Bandas como Burzum, Bathory e Immortal definiram o estilo. E esse ódio em forma de música é representado internacionalmente por hordas como Asgard, Great Vas Forest e, aqui no Brasil, Sarcófago e Forest of Demons, que tratarei neste post.
A banda foi formada no início de 2001, com a finalidade de tocar Black Metal “old school”, ou seja, nada de teclados ou coros de vozes e sim o mais ríspido e anticristão possíveis.
Em 2002, o grupo entra em estúdio e grava o 1º CD-demo intitulado “In The Glance Of The Prophetic Darkness”, contendo 3 sons, que mostram fortes influências seminais do estilo, principalmente do Darkthrone.
Durante o período de início até o ano de 2003, a banda sofreu algumas alterações em sua formação, estabilizada com Baalzebuth (guitarra/vocal), Astaroth (guitarra), Memnoch (bateria) e Tyrant (baixo). Com esse line-up, entram em estúdio no início de 2004 e registram o 2º CD-demo com o provocador titulo de “Summoning Of Hate And Pleasure”, contendo 5 sons do mais puro Black Metal. A evolução é latente e mostra uma banda mais técnica.
As canções fluem de forma negra e violenta, alternando-se em passagens extremamente rápidas e outras mais cadenciadas. As vocalizações são perfeitas para o gênero e foi ótima a escolha para “Warriors Of Sathanas” como faixa de abertura para o disco, pois sua velocidade já demonstra todas as intenções deste quarteto. Destaco também a excelente faixa-título e a “Dead´s Realm”, com suas mudanças de andamento muito bem planejadas. Assim sendo, a banda é escalada para vários festivais catarinenses como o Steel Festival.
Forest of Demons - O Álbum
Desde 2008, a banda disponibilizou seu cd para download junto a toda a arte gráfica e ainda ao vídeo clipe da faixa “Evil’s Flames”, canção que abre o álbum e que já era muito conhecida pelos fãs desde a segunda demo do grupo. No entanto, aqui ela ganhou o acréscimo de uma introdução digna de Mercyful Fate, para apenas depois cair na pancadaria total - ao vivo o peso é muito mais impressionante.
Uma nova intro denuncia “Destroy The Legions Of The Bastards”. O ódio ao cristianismo expresso na letra mostra que essa horda deveria se tornar um grande expoente mundial. Música que, para os seguidores mais fiéis (assim como esse que vos escreve), não é uma novidade, já que ela também aparece na segunda demo dos caras.
“Warriors of Sathanas” é o título do terceiro massacre sonoro deste álbum (também uma remanescente da demo anterior da banda). Música que contém os elementos certos para agradar a um fã de Black Metal. A velocidade da bateria, somada ao ótimo entrosamento das cordas (com guitarras fazendo os típicos riffs velozes e cortantes) e a um vocal raivoso e agressivo, fazem desta música um tiro acertado diretamente no alvo. Fora a letra, que é um verdadeiro hino de entonação aos “Black Metallers”.
A canção que dá sequência é “Nosferatu”, que mostra que a banda segue aqui a mesma linha proposta inicialmente. Ou seja, início cadenciado, seguido de velocidade. Sua alternância de andamentos faz ser muito interessante a audição, em que podemos notar alguns elementos mais técnicos na música do Forest of Demons. E, mais uma vez, como esperado, a banda dá um show de blasfêmia e agressividade, ótima música!
Com um riff vindo diretamente do inferno, surge “Unholy Rites Attack”, a música mais rápida do disco, com sua quebrada de ritmo no refrão. Faixa sem muito sobre o que comentar, certeira, veloz, com certeza uma grande composição. Particularmente não consigo ouvir essa faixa sem quase quebrar o pescoço.
“Demons Rise From Hell” é o que diz o hino que dá nome a banda, ouça até o final, se surpreenda.
Para finalizar, um clima de inverno e melancolia invade o ar com “Prisioner of the Eternal Pain”. Mesmo sendo diferente das demais, ela fecha o álbum e deixa as melhores e mais profundas sensações positivas - ou negativas, se preferir.
Então é isso, bangers. Infelizmente, desde 2009 a banda não dá mais noticias. As últimas atualizações dizem que eles estão compondo novos hinos de profanação, mas até agora nada. Então, para nosso consolo, vale a pena acessar o site da banda e baixar gratuitamente esse álbum que eu citei. Tenha orgulho da cena Black do país.
Texto: Harley
Revisão do texto: Yuri Simões
Fotos: Divulgação
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