Depois do lançamento de "Once" em 2004, tudo o que se poder esperar do Nightwish é grandiosidade, algumas vezes entregue de forma impecável e em outras de forma questionável.
O fato é que a cada novo álbum o Nightwish tem se mostrado uma nova banda, cada vez mais se afastando daquela atmosfera “Danny Elfman” e explorando novos horizontes, algo mais folk.
O fato é que a cada novo álbum o Nightwish tem se mostrado uma nova banda, cada vez mais se afastando daquela atmosfera “Danny Elfman” e explorando novos horizontes, algo mais folk.
Confesso que após “Endless Forms Most Beautiful” minhas expectativas
em relação à um próximo álbum da banda eram bem baixas ao ponto de nem me
empolgar com o lançamento de “Human. :II: Nature”, mas claro que sendo eu uma
admiradora do trabalho de Floor Jansen eu não podia simplesmente ignorá-lo,
então sentei e tentei ouvir com cabeça e coração abertos à novidades.
O álbum
começa com “Music”, nessa faixa os arranjos orquestrais e atmosféricos estão
presentes o tempo todo, destaque para a ousadia de Tuomas ao adicionar
elementos tribais na introdução.
Em seguida “Noise”, que foi o primeiro single
lançado. A primeira vez que eu ouvi essa música fiquei feliz ao ouvir a Floor
Jansen usando todo seu potencial vocal ( algo que senti falta no álbum anterior
). Confesso que em certo momento da música é impossível não notar uma
semelhança de um trecho cantado pelo coral com a abertura de Game of Thrones,
mas nada que incomode, não sei se foi algo intencional mas de qualquer forma
não me surpreenderia que Tuomas tenha se influenciado na épica trilha sonora da
série.
A seguir “Shoemaker” me divide um pouco pois eu gostei no que diz
respeito a apresentação da voz de Floor Jansen, mas particularmente eu não
consigo entender como o Tuomas tendo um vocalista como Marco Hietala preferiu
dar destaque para o multi- instrumentista Troy Donockley e isso é algo que me
incomodou durante o álbum todo. Eu já tinha ouvido “Harvest” quando o single
foi lançado, confesso que essa é uma música difícil de digerir, novamente com
vocais de Troy, nem parece Nightwish ( ou o que eu esperava ouvir da banda ).
Continuando com a fascinante “Pan” este é um ponto alto do álbum, são 5 minutos
de peso e sinfonia. A próxima faixa é “How’s the Heart?”, aqui os elementos
folks tomam espaço novamente, mas sem tornar a canção irritante, pelo
contrário, a letra é muito bonita e a carga emocional traz uma sensação de
aquecer o coração.
A seguir uma das minhas canções favoritas do álbum “Procession”, os pianos e vocais líricos dessa música me trazer uma certa nostalgia melancólica do antigo Nightwish, com belas composições de piano, que podia soar mais suave, sem perder a característica de um som de metal.
“Tribal” é um show à parte, aqui é a chance do baterista Kai Hahto brilhar, quando se tem uma identidade muito bem estabelecida é perigoso tentar inovar, mas aqui eu senti que deu muito certo a utilização dos elementos tribais juntos ao peso dos instrumentos e vocais.
A seguir uma das minhas canções favoritas do álbum “Procession”, os pianos e vocais líricos dessa música me trazer uma certa nostalgia melancólica do antigo Nightwish, com belas composições de piano, que podia soar mais suave, sem perder a característica de um som de metal.
“Tribal” é um show à parte, aqui é a chance do baterista Kai Hahto brilhar, quando se tem uma identidade muito bem estabelecida é perigoso tentar inovar, mas aqui eu senti que deu muito certo a utilização dos elementos tribais juntos ao peso dos instrumentos e vocais.
E
para finalizar o primeiro CD do álbum, “Endlessness” e aqui eu preciso dizer o
que mais me decepcionei com esse álbum, a subutilização de Marco Hietala, eu
trocaria todos os vocais de Troy pelos do baixista sem dúvida! Precisei ouvir 8
músicas até finalmente poder ouvir sua voz!! Ao menos compensou, como sempre
Marco entrega vocais versáteis, cheios de personalidade e aqui eu senti que ele
é uma das razões pelas quais eu ainda insisto em ouvir os novos trabalhos do
Nightwish.
Em “Endless Forms Most Beautiful”, Tuomas já havia apresentado uma
obra grandiosa com a música “Greatest Show on Earth” e seus 23 minutos, mas
parece que ele não se sentiu satisfeito e compôs uma música maior ainda ao
ponto de demandar um álbum inteiro só para ela.
O que não é de todo ruim já que comparada com a canção do álbum anterior eu teria cortado todas as partes faladas por Richard Dawkins, que me deixou com a sensação de estar ouvindo um audiobook. Aqui em “All the Works of Nature Which Adorn the World” se você não quiser ouvir a obra completa você pode simplesmente pular para o seu trecho favorito.
O que não é de todo ruim já que comparada com a canção do álbum anterior eu teria cortado todas as partes faladas por Richard Dawkins, que me deixou com a sensação de estar ouvindo um audiobook. Aqui em “All the Works of Nature Which Adorn the World” se você não quiser ouvir a obra completa você pode simplesmente pular para o seu trecho favorito.
O conteúdo em si é muito bom, diria que algo cinematográfico. Tuomas
a descreve como sua “carta de amor ao planeta Terra”, mas é totalmente
orquestral, então fica como opção do ouvinte dedicar todo esse tempo ou não.
Minhas considerações finais sobre esse álbum é que não é tão bom como os
trabalhos anteriores ao “Endless Forms Most Beautiful”, mas também não é tão
ruim quanto o mesmo. Minha maior decepção dessa vez foi a subutilização de
Marco nos vocais e Emppu nas guitarras,
de modo geral eu acho que esse não será um álbum que eu ouvirei inteiro
até não aguentar mais, mas tem aquelas músicas que provavelmente serão
adicionadas à minha lista de favoritas.
Texto: Raquel de Avelar Lauretto
Edição: Carlos Garcia
Banda: Nightwish
Álbum: “Human. :II: Nature” 2020
Estilo: Symphonic Metal
País:Finlândia
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records
Nenhum comentário:
Postar um comentário