domingo, 24 de agosto de 2025
Cobertura de Show: Cradle of Filth lidera noite de atmosfera obscura ao lado de Uada e Tellus Terror
sexta-feira, 22 de agosto de 2025
Burning Witches: Revivendo a Santa Inquisição nos Dias Modernos
2025 é o ano que marca a primeira década de existência do poderio de nacionalidades multifacetária das BURNING WITCHES. Multifaces por terem integrantes da Europa e da América, solidificando o fato de que a língua não só do Metal, mas da música é universal. Com apenas dois anos após o último lançamento (THE DARK TOWER), outra característica traga por elas é que além de resgatarem o som old-school prevalente da música pesada dos anos 80 com bandas como DIO, ACCEPT, WARLOCK e até mesmo uma roupagem moderna do AOR (Album-oriented Rock), uma espécie de acordo coletivo é o fato da inexistência de um período longo entre um trabalho e o outro.
Como muitas coisas na vida, "panela velha é que faz comida boa”, por assim dizer. Esses “truques velhos” muitas das vezes provam ser os mais eficientes, por isso do renascimento atual com os sons do período supracitado. Com várias bandas surgindo ao redor do globo após um período de recessão metálica, as BURNING WITCHES colocaram algo da mesa que, em larga parte, possui uma liderança com a potência brasileira NERVOSA: uma participação crescente da posição feminina no Metal.
Um ocorrido impressionante é que enquanto a maioria das bandas solta o ápice das suas carreiras já no primeiro álbum, as Bruxas quebram este padrão e, com o passar da década, demonstram uma maturidade gradual no que tange os arranjos das suas composições, ou, no mínimo, mantêm a régua num patamar saudável, sem deixar a peteca cair. Voltando ao tempo após esta viagem num passado próximo, temos o sexto lançamento, batizado de “INQUISITION”.
Sem mais delongas, iniciemos a observação.
O CONVENTO É LIVRE PARA TODOS PARTICIPAREM: O PREÇO É A SUA ALMA
MALUS MAGA fecha as cortinas como o encerramento, servindo como uma instrumental atmosférica, envolvida com sons vocais parecidos com a realização de uma magia sendo lida em um livro arcano, em oposição à abertura, SANGUINI HOMINUM. A conjuração de um feitiço com o propósito de finalizar uma espécie de ritual é um processo mundialmente conhecido como "Finite Incantatem" (Encantamento Finalizado, numa tradução livre do latim), servindo como um final em ordens teórica e filosófica com o tema abordado.
Em dez anos de existência, este já é
o sexto álbum das Bruxas, tornando-as uma das musicistas bastante prolíficas da
atualidade. Para além disso, o álbum foi composto durante períodos de turnês
extensas, com pouco tempo para respirar o ar do abrigo. O fato de termos
INQUISITION ser lançado envolvido com tantos compromissos é um testamento da
qualidade bruta das musicistas internacionais.
Não nos enganemos: há sim momentos de repetição (o que não é tão incomum, num panorama geral), só que isso não afeta o produto geral.
INQUISITION certamente irá satisfazer o público existente das BURNING WITCHES assim como tem atração de sobra para os novatos da multidão. O tempo dirá se o mesmo é digno de entrar na categoria de "clássico". Mas até isso acontecer, estaremos ocupados demais nos imaginando inseridos na época da Santa Inquisição enquanto chutamos e socamos a oposição existente deste período histórico, com a feitiçaria das Bruxas Queimadas iluminando os nossos caminhos.
Selo: Napalm Records
Faixas:
1) Sanguini Hominum
2) Soul Eater
3) Shame
4) The Spell of the Skull
5) Inquisition
6) High Priestess of the Night
7) Burn In Hell
8) Release Me
9) In For The Kill
10) In The Eye of the Storm
11) Mirror, Mirror
12) Malus Maga
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
Pesta: “The Inquisitor, Pt. I” Prepara o Terreno para o Novo Álbum
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Arte por Ars Moriendee |
terça-feira, 19 de agosto de 2025
THE 69 EYES: CINCO RAZÕES PARA VER O SHOW NO BRASIL
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Marek Sabogal |
Direto da Finlândia, os ícones do Gothic Rock desembarcam esse mês no Brasil
Por Fernando Queiroz
Quando se trata de música acessível a várias tribos, o The 69 Eyes é um exemplo a ser seguido. Você vai encontrar fãs góticos, headbangers e até pessoas do rock mais casual possível! Na sua quarta passagem pelo país, o show no final de agosto é uma oportunidade perfeita para assistir a uma das mais icônicas bandas finlandesas. Listamos aqui cinco razões para você ver o show!
1) Gothic Rock para todos! O The 69 Eyes pode se considerar uma banda que passeia por vários gêneros perfeitamente, indo do gothic rock ao metal. Você vai encontrar, à primeira ouvida, uma clara influência de The Sisters of Mercy, em especial pela voz de Jerky 69, mas também um som mais pesado e flertando com o metal finlandês dos anos noventa.
segunda-feira, 18 de agosto de 2025
FLESHGOD APOCALYPSE: 5 MOTIVOS PARA VER O SHOW
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Divulgação |
Uma das bandas que mais cresceram no metal europeu nos últimos anos vem pela terceira vez ao Brasil em setembro.
Por Fernando Queiroz
Os italianos do Fleshgod Apocalypse desembarcam junto ao Epica no próximo mês para uma série de apresentações no Brasil. É a terceira vez da banda no país – as outras foram em 2017 e em 2019 – e hoje, em seu auge de popularidade mundial, se encontram com formação renovada e com seu mais recente álbum sendo entre os mais elogiados para apresentar ao público brasileiro pela primeira vez. Confira aqui cinco razões para você não perder os shows do quinteto nessa turnê que conta com dois dos maiores nomes do metal sinfônico mundial da atualidade.
1) É a primeira vez que vêm ao Brasil com Veronica Bordachinni como vocalista principal! Embora a cantora já se apresentasse há anos com a banda como backing vocal e fizesse os vocais líricos, após a saída de Paolo Rossi da banda ela acabou por assumir as funções do ex-membro nos vocais limpos e rasgados, que complementam os guturais do líder Francesco Paoli. Vale a curiosidade: Veronica já cantou com o próprio Epica, no EP The Alchemy Project (2022), na faixa The Great Tribulation.
2) O álbum Opera é um de seus melhores discos, e merece ter suas músicas ouvidas em shows! Lançado em 2024, o disco é uma reflexão sobre os momentos que Francesco Paoli passou entre a vida e a morte, e o primeiro a contar apenas com Veronica nos vocais limpos. Foi extremamente elogiado pela crítica especializada, e já se enquadra entre os clássicos da banda.
3) Celebrar a vida e estar vivo! Como dito anteriormente, o frontman da banda passou por momentos difíceis nos últimos anos. Em 2021, ao escalar uma montanha, Francesco sofreu um acidente quase fatal, ficou pendurado durante horas pela corda, e quebrou mais de 25 ossos pelo corpo. Quase morreu, e as possibilidades de ficar paralisado para o resto da vida eram altas. Estar hoje tocando, cantando e fazendo turnês gerou uma mudança na percepção e abordagem que ele tem para com os shows que faz. Hoje, segundo ele, cada show é como se fosse o último, e cada noite é um momento para dar tudo de si. Podem esperar uma apresentação incrível!
4) Uma outra abordagem ao sinfônico! É verdade que, sim, o Epica é a atração principal da noite, mas para seu público, vale a pena conhecer uma abordagem diferente do metal sinfônico. Diferentemente dos holandeses, o Fleshgod Apocalypse é mais pesado, e aposta mais nos vocais guturais e em limpos ou rasgados, com as partes líricas em segundo plano – o oposto do praticado por seus companheiros de turnê. Como ambas as bandas abordam, de formas diferentes, o sinfônico, as orquestrações e os pianos, a possibilidade de você, fã de Simone Simons e seus companheiros, acabar por se tornar, no mínimo, um admirador dos italianos mais pesados no gênero.
5) Uma banda de músicos de primeiríssima linha! Não apenas Veronica, uma cantora de ópera e musicista formada, e Francesco, que já tocou literalmente todos os instrumentos na banda, seja em estúdio ou ao vivo, hoje a banda conta com outros instrumentistas gabaritados. Francesco Ferrarini, tecladista, já arranjou e compôs para bandas históricas, como Kreator, Amorphis, Angra, e Dimmu Borgir, só para citar algumas. O baterista ucraniano Eugene Ryabchenko já tocou com outros grupos importantes, como Belphegor e Vital Remains. Por último, mas não menos importante, Fabio Bartoletti gravou guitarras com o Epica, no mesmo EP e faixa que Veronica.
Por sua vez, os holandeses do Epica vêm ao Brasil pouco mais de um ano após sua última passagem pelo país, que foi em 2024 no Summer Breeze Brasil, para divulgar seu novo álbum Aspiral, lançado em abril desse ano.
As informações sobre o show que acontece em São Paulo você confere abaixo!
SERVIÇO
Data: 14 de setembro de 2025 – domingo
Local: Terra SP
Endereço: Av. Salim Antônio Curiati, 160 – Campo Grande, São Paulo – SP
Horário: 18h
Ingressos:
PISTA – 1o Lote
Meia Entrada / Solidária: R$ 250,00
Inteira: R$ 500,00
PISTA PREMIUM – 1o Lote (Livre acesso ao setor premium em frente ao palco e ao camarote / mezanino)
Meia Entrada / Solidária: R$ 350,00
Inteira: R$ 700,00
CAMAROTE – 1o Lote
Meia Entrada / Solidária: R$ 350,00
Inteira: R$ 700,00
PACOTE VIP / MEET & GREET
É necessário comprar um ingresso separadamente! O PACOTE VIP inclui: • Meet & Greet com o Epica / • Oportunidade de tirar uma foto com a banda / • 1 Camiseta exclusiva do Epica / • 1 Credencial oficial do Epica / • 1 Cordão oficial para a credencial / • Acesso à casa de shows antes do público em geral
Meet & Greet – Camiseta Tamanho P: R$ 600,00
Meet & Greet – Camiseta Tamanho M: R$ 600,00
Meet & Greet – Camiseta Tamanho G: R$ 600,00
Meet & Greet – Camiseta Tamanho GG: R$ 600,00
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
TOSCO: Brutalidade e Consciência no Metal Nacional
Por Guilherme Freires
Banda da Baixada Santista, em São Paulo, lançou em 15 de fevereiro seu mais recente trabalho ao vivo, Facão Afiado – Ao Vivo em São Paulo, com 12 faixas registradas durante o festival Trash disConcert II, em setembro do ano passado, no Redstar Studios, na capital paulista. O evento contou também com a participação da banda Faces of Death. A produção e mixagem ficaram a cargo de Ivan Pellicciotti, do O Beco Estúdio (Curitiba/PR), enquanto a arte de capa foi assinada por Emerson Silva Maia.
Atualmente formada por Oswaldo Fernandes (vocal), Ricardo Lima (guitarra), Carlos Diaz (baixo) e o novo baterista Bruno Conrrado – também integrante seminal da banda Vulcano –, o quarteto apresentou um setlist arregaçador, que capturou toda a fúria e visceralidade da banda no palco. O repertório passeia por três álbuns de estúdio lançados ao longo de quase uma década de carreira.
Com letras que atacam de frente as mazelas da sociedade, o grupo mantém sua sonoridade crua e combativa, entregando um trabalho técnico e intenso. A introdução avassaladora já prepara o terreno para um som brutal, com baixo encorpado, riffs pesados, solos cortantes e uma bateria marcada por pedais duplos e uso preciso do chimbal. O peso das letras e os discursos inflamados de Oswaldo, com seu vocal rasgado e furioso, refletem uma visão crítica e implacável sobre a podridão social e a corrupção política.
O álbum reúne faixas como “Mais Uma Vez”, “O Monstro”, “O Brasil é um Crime”, “Dois Psicopatas”, “Dia de Decisão” e “Lei do Silêncio”, além de destaques como as impactantes “Cala Boca Globo”, “Casa de Noia”, “Cenário de Chacina” e “João do Cão”. O registro encerra com um cover poderoso de “Guerreiros do Metal”, do Korzus, reafirmando a conexão com o legado do metal nacional e mantendo viva a tradição do Thrash Metal Hardcore brasileiro, forjada há mais de quatro décadas.
No momento, a banda busca parcerias para o lançamento físico do álbum e já trabalha em um novo projeto inédito.
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Entrevista - Killrape: Um Novo Olhar Sobre o Thrash Metal Nacional
O Killrape foi formado em 1993 pelos irmãos Nilmon Filho (guitarra, ex-Hicsos, Vengeance of Mine e Imperfecta) e Rodson Lemos (vocal). Chamado inicialmente de Corrosive, o grupo alterou o nome e estreou com o álbum “Corrosive Birth” (2010), depois lançou "Corrosive Legion" (2011) e "Corrosive Master" (2023), após longa espera.
Sobre o nome da banda Nilmon explica em release: “Killrape é o mal encarnado. Nascido de uma noviça de alma e corpo estuprados, o filho do Diabo chega à raça humana com a determinação e o sentimento de vingança herdados de seu pai. Fazendo de sua mãe biológica sua primeira vítima já no nascimento corrosivo, a saga de filho do Mal começou em 2010."
Confira na entrevista com Nilmon um pouco mais sobre a banda e seu mais recente trabalho, sendo que o Killrape já prepara um novo lançamento, um EP com músicas ao vivo.
- Olá Nilmon. Obrigado pela sua gentileza em nos atender. Parabéns pelo lançamento do álbum “Corrosive Master”, pois o material ficou de primeira…
Obrigado a vocês pelo espaço. Estamos muito orgulhosos com o resultado. Demorou mais do que o esperado mas valeu. O álbum ficou bem do jeito que queríamos. Seguimos no thrash metal mas com características épicas e melódicas que só o Killrape faz.
- Como você pode descrever o trabalho na composição deste tipo de sonoridade?
Não queremos ser mais uma banda que emula o som dos anos 1980 do thrash. Mas também não queremos ser djent ou nenhum tipo moderno de metal. Juntamos tudo que curtimos como influência e juntamos em um som bem original. Com influências, sim, mas diverso e acima de tudo próprio. Eu e Rodson trabalhamos juntos para chegar nesse resultado que nos agrada completamente. E estamos sempre em busca de melhorar.
- Eu escutei o material diversas vezes e, só após várias tentativas, consegui captar parte das suas ideias. Os fãs têm sentido este tipo de dificuldade também?
Que bom! Não deve ser algo também fácil de entender mesmo. Quanto mais você ouve, mais você entende. Nossa ideia é fugir do óbvio mesmo. Por isso abrimos com uma música de 15 minutos. E ainda fechamos o álbum com uma de 1:30 min. O Killrape é isso!
- Existem planos para o lançamento de “Corrosive Master” através da MS Metal Records, atual gravadora de vocês, no formato físico?
Fizemos uma prensagem limitada de maneira independente pelo nosso selo Zombie One Records. Estamos com planos de relançar os três primeiros álbuns pela MS Metal Records com faixas bônus e remasterizados. Fiquem ligados!
- Como estão rolando os shows em suporte ao disco? A aceitação está sendo positiva?
Não temos feito shows. Temos uma formação para executar as músicas ao vivo mas usamos, por enquanto, para gravar em estúdio, ao vivo, e lançar no EP que vem por aí.
- Quem assinou a capa do CD? Qual a intenção dela e como ela se conecta com o título?
Para a capa, fomos direto nas entranhas da história: arrancamos um fragmento de uma pintura do século XV, criada pelo italiano Giovanni de Modena na Basílica de São Petrônio. Essa obra, que escancara o Inferno de Dante em detalhes brutais, mostra sem pudor Maomé sendo devorado por demônios. Arte proibida, blasfema e incômoda — exatamente como a gente gosta. Cada traço carrega séculos de polêmica e guerra entre céu e inferno, um conflito que pulsa em várias letras do Killrape.
No encarte físico, mergulhamos ainda mais fundo nessa iconografia sombria, espalhando trechos desse inferno medieval por cada página. Para a gente, encarte não é perfumaria: é parte do ataque. No Killrape nada é aleatório — tudo é pensado e forjado para atingir quem ousar abrir o álbum.
- “Corrosive Master” foi todo produzido pela banda, confere? Foi satisfatório seguirem por este caminho?
Sim. Nosso som é muito pessoal. Por enquanto, nossa ideia é seguir sem ajuda e opinião de ninguém a não ser nós dois: eu e Rodson.
- Imagino que já estejam trabalhando em novas composições. Se sim, como está se dando o processo e como ele está soando?
Temos uma música velha que queremos gravar com esse time que está conosco nos registros ao vivo, em estúdio. Lançar um single e partir para compor novas músicas. Temos apenas riffs e ideias de letras por enquanto.
- Novamente parabéns pelo trabalho e vida longa ao KILLRAPE...
Muito obrigado e que possamos voltar em breve para dar mais detalhes sobre as novidades do Killrape. Abraços e vida longa!