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domingo, 7 de abril de 2024

Entrevista - Alchemia: Despontando para o cenário mundial

 Por: Renato Sanson

Músico entrevistado: Victor Piiroja (vocal)

Em 2021 chegava ao mercado nacional “Inception”. Com um som bem peculiar e recheado de influencias de horror. Musicalmente teatral. Como foi construir esta ideia?

O desenvolvimento do “ Ïnception” foi um processo meticuloso. Eu sempre fui fascinado por filmes de horror, as trilhas sonoras com atmosferas sombrias e orquestrações grandiosas, isto me inspira como compositor, o impacto sonoro com o impacto visual. o Alchemia é uma mistura de muitas influências dentro do heavy metal com a dramaticidade da música clássica. Essa busca por um som único nos levou ao conceito de Horror Metal.

Teatral não só musicalmente, mas ao vivo também. Soando bem impactante visualmente. O que engrandece a apresentação. Mostrando que o Alchemia é uma banda de palco, certo?

Sim, somos uma banda de palco, acreditamos que um show deve ser uma experiência completa, envolvendo os sentidos do público. Por isso trabalhamos com elementos cênicos, figurinos e efeitos visuais que complementam a música e criam uma atmosfera.

Vocês foram anunciados para a segunda edição do Summer Breeze Brasil. Qual a expectativa para este grande evento?

Estamos extremamente entusiasmados, tocaremos no maior festival de heavy metal do Brasil, mostrando nossa música para milhares de pessoas, este é um ano muito especial para o Alchemia!

Seguindo o ótimo momento, vocês também estarão no Summer Breeze alemão. Como foram as negociações para o mesmo?

Recebemos um convite para tocarmos na edição de 25 anos do Summer Breeze Germany, o que nos deixa extremamente honrados, ambos festivais são referências no mundo do heavy metal e esses shows são marcos importantes na trajetória do Alchemia. 

Após o anúncio do show no Summer Breeze Brasil começamos a receber mais atenção por parte da imprensa local e internacional e dos promotores de eventos. Eu moro atualmente na Alemanha e estamos desenvolvendo a banda na Europa, participando mais ativamente da cena musical local.

Já existe a ideia de um sucessor para “Inception”?

Já estamos na fase final da pré-produção do sucessor que se chamará “Become Human”, escrevi mais de 70 músicas novas para escolhermos as 10 melhores que estarão no álbum, posso adiantar que este álbum será mais pesado, mais orquestral e mais rápido do que o nosso primeiro.

Ainda sobre as participações em ambas as edições do Summer Breeze, teremos alguma surpresa ao vivo ou o set vai ser totalmente baseado no debut?

Vamos tocar o debut e o show de São Paulo será gravado em vídeo na íntegra, estamos preparando apresentações especiais para ambas às edições do Summer Breeze.

Seria exagero dizer que algumas influências da banda seria King Diamond, Rob Zombie e Judas Priest?

São grandes influências, King Diamond teve um grande impacto na minha vida, quando eu era adolescente fui ao Monsters of Rock e ali descobri que ele sozinho cantava as linhas agudas e os vocais graves em drive, antes eu achava que eram duas pessoas cantando e que aquilo não era possível, eu tinha feito aulas de canto com professores eruditos que me falavam que eu deveria escolher entre cantar limpo ou cantar rasgado, a partir deste show decidi que queria fazer aquilo também e passei a estudar formas de desenvolver minha voz, hoje eu misturo muitos timbres e formas distintas de cantar.

Judas Priest pra mim é uma grande referência, considero “Painkiller” a música que define a essência do Heavy Metal, Rob Zombie tem um peso sonoro e visual que influencia nossa música, além de Dimmu Borgir com suas orquestrações, Cradle of Filth, entre muitos outros.

Quais os planos do Alchemia pós Summer Breeze Alemanha? 2024 já está planejado?

No segundo semestre estamos com uma agenda pesada, teremos tour na Europa e na sequência tocaremos na China e na América Latina. Estamos em negociação com vários festivais para a temporada 2024/2025 e em paralelo vamos gravar o novo álbum, muita estrada pela frente, Road to Horror Metal pelo mundo!

 






domingo, 6 de março de 2022

Final Disaster: Horror Metal Enérgico e Promissor



Recentemente a banda paulistana de Horror Metal, Final Disaster, lançou seu primeiro álbum “Halls of Despair” de forma independente. O trabalho traz um história conceitual, contando a trajetória de um serial killer chamado Mr Joe.

Conforme eles foram lançando vários singles, fui acompanhando e fiquei ansiosa por ouvir o trabalho completo. 

Pois agora que “Halls of Despair” está disponível vou falar das minhas impressões sobre o álbum. A abertura ficou por conta de “Another Victim”, com uma ótima combinação dos vocais de Kitto Vallim e Deborah Moraes.


Em seguida, a faixa “Turn It Off”, merece um destaque pela versatilidade vocal de Kitto mostrando um estilo mais agressivo. “Dark Delight” apresenta um instrumental sensacional e muita energia nos vocais de Deborah e Kitto.

“Quiet Now” é uma das minhas músicas favoritas, os vocais arrasam mais uma vez e trazem realmente o desespero de uma vítima fugindo e tentando se esconder de seu perseguidor. 

Em “Creatures from the Underground”, eu gostaria de destacar o desempenho de Bruno Garcia na bateria, a banda como um todo parece muito bem entrosada, mas nessa música em específico ele roubou toda minha atenção. 


Outra música que merece destaque é a “Blood Red Creation”, o violão na introdução consegue criar uma certa tensão para a narrativa da canção que se inicia a seguir, além disso o refrão é daqueles que grudam na cabeça. 

Acho que “Things to Come” é uma das mais pesadas do disco e está na minha lista de favoritas. “Resonance Within” é a música mais longa do álbum, mas isso não quer dizer que seja monótona, mais uma vez há bastante entrosamento entre os vocais de Kitto e Deborah. 

Em seguida temos a densa e pesada “Despair”. Em “Broken Glass (Invisible)”, os vocalistas mais uma vez dão um show de interpretação. “Silent Sacrifice” deveria ser proibida de ser ouvida em volume baixo. 

Em “Final Disaster”, os riffs criam uma atmosfera muito interessante na introdução, mais uma vez muito entrosamento entre os vocais e um refrão fantástico. “Inner Reveries” é mais uma faixa de altíssima qualidade. 


E para encerrar, a energica “Beware the Children”, a perfeita combinação de peso e harmonia. De modo geral, a pandemia trouxe muitos desafios a todos e muitas bandas precisaram “se virar no trinta” para se manter na ativa. Mesmo assim, muitas como a Final Disaster conseguiram realizar um trabalho excelente, apesar das dificuldades.

Eles me surpreenderam muito com esse álbum e atualmente são uma das minhas bandas nacionais favoritas. Vale muito apena dar uma conferida, eles têm qualidade o suficiente para se tornarem uma potência no metal nacional, mas claro, como qualquer outra banda, precisam de apoio.

Texto: Raquel de Avelar
Fotos: Divulgação


Line-up

Kito Vallim – Vocal
Deborah Moraes– Vocal
Lucas Mendes – Guitarra
Rodrigo Alves – Guitarra
Felipe Kbça – Baixo
Bruno Garcia – Bateria

Tracklist:

1 – Another Victim
2 – Turn it Off
3 – Dark Delight
4 – Quiet Now
5 – Creatures From The Underground
6 – Blood Red Creation
7 – Things To Come
8 – Resonance Within
9 – Despair
10 – Broken Glass (Invisible)
11 – Silent Sacrifice
12 – Final Disaster
13 – Inner Reveries (Outro)
14 – Beware The Children (2021)* [Bonus da versão digital]