RtM: Em "Gems of NWOBHM"
você poderia destacar quais as suas músicas favoritas do álbum? e porque?
Neudi: Minhas músicas favoritas no
nosso álbum são diferentes das favoritas nos originais aqui e ali. Eu amo a
abertura "Why Don't You KillMe" (Legend), porque combina epic rock dos anos 70 com pré-Speed Metal. E
há "Soldiers of War", do Satan's Emperor e da minha coletânea
favorita de NWOBHM, "Lead Weight" (Neat Records). Eu amo "Age ofMachine" do Mythra desde o lançamento na década de noventa, pela na
British Steel Records, porque esta canção não estava em seu famoso EP
"Death and Destiny". Ele também tem este feeling dos anos 70, e ao
mesmo tempo já sendo pré-Metal, algo que eu amo mais ainda quando se trata de
NWOBHM. Mas eu acho que a "nossa" melhor canção é surpreendentemente
"Somewhere Up In The Mountains” do Marquis De Sade.
RtM: "Gems of the
NWOBHM" já é o terceiro álbum do
Roxxcalibur. Quais músicas você queria incluir em um álbum, mas que não foi
possível ainda?
Neudi: Há algumas músicas que meus
companheiros de banda não gostam muito, mas não seria justo citá-las aqui.
Quero dizer ... há algumas canções deste álbum que alguns dos meus companheiros
de banda não gostavam alguns anos atrás. E há uma canção neste álbum que eu não
gosto muito. Queríamos gravar "Gonna Get Back To You" do Prowler (a
versão da compilação "Brute Force") e notei durante a gravação que
não estava soando muito legal ... Por isso, paramos de trabalhar nela.
"Minha coleção enorme (vinis, CDs) é a "base" para encontrar coisas legais para escolhermos o que tocar." |
RtM: Outra característica marcante
no Roxxcalibur é que vocês gravam muitas partes realmente ao vivo, com o mínimo
de overdubs e sem o uso de programas digitais para corrigir erros ou possíveis
falhas, soando como autêntico e mais perto possível das condições das bandas da
época. Conte-nos mais sobre este processo de gravação? Creio que a maioria das
músicas são gravadas em poucos takes.
Neudi: Sim, é verdade, mas no
primeiro e no segundo álbum era apenas uma guitarra, bateria e baixo ao vivo, e
adicionamos todas as outras guitarras rítmicas mais tarde, juntamente com os
vocais e solos. Nosso novo álbum foi completamente gravado ao vivo, com a banda
toda no estúdio, exceto os solos e vocais. Há alguns primeiros takes no álbum,
isso mesmo, mas algumas músicas foram realmente um pé no saco, e foi necessário
quase um dia para fazê-las! ha ha. Novamente os solos e todos os vocais, além
de alguns efeitos (tempestade, aves etc.) foram adicionados mais tarde.
Você está certo, não há nenhuma edição de bateria ou outras partes no álbum. Ainda existem alguns pequenos erros nele por causa disso ... Eu não vejo isso como erros totalmente, são seres humanos tocando música orgânica da forma como deve soar - em minha opinião. A maioria dos álbuns recentes soam como merda de plástico por causa de todo essa edição que é usada hoje em dia. Muitas das bandas que eu amava perderam a sua identidade por causa disso, pelo menos nas gravações em CD.
Você está certo, não há nenhuma edição de bateria ou outras partes no álbum. Ainda existem alguns pequenos erros nele por causa disso ... Eu não vejo isso como erros totalmente, são seres humanos tocando música orgânica da forma como deve soar - em minha opinião. A maioria dos álbuns recentes soam como merda de plástico por causa de todo essa edição que é usada hoje em dia. Muitas das bandas que eu amava perderam a sua identidade por causa disso, pelo menos nas gravações em CD.
RtM: Eu acredito que, assim como no
palco, você também deve se divertir muito durante o processo de gravação dos
álbuns, a escolha de canções (a "procura pelo ouro" hehehe), e até
mesmo na escolha da arte da capa, mais uma vez maravilhosa.
Neudi: Sim, é assim e não há
nenhuma outra razão para nós em tudo. Todos nós temos outras bandas em que
tocamos, e enquanto nós nos divertirmos com Roxxcalibur vamos ir em frente. E,
claro, enquanto as pessoas quiserem nos ouvir, o que parece estar indo bem até agora ** Ha Ha
**
RtM: E as suas partes de bateria?
Conte-nos um pouco sobre como você costuma gravar, o tempo que você leva para
ensaiar a música para ter uma pegada tão poderosa nos álbuns? Lembro-me de uma
frase legal que você falou, que você é "um baterista de Rock and Roll que toca
Metal!"
Neudi: Oh, você se lembra disso?
Porque é verdade. Alguém acabou de me chamar de "Um Cozy Powell mais
progressivo", o que soa engraçado, mas há alguma verdade nisso. O meu
objetivo é som bom e poderoso. Técnicas e coisas adicionais só vem depois isso.
Então, estava tocando no Savage Grace, quando Chris Logue fez uma reunião em
2009/2010, foi divertido, mas não para mim como baterista, tocar todas aquelas
músicas com doublebass, não é a minha praia, até eu posso fazê-lo ... Isso é
também a razão pela qual eu deixei a banda Masters of Disguise, simplesmente
não é o meu estilo como baterista. É diferente como um fã, claro, eu gosto de
um monte de Thrash e Speed Metal, especialmente dos anos 80 coisas. Mas notei
que eu sou mais um Metal-fan do que um baterista de Metal quando eu tocava em
bandas como Kokoon (Progressive Pop-Rock) ou Child In Time (Deep Purple
Tribute). Mas estou superfeliz em estar no Manilla Road e Roxxcalibur. É Metal,
mas com espaço suficiente para me experimentar.
RtM: E entre os muitos
"diamantes brutos" que você já prestou homenagem no Roxxcalibur, você
poderia fazer um "Top Five" de álbuns? Dividindo um pouco mais dessa
"caça ao tesouro", especialmente com os fãs mais jovens.
Neudi: Para ser honesto, isso é
realmente impossível, porque ela muda a cada dia. Então, eu só poderia citar a
compilação "Lead Weight" da Neat Records e -ainda que eu soe
como um chato repetitivo- a estreia do
Iron Maiden. Esses LPs foram importantes quando eu era garoto. Além de que eu
amo 7'' Singles ... muito mais do que álbuns :) Então, quando selos como o High
Roller lançam CDs que combinam os singles + demotracks das bandas, ao longo dos
anos alguns deles se tornaram meus favoritos (como Sparta, por exemplo).
RtM: Uma questão delicada também é
como fazer essas versões imprimindo a
personalidade do Roxxcalibur, mas sem descaracterizar a versão original.
Você poderia nos contar um pouco mais sobre esse processo? Vocês, em algum
momento, descartaram músicas porque não foi possível criar uma versão
satisfatória?
Neudi: Como eu disse antes, havia
aquela música (do Prowler) que não entrou tornou no nosso novo álbum. Mas
antes, nós fizemos "Angel Witch" (do Angel Witch) na nossa estreia e
"If I Were King" (Vardis) para o nosso segundo álbum. Ambas as
versões não foram satisfatórias para nós, e as deixamos fora do álbum. O mesmo
com "Survivors" do No Quarter que também fizemos para o nosso segundo
álbum. Talvez nós usaremos como uma faixa bônus para o vinil ou algo assim.
RtM: E as reações dos autores
originais? Todas positivas, ou uma banda ou algum membro não gostou de suas
versões? Vocês tiveram algum problema com alguém, ou que não tenha autorizado a
gravar alguma música?
Neudi: Todas positivas, a maioria
entusiasmados. O que muitos não sabem: Quando você faz uma verdadeira versão
cover, você não precisa perguntar ao autor, somente quando você mudar a música
drasticamente (música, letras, estilo etc.). Em dois casos, pensamos que
deveríamos ter-lhes perguntado, mas no final eles acharam tudo ok. Também temos
uma amizade com algumas bandas desde o primeiro álbum (Jameson Raid, Cloven
Hoof etc.).
RtM: Além de mostrá-las público que não tiveram acesso a estas pérolas de NWOBHM, e dar uma segunda chance para essas músicas, eu vejo que o Roxxcalibur incentivou muitas pessoas a "cavar" este ouro também, e eu acredito que isso também contribuiu para encorajar muitas dessas bandas a retornar ao palco, lançar novos álbuns, percebendo que há fiéis seguidores e fãs da NWOBHM, e mais pessoas descobrindo essas bandas. Você recebe muito feedback do público e das bandas sobre isso? Aconteceu de pessoas virem dizer-lhe: "Ei, nós voltamos e lançamos um novo álbum, graças a vocês."
Neudi: Na verdade isso aconteceu. O
Quartz agradeceu-nos em muitas ocasiões, quando eles concretizaram o seu
retorno, Jameson Raid fez uma reunião, Sparta começou a tocar novamente e tem a
"Angel Of Death" como sua única regravação em seu novo álbum ...
Muitas coisas legais aconteceram e isso nos faz felizes! Também tivemos alguns
shows com membros originais de bandas da NWOBHM, como no Keep It True Festival.
Brian Ross se juntou a nós várias vezes para cantarmos "Blitzkrieg"
juntos.
RtM: E como não poderia deixar de
ser, vamos falar sobre o Manilla Road, banda que você sempre foi um grande fã,
e agora é um membro. Conte-nos um pouco sobre esse sentimento de estar na
banda? Além disso, é um momento muito especial, com a banda tocando em vários
países, vários festivais, lançando novos álbuns e relançamentos. Você acredita
que muitas bandas consideradas cult estão tendo mais atenção nos dias de hoje?
Mark disse-me em uma entrevista que eu fiz com ele um tempo atrás, que
considera o presente momento mais favorável, com a banda recebendo mais atenção
do que na década de 80.
Neudi: Estou na banda desde 2011, e
ainda é algo especial para mim. Mas eu preciso mencionar que estamos em contato
desde 2000 ou mesmo 1999 e que nos reunimos em várias ocasiões antes de me
juntar a banda. Então é claro que o meu primeiro show, em 2011 (Hammer of Doom
Festival), foi um sonho, mas felizmente eu conhecia os caras antes, e isso
ajudou muito para que eu me sentisse bem. Por outro lado, sou profissional o
suficiente para desligar o lado fã quando é necessário.
Tenho cuidado de alguns negócios para a banda aqui no lado Europeu, como o contrato de gravação aqui na Alemanha desde o "Mysterium", remasterização do catálogo antigo, enquanto Mark está escrevendo novas canções e faz outras coisas nos EUA. Então, isso torna as coisas um pouco mais fáceis para a banda, como temos mais "mão de obra". Temos também um booker nos EUA e na Europa, etc. Na verdade, a banda hoje está mais bem sucedido do que nunca por causa do recente line-up, estando capaz de excursionar e gravar. E sim, as turnês pelo mundo vieram tarde na minha carreira, mas é claro que eu adoro! Às vezes é triste que eu não tenha tempo para ver mais dos países em que nós tocamos.
Tenho cuidado de alguns negócios para a banda aqui no lado Europeu, como o contrato de gravação aqui na Alemanha desde o "Mysterium", remasterização do catálogo antigo, enquanto Mark está escrevendo novas canções e faz outras coisas nos EUA. Então, isso torna as coisas um pouco mais fáceis para a banda, como temos mais "mão de obra". Temos também um booker nos EUA e na Europa, etc. Na verdade, a banda hoje está mais bem sucedido do que nunca por causa do recente line-up, estando capaz de excursionar e gravar. E sim, as turnês pelo mundo vieram tarde na minha carreira, mas é claro que eu adoro! Às vezes é triste que eu não tenha tempo para ver mais dos países em que nós tocamos.
RtM: Você tocou este com o Manilla
Road no Cruzeiro 70.000 Tons of Metal. Você poderia nos contar um pouco como
foi essa experiência, e também sobre a reação do público com relação ao show da
banda?
Neudi: Tivemos uma boa quantidade
de metalheads em ambos os shows que tocamos. Se você olhar para o line-up,
Raven, Jag Panzer, Diamond Head e nós mesmos, éramos os "exóticos"
entre uma tonelada de Death Metal e coisas mais modernas, além de dois grandes
nomes do setor tradicional (Hammerfall e Gamma Ray). Então nós ficamos
realmente surpresos que algumas pessoas que só conheciam o Manilla Road de
nome, até nos elegeram como umas das
melhores bandas do cruzeiro. A viagem em si foi fantástica! Uma mistura de
festival e férias :)
RtM: E finalmente, você poderia nos
contar um pouco como foi o seu começo na música, quando você começou a se
interessar por tocar bateria, suas principais influências e quando o Metal
entrou na sua vida?
Neudi: Meu pai tocava bateria em
uma banda no final dos anos sessenta, mas é claro que eu não tinha nascido
ainda, que não foi uma influência ... mas sua pequena e agradável coleção de
discos sim. Eu diria que Creedence Clearwater Revival, ainda um dos meus
favoritos nos dias de hoje, juntamente com John Fogerty solo, foi o meu
primeiro passo para o Rock, especialmente as canções mais pesadas, como
"Pagan Baby". O mesmo com
"Best Of" duplo dos Rolling Stones e do LP duplo azul dos Beatles.
Quando eu tinha seis ou sete anos meu pai ganhou um LP chamado "Hot
Rock", que foi um presente para os clientes de um banco alemão (!). Havia
Deep Purple com "Fireball" nele e, hey, era "proto Speed Metal", com
pedais duplos e pesados, guitarras distorcidas. Este foi um momento fundamental
na minha vida.
RtM: E aí certamente vieram outras
bandas mais "pesadas", e lembro que você tem uma bela coleção de
KISS.
Neudi: Em seguida, o habitual
aconteceu: eu peguei o meu primeiro álbum do Kiss (Alive, em seguida, Alive 2),
Status Quo "Live" e outros Live-Álbuns como "All the World's a
Stage" (Rush) e "Double Live Gonzo" (Ted Nugent ).
Em seguida, em 1980, quando eu
tinha 9 anos, eu finalmente pude ver o KISS aqui na Alemanha e sua banda de
abertura era uma novidade da Inglaterra....Iron Maiden! Isto, obviamente, foi
uma grande mudança na minha vida. Eu conheci o guitarrista Dennis Stratton
alguns anos atrás quando tocamos três músicas do Maiden (Roxxcalibur com
Stratton, além de Tom Gattis nos vocais) no KEEP IT TRUE FESTIVAL. Depois que o
material usual fundiu minha mente e devo dizer que eu era mais fã do US Metal
na época. Dentro dos anos 80 eu buscava encontrar o material mais pesado
disponível, mas isso terminou quando bandas como Cryptic Slaughter ou Napalm
Death vieram à tona. Este foi o momento em que eu pensei "ok, agora está
ficando sem sentido". Mas, ainda assim, mesmo que eu também adore música
dos anos 60 e 70, eu gosto do velho Thrash e as primeiras raízes do Death Metal
como Venom, Celtic Frost e Possessed.
RtM: Hoje podemos ver uma espécie de "renascimento" com várias bandas que fazem música inspirada pelo som dos anos setenta. Você acredita que essas novas bandas realmente fazem essa música de uma forma honesta, inspirados pelas grandes bandas da década de 70? Ou a maioria seria mais pensando em tirar proveito desse "revival", e seguir qualquer tendência que esteja mais em voga?
Neudi: Bem, estes jovens músicos
poderiam ser meus filhos. Se eles seriam meus filhos seriam mais influenciados
pelo Metal, por isso, é estranho que este material retro não tenha acontecido
mais cedo, porque seus pais deve estar entre os 40 ou 50 anos de idade também.
Mas, em geral eu entendo jovens garotos que tocam esse tipo de música, porque é
muito mais divertido de tocar do que a maioria dos outros estilos. Você tem
mais liberdade tocar o seu instrumento, é por isso que eu gosto de ouvir muitas
bandas dos anos 70. Mesmo no estúdio, a maioria improvisava no estúdio, soando
quase o mesmo que ao vivo, só que sem uma audiência.
Tivemos esse sentimento durante as gravações do Roxxcalibur também. Na maior parte dos anos 70, as bandas faziam músicas pesadas, mas os álbuns contêm também outras coisas. Alguns fizeram alguns blues, um pouco de jazz ou pop. Portanto, havia mais misturas naquela época do que na década de 90, quando as bandas de Metal tentaram mesclar estilos.
Tivemos esse sentimento durante as gravações do Roxxcalibur também. Na maior parte dos anos 70, as bandas faziam músicas pesadas, mas os álbuns contêm também outras coisas. Alguns fizeram alguns blues, um pouco de jazz ou pop. Portanto, havia mais misturas naquela época do que na década de 90, quando as bandas de Metal tentaram mesclar estilos.
RtM: Neudi, obrigado pela sua
atenção, eu deixo este espaço final para que você envie a sua mensagem para os
fãs. E obrigado novamente, por ser uma pessoa tão ativa, sempre lutando pelo
Metal, sempre produzindo, seja no rádio, TV, revistas, etc, e acima de tudo,
sempre simpático e carismático! Abraços e esperamos que você retorne à América
do Sul em breve, com o Manilla, e talvez o
Roxxcalibur!
Neudi: Espero que sim! A América do
Sul foi uma grande experiência quando excursionamos com o Manilla Road e,
juntamente com a Grécia e Chipre vocês tem os mais selvagens metalheads!! Vejo
todas essas bandas clássicas como Picture ou Grim Reaper tocando na América do
Sul e isso me deixa muito feliz. Sua cena definitivamente está viva e bem.
Entrevista: Carlos Garcia
Roxxcalibur Official website
Manilla Road Official Website
Neudi Youtube Channel
Discography with Roxxcalibur:
NWOBHM For Muthas (2009)
Lords of the NWOBHM (2011)
Gems of the NWOBHM (2015)
Neudi Complete Discography
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NWOBHM For Muthas (2009)
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Manilla Road |
Um comentário:
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