Por: Renato Sanson
Músico entrevistado: Victor Piiroja (vocal) |
Em 2021 chegava ao mercado nacional “Inception”. Com um som bem
peculiar e recheado de influencias de horror. Musicalmente teatral. Como foi
construir esta ideia?
O desenvolvimento do “ Ïnception”
foi um processo meticuloso. Eu sempre fui fascinado por filmes de horror, as
trilhas sonoras com atmosferas sombrias e orquestrações grandiosas, isto me
inspira como compositor, o impacto sonoro com o impacto visual. o Alchemia é
uma mistura de muitas influências dentro do heavy metal com a dramaticidade da
música clássica. Essa busca por um som único nos levou ao conceito de Horror
Metal.
Teatral não só musicalmente, mas ao vivo também. Soando bem impactante
visualmente. O que engrandece a apresentação. Mostrando que o Alchemia é uma
banda de palco, certo?
Sim, somos uma banda de palco,
acreditamos que um show deve ser uma experiência completa, envolvendo os
sentidos do público. Por isso trabalhamos com elementos cênicos, figurinos e
efeitos visuais que complementam a música e criam uma atmosfera.
Vocês foram anunciados para a segunda edição do Summer Breeze Brasil.
Qual a expectativa para este grande evento?
Estamos extremamente entusiasmados, tocaremos no maior festival de heavy metal do Brasil, mostrando nossa música para milhares de pessoas, este é um ano muito especial para o Alchemia!
Seguindo o ótimo momento, vocês também estarão no Summer Breeze alemão.
Como foram as negociações para o mesmo?
Recebemos um convite para tocarmos na edição de 25 anos do Summer Breeze Germany, o que nos deixa extremamente honrados, ambos festivais são referências no mundo do heavy metal e esses shows são marcos importantes na trajetória do Alchemia.
Após o anúncio
do show no Summer Breeze Brasil começamos a receber mais atenção por parte da
imprensa local e internacional e dos promotores de eventos. Eu moro atualmente
na Alemanha e estamos desenvolvendo a banda na Europa, participando mais
ativamente da cena musical local.
Já existe a ideia de um sucessor para “Inception”?
Já estamos na fase final da
pré-produção do sucessor que se chamará “Become Human”, escrevi mais de 70
músicas novas para escolhermos as 10 melhores que estarão no álbum, posso
adiantar que este álbum será mais pesado, mais orquestral e mais rápido do que
o nosso primeiro.
Ainda sobre as participações em ambas as edições do Summer Breeze,
teremos alguma surpresa ao vivo ou o set vai ser totalmente baseado no debut?
Vamos tocar o debut e o show de
São Paulo será gravado em vídeo na íntegra, estamos preparando apresentações
especiais para ambas às edições do Summer Breeze.
Seria exagero dizer que algumas influências da banda seria King
Diamond, Rob Zombie e Judas Priest?
São grandes influências, King
Diamond teve um grande impacto na minha vida, quando eu era adolescente fui ao
Monsters of Rock e ali descobri que ele sozinho cantava as linhas agudas e os
vocais graves em drive, antes eu achava que eram duas pessoas cantando e que
aquilo não era possível, eu tinha feito aulas de canto com professores eruditos
que me falavam que eu deveria escolher entre cantar limpo ou cantar rasgado, a
partir deste show decidi que queria fazer aquilo também e passei a estudar
formas de desenvolver minha voz, hoje eu misturo muitos timbres e formas
distintas de cantar.
Judas Priest pra mim é uma grande
referência, considero “Painkiller” a música que define a essência do Heavy
Metal, Rob Zombie tem um peso sonoro e visual que influencia nossa música, além
de Dimmu Borgir com suas orquestrações, Cradle of Filth, entre muitos outros.
Quais os planos do Alchemia pós Summer Breeze Alemanha? 2024 já está
planejado?
No segundo semestre estamos com
uma agenda pesada, teremos tour na Europa e na sequência tocaremos na China e
na América Latina. Estamos em negociação com vários festivais para a temporada
2024/2025 e em paralelo vamos gravar o novo álbum, muita estrada pela frente,
Road to Horror Metal pelo mundo!
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