sábado, 18 de janeiro de 2025

Cobertura de Show: Left To Die – 08/01/2025 – Gravador Pub/POA-RS

Por: Renato Sanson

Fotos: Vinny Vanoni

O show do Left To Die não foi apenas mais um show, mas em caráter especial para minha pessoa, já que, foi o primeiro show de Metal da minha filha! Algo inimaginável e uma emoção e tanto!

Não poderia começar melhor, com um time estelar de músicos saudando o nosso gênio Chuck Schuldiner.

A ideia do Left To Die é justamente homenagear os primeiros anos da banda Death, mais precisamente os lançamentos iniciais: “Scream Bloody Gore” (87) e “Leprosy” (88). Os embriões do que viria a se tornar o Death Metal.

Para essa missão nada fácil o projeto conta com os lideres Rick Rozz que gravou as guitarras de “Leprosy” e esteve com Chuck nos anos iniciais do Death quando ainda se chamava Mantas e Terry Butler que apesar de não ter gravado os dois primeiros álbuns, esteve com o Death em diversas oportunidades ao vivo entre 87 e 90. 

Mas deixou também sua contribuição em estúdio gravado algumas faixas do álbum “Spiritual Healing” (90).

Para o trabalho árduo de fazer o papel de Chuck nos shows foi recrutado o monstro Matt Harvey do Exhumed e o baterista Gus Rios ex-Malevolent Creation.


Human Plague mostra a força do Metal Extremo Gaúcho 

Mas para o aquece desta noite épica e brutal, tivemos os gaúchos de Santa Maria da Human Plague. 

Destilando seu Death Metal brutal e técnico. Ainda que o público estive meio tímido, já se encontrava uma galera de peso dentro do Gravador Pub e puderam prestigiar este grande nome do Metal extremo nacional.

Pois o que nos foi apresentado, foi algo de gente grande e com doses cavalares de peso e violência. Com o som bem equalizado e potente. Esse é um dos grandes trunfos do Gravador Pub, por ter uma aparelhagem própria de alto nível.

Algo que gostei bastante também foi à banda ter levado o seu merchan para venda e anunciar em palco para apoiarem e consumirem material físico. 

Além do Debut álbum também tinha uma variedade interessante de camisetas. Algo cada vez mais raro hoje em dia, mas o material físico não morrera se depender de nós aficionados!

A banda também está já com novo álbum pronto para ser lançado este ano. Aguardemos.


Left to Die despeja chuva de clássicos do Metal Extremo 

Passado das 21h30min a casa já se encontrava lotada e todos estavam à espera do massacre sonoro que viria e não demora muito para os músicos irem entrando e fazendo pequenos ajustes no som, deixando todos eufóricos para em seguida as luzes baixarem, a intro ecoar nos PA’s e a chuva de riffs iniciar com “Leprosy”, seguida de “Born Dead” e “Infernal Death”.

Uma trinca matadora e uma banda coesa e extremamente bem entrosada e é impossível não dizer que Matt é o destaque, além de cuidar dos vocais e se aproximar o máximo possível do que Chuck fazia nessa época, é também um guitarrista notável e assumindo o problema que é replicar os solos doentios e técnicos da lenda.

Seguindo a destruição com poucas palavras, mas muito carisma envolvido a enxurrada “Sacrificial”, “Forgotten Past” e “Open Casket” geram rodas e mais rodas e aí começa a chuva de moshs! De fato o pessoal não se conteve e o clima era anos 80 no talo, Death Metal old school do mais alto gabarito.

O show seguiu com um set tocando na integra o clássico “Leprosy”, com a adição de mais seis musicas do Debut. Sendo uma delas após o clássico “final fake” e muito pedida pelos fãs: “Evil Dead”, levando a casa abaixo!

Claro que os clássicos imortais “Zombie Ritual” e “Pull the Plug” foram cantados a plenos pulmões e a energia era de estarmos em algum beco da Florida curtindo o melhor que o Metal já produziu.

Além de Matt, vale a menção ao carismático Rick Rozz segurando a base com todo o peso e seus riffs intrincados, Terry sendo o motor da cozinha e não desperdiçando uma nota e Gus massacrando o seu kit por cada musica. Músicos excelentes em um desempenho avassalador.

Antes do encerramento Matt saúda o Death Metal old school, agradece Porto Alegre por tanta energia e enaltece o legado de Schuldiner se não fosse o mesmo nada daquilo seria possível ou existiria. Levando a galera a gritar em uníssono “Chuck, Chuck, Chuck...”.

Por fim, uma noite épica e destruidora e fazendo nós fãs carentes da banda Death termos a oportunidade de vermos um pouquinho de como seria se Chuck ainda estivesse vivo.

Os músicos ao final recolhendo seus equipamentos, desceram do palco, distribuíram autógrafos e tiraram muitas fotos com os fãs. Mais perfeito impossível!

Fica o nosso agradecimento a MAD Produtora por mais um excelente show e uma ótima produção. Que venham os próximos...

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