Primeiro show do Iced Earth em Porto Alegre agitou os headbangers ao máximo |
A expectativa era grande para o primeiro show dos norte-americanos do Iced Earth na capital gaúcha, especialmente por se tratar da turnê do disco “Dystopia” (2011), quase unanimidade entre os fãs.
Por outro lado, estávamos preocupados com a venda de ingressos, muita gente falando que não iria ao show “somente se o vocal fosse o Barlow” (Matthew Barlow deixou a banda, definitivamente, no meio do ano passado) e mais um monte de coisas.
A verdade é que aquela terça-feira do dia 27 de março ficará marcada na mente de cada headbanger que, surpreendentemente encheu o Bar Opinião (até o início da tarde a vendagem estava muito baixa), afinal, o que vimos foi uma aula de como se tocar Heavy Metal com pegada e qualidade, num show particular de John Schaffer (guitarra e vocais de apoio) e Stu Block (vocal), o novo vocalista.
A banda vinha de dois shows no Brasil (Curitiba e São Paulo) e, mesmo que pudessem estar cansado, abriram o show eletricamente com “Dystopia” (incrível como a banda toca fielmente ao CD esse som), emendando sem deixar que perdêssemos o fôlego a clássica “Angels Holocaust” (do disco “Night of Stormrider”, de 1992), com Stu Block mostrando que é um grande frontman (pedindo o agito do público).
Seguiu-se, sem tempo para olhar para o lado, “Slave to the Dark” (do disco “The Dark Saga”), em mais um show de Stu Block cantando fielmente a musica mostrando toda sua versatilidade. Este conversou com o público, bastante animado, antes de iniciar mais uma do novo disco, chamada “V”, onde pede que todos façam o “v” com as mãos, enquanto ele deixava sua mão levantada nesse sinal. Um dos momentos mais intimistas do show.
Sem papo, “Stand Alone” foi à primeira do disco mais conhecido do grupo, o “Something Wicked This Way Comes” (1997). Direta e sem frescuras com Brent Smedley esmurrando a bateria mostrando muita pegada e carisma, levou a galera a muito headbanging.
Estava na hora de uma das mais esperadas da noite, música do primeiro disco do grupo, “When the Night Falls”, que é um dos grandes clássicos da carreira da banda, num show de riffs do mestre Schaffer. Aliás, diga-se de passagem, o cara é um animal no palco e muito simpático com o público.
Para surpresa de muitos, “The Hunter” veio à tona, mais um clássico, mostrando que o set list do grupo podia até não estar perfeito (ficamos sem a trilogia “Something Wicked”, nem músicas como “Dark Saga” e “Tem Thousand Strong”), mas trouxe músicas de muita força.
Uma das mais esperadas era “Damien” que é de uma intensidade espetacular. Obviamente, muitas pessoas ainda prefeririam “Dracula” (do mesmo disco “Horror Show”), mas levando em consideração que a banda tocou por anos a mesma, até faz sentido partir para essa outra grande canção (quem sabe numa próxima não rola as duas?).
Ao contrário da turnê européia, em que o grupo tocou muitas músicas do novo disco, neste show o destaque ficou para os clássicos. Mas ainda cabia tempo para a música do novo vídeo, “Anthem”, que foi um dos pontos altos do show, cantada também a plenos pulmões, seguida logo por “Declaration Day” (infelizmente, única da fase Tim Owens). Stu meio que se complica com ela, mas de modo geral, se saiu muito bem nesse clássico dos anos 2000. Do disco mais recente, ainda puderam quebrar tudo com a rápida e curta “Days of Rage”, que fechou as músicas do novo trabalho.
Para segunda metade show mais clássicos vieram à tona e deram inicio a um dos momentos mais emocionantes do show com a bela “Watching Over Me” fazendo todos os presentes se emocionarem e cantarem a todos pulmões deixando o chefão Schaffer mais do que satisfeito com apresentação em Porto Alegre.
Como todos sabiam, o Iced Earth vinha executando desde o inicio da turnê a épica “Dante’s Inferno” (do álbum “Burnt Offerings” de 1995) e sem delongas a banda inicia o que seria a música da noite com seus mais de 15 minutos, que em nenhum momento o público se sentiu desanimado, aproveitando cada minuto deste que é um clássico absoluto entre 09 de 10 fãs do Iced. Não teria como não destacar a presença animalesca de Schaffer com seus riffs mais que cortantes e com um vocal de apoio assombroso e sem contar o carisma com os fãs que fazia questão de esbanjar a todo o momento.
Freddie Vidales |
Ao final da música a banda é presenteada com um belo cartaz feito pelos fãs da cidade de Guaporé/RS, deixando todos da banda surpresos pela demonstração de carinho e, para nossa surpresa, a banda pede os instrumentos de volta e John anuncia que irão tocar mais um som, porque realmente nós merecíamos e que com certeza retornaram em breve, então ao sinal temos “Pure Evil” do clássico absoluto “Night of Stormrider” (1992) com seus riffs cavalares, mostrando uma banda afiada e com a carta na manga certa para deixar todos satisfeitos e felizes de ter presenciado não um simples show, mas sim um espetáculo único que tivemos na capital gaúcha.
Ao final do show a banda distribuiu palhetas e baquetas aos seus fãs e para quem ficou um pouco a mais no Opinião na chance de falar com a banda (nós éramos uns dos que resolveram ficar, rs rs rs) tiveram a oportunidade de conversar e tirar fotos com Brent Smedley (bateria), Troy Seele (guitarra solo) e o baixista Freddie Vidales que fizeram questão de atender todos na maior humildade e bom humor.
A banda recebendo o carinho e respeito dos fãs gaúchos |
Texto: Eduardo Cadore e Renato Sanson
Fotos: Road to Metal
Tracklist
01. Dystopia
02. Angels Holocaust
03. Slave to the Dark
04. V
05. Stand Alone
06. When the Night Falls
07. The Hunter
08. Damien
09. Anthem
10. Declaration Day
11. Days of Rage
12. Watching Over Me
13. Dante’s Inferno
14. Burning Times
15. Iced Earth
16. Pure Evil
Veja a galeria completa de fotos do show clicando aqui (via Facebook).
02. Angels Holocaust
03. Slave to the Dark
04. V
05. Stand Alone
06. When the Night Falls
07. The Hunter
08. Damien
09. Anthem
10. Declaration Day
11. Days of Rage
12. Watching Over Me
13. Dante’s Inferno
14. Burning Times
15. Iced Earth
16. Pure Evil
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