Ann Wilson,
vocalista do Heart, lançou no dia 14 de setembro via BMG o álbum “Immortal”, uma coletânea de covers de músicos falecidos que inspiraram a cantora, como David Bowie, Tom Petty e Chris Cornell. Durante a produção, Ann usou o título de trabalho "Project Dead Guys". (Read the English Version)
A produção ficou
por conta de Mike Flicker, que já havia trabalhado com o Heart nos álbuns
“Dreamboat Annie“, “Magazine“, “Little Queen“, “Dog And Butterfly“ e "Bébé Le
Strange“, além de contar com as participações especiais de Warren Haynes ( The
Allman Brothers Band ) e o multi-instrumentista Ben Mink.
O álbum começa
com a emocionante interpretação da canção de Lesley Gore, “You Don`t Owe Me”,
seguida pela arrepiante “I Am The Highway” do Audioslave, nesse ponto, a versão
de Ann soou tão naturalmente como se a música tivesse sido feita para ela. Uma surpresa para alguns, a música escolhida
para homenagear Tom Petty foi “Luna”, em uma versão muito inspirada. Com uma
interpretação um pouco menos expressiva que a original, a “I’m afraid of
Americans” de David Bowie recebeu uma roupagem estilo rock sulista.
Em seguida
uma versão muito especial para “Politician” do Cream, um dos pontos altos do
disco. E vale abrir aspas aqui para o que Ann comentou sobre a música, em entrevista para a Rolling Stone, quando indagada sobre o que a música representava para esse momento da política americana: "Bem, a verdadeira questão a que presto atenção é observar a mentalidade de massa. Trump é apenas ... ele é um sintoma de algo que está sistematicamente errado. Você diz coisas podres sobre a esquerda e a esquerda diz coisas podres sobre a direita e todo mundo odeia todo mundo. Quantas pessoas realmente entendem o que está acontecendo?" Pois é..
Com a participação de Ben Mink, a próxima música é “A Thousand Kisses Deep“, de Leonard Cohen, embora eu nunca tenha ouvido a original, até então, a versão de Ann Wilson soa forte e confiante.
Agora uma confissão, precisei ouvir “Back to Black” da Amy Winehouse algumas vezes a mais para conseguir formar uma opinião. Na primeira audição achei horrível, talvez por culpa das altas expectativas que criei por ser fã da Winehouse, mas nas audições seguintes consegui prestar mais atenção nas nuances da música, no tom melancólico, na emoção da Ann, ainda assim é muito difícil não comparar ao fenômeno Amy.
Com a participação de Ben Mink, a próxima música é “A Thousand Kisses Deep“, de Leonard Cohen, embora eu nunca tenha ouvido a original, até então, a versão de Ann Wilson soa forte e confiante.
Agora uma confissão, precisei ouvir “Back to Black” da Amy Winehouse algumas vezes a mais para conseguir formar uma opinião. Na primeira audição achei horrível, talvez por culpa das altas expectativas que criei por ser fã da Winehouse, mas nas audições seguintes consegui prestar mais atenção nas nuances da música, no tom melancólico, na emoção da Ann, ainda assim é muito difícil não comparar ao fenômeno Amy.
A emocional “A Different
Corner” , de George Michael, talvez tenha sido a escolha mais inusitada no
repertório. E fechando com chave de ouro, “Baker Street” de Gerry Rafferty,
soando de forma mágica, harmoniosa e cheia de melodia.
Ann Wilson
mostra nesse trabalho que 68 anos de idade não quer dizer nada quando se está
cheia de inspiração, e ainda com uma voz tão cativante quanto em seus trabalhos dos
anos 70/80, a qual dá coesão aos diversos estilos musicais encontrados no trabalho. Apesar de ser um álbum de versões o conceito de "Immortal" transmite muito bem o desejo de homenagear e eternizar essas canções. Tanto capricho merece a atenção dos
ouvintes.
Texto: Raquel de Avelar
Edição e Revisão: Carlos Garcia
Agradecimentos: Iris Klabunde & CMM Media
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Texto: Raquel de Avelar
Edição e Revisão: Carlos Garcia
Agradecimentos: Iris Klabunde & CMM Media
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