Para além dos gostos pessoais por
podreiras (eu me incluo), seria clichê afirmar que a brutalidade é primal ao analisar
o Brutal Death Metal qualitativamente. Justamente estou aqui tentando mostrar
algum critério e penso que os clichês trabalham em extremos, aprimorando ou
execrando o objeto. No caso de Barbarity temos o primeiro caso, de longe a
banda se eleva dentro do estilo, é abissal a sua habilidade com a
agressividade.
Os blast beats são muito bem colocados, os riffs são assassinos e o vocal é enfurecedor. No Brutal Death Metal é muito fina a variação do repertório sonoro nas músicas, é fácil uma banda soar mais do mesmo ou fazer com que você não lembre nenhuma música deles mesmo após ouvir várias vezes seu CD, isso não é demérito ao meu ver, – inclusive gosto, me sinto num loop eterno de destruição sem fim – mas não teria como não ser um mérito o som se sobressair e te marcar.
Barbarity não se esqueceu da variação necessária para uma referência ao peso extremo do som, há paradas e reduções dos andamentos, sem perder a brutalidade. Aí está a finesse dos Russos. Não estou falando que Brutal Death tem que ter progressividade, ao contrário, me parece que a banda tem mérito justamente porque percebeu que “menos é mais”, sem queimar riffs os caras te deram um prato cheio de barbaridade em Debut “Keeper of Oblivion” (2018).
Os blast beats são muito bem colocados, os riffs são assassinos e o vocal é enfurecedor. No Brutal Death Metal é muito fina a variação do repertório sonoro nas músicas, é fácil uma banda soar mais do mesmo ou fazer com que você não lembre nenhuma música deles mesmo após ouvir várias vezes seu CD, isso não é demérito ao meu ver, – inclusive gosto, me sinto num loop eterno de destruição sem fim – mas não teria como não ser um mérito o som se sobressair e te marcar.
Barbarity não se esqueceu da variação necessária para uma referência ao peso extremo do som, há paradas e reduções dos andamentos, sem perder a brutalidade. Aí está a finesse dos Russos. Não estou falando que Brutal Death tem que ter progressividade, ao contrário, me parece que a banda tem mérito justamente porque percebeu que “menos é mais”, sem queimar riffs os caras te deram um prato cheio de barbaridade em Debut “Keeper of Oblivion” (2018).
Destaque para a faixa “Desfigured
and Burnt”. É difícil encontrar uma banda com linhas de baixo tão enraizadas e
guitarras tão ferozes em forma crua e integrada. Você sente que a música foi
construída pelo baixo e que tudo parte deste peso inicial, ao ouvir você sabe
que a banda funciona como um coletivo, o som é justamente o oposto daqueles
sons super performáticos onde parece que cada instrumento foi para um lado e a
música foi para a casa do baralho.
Outro som incrível é “When Heaven
Turns Into Hell”, aqui você toma um coice de mula na fonte! A música é uma
pedrada do começo ao fim, o espírito eslavo se deflagra aqui de forma
devastadora nesse som, as dinâmicas lembram os momentos mais Death Metal do
Sepultura com uma pitada BRUTAL. Os caras não pouparam nada.
Resenha por: Nicolas Quadros
Formação:
Roman – Vocals
Stephatred – Guitars
Bonif – Bass
Thanatoly – Drums
Tracklist:
1. Slave
for the State
2. Die in
Bloodshed
3. Keeper
of Oblivion
4. Suicide
Is Not Weakness
5. Disfigured
and Burnt
6. When
Heaven Turns into Hell
7. Under a
Tombstone
8. VI
9. My
Lonely Grave
Links:
barbarity.bandcamp.com
Instagram: @barbarityband
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