Dentro
do período em que estive em Florianópolis, não tive muita oportunidade de
conhecer a cena dessa linda capital de Santa Catarina.
Mas numa escapada, de última hora,
pude conferir a 5º edição de um conceituado festival da cidade e região, o
Massacre, que é organizado pelo grupo CMF (Christian Metal Force), que também
possui representantes em São Paulo e, aqui no sul, tem Marcelo Lessa como uma
das figuras líder.
Vencendo certo desconforto (como o
festival era numa igreja, não havia bebida de álcool e quase nenhuma opção de
bebidas em geral ou lanches) e a total falta de pessoas conhecidas por perto,
pude conferir algumas das 16 bandas que tocaram em São José, região metropolitana
de Florianópolis, dia 17 de março.
Vale dar os parabéns pelo ótimo som
que em poucos momentos apresentou problema (os mais prejudicados foram a galera
da banda Dragon’s Cry) e pela ideia de colocar dois palcos em lados opostos do
local, evitando aquela espera às vezes longa entre uma banda e a outra.
Infelizmente, cheguei atrasado e sai
antes do término. Também pudera, tantas bandas, mas para quem conferiu o evento
que começou as 15 horas e foi acabar só à noite, não teve muito o que reclamar.
Phonica |
Do lado mais alternativo, tivemos a
banda Phonica, formada por músicos de outras a bandas de Santa Catarina que,
mesmo sendo a mais diferente do festival, também agradou o público que os
ouvia, mesmo com uma sonoridade mais acessível e comercial.
Landwork |
Do Rio Grande do Sul, a banda Fermo
levou seu Metalcore com efeitos eletrônicos curiosos. Em primeiro lugar, de
cara o visual da banda não agrada os headbangers mais ou menos radicais e a
sonoridade segue a mesma linha, porém, que é curioso um grupo como esse
utilizar músicas eletrônicas entre as suas, deu um certo ar de ousadia e deu
para ver que havia pessoas no festival aguardando a apresentação dos gaúchos
que, após o Massacre, também e apresentaram em outro festival no mesmo dia,
então, algum mérito essa gurizada tem.
Sendo honesto, a vontade era de
abandonar o festival: o cansaço batia, não havia o que beber nem com quem bater
papo (não sou de fazer amigos fácil, hehe), mas ainda dando chance para o
Massacre me surpreender, eis que vejo a primeira banda que me fez mexer os
cabelos: Landwork.
A banda tem um som entre o Groove e
o Thrash Metal, com um som moderno e sujo, nos moldes do que o HellYeah! tem
feito. Realmente uma apresentação direta e marcante, que já me faz acompanhar a
banda a partir do show. Nítido a honestidade do grupo em cima do palco, sem
soar forçado (como algumas bandas que vi) ou falsificado.
Seguiu-se uma enxurrada de bons
shows. No placo “principal” (era o maior, mas ambos tinham boa estrutura) subiu
Stigmata, também de Santa Catarina. Legal quando uma banda surpreende
positivamente. Embora a vocalista fosse linda, ao subir no palco com um estilo
mais “alternativo”, podíamos até pensar que veríamos mais uma banda de
Metalcore, mas a verdade é que o grupo desfilou o Death Metal Melódico no
melhor estilo Arch Enemy (que, até pelo nome da banda, deve ser a maior
influência). A mocinha urrava com qualidade, mesclando alguns vocais limpos e
tendo uma postura no palco ora tímida, ora com muita energia.
No outro palco, sem delongas, a
banda de Curitiba/PR Survive desfilou o Death Metal puro e cru que, mesmo com
temática cristã e algum discurso entre as músicas, colocou muitos pescoços a
rodopiar. Destaque para a música “Son of God” (uma das poucas que memorizei o
nome em todo o festival): paulada na orelha, com riffs que qualquer amante de
Deicide iria se arrepiar.
Era chegada a hora da Prophecy,
banda do organizador Marcelo Lessa (bateria) que ficava entre o Death Metal e o
Thrash Metal. O grupo era bastante esperado e não decepcionou, fechando o set
que tinha músicas próprias e covers, com uma versão matadora de “Territory”
(Sepultura).
Survive |
De qualquer modo, o grupo superou as
dificuldades e se apresentou mesmo assim. Mas não temos como negar que a
apresentação poderia ter sido bem melhor não fosse os problemas técnicos.
A última banda que pude conferir foi a Hawthorn e, à exemplo de algumas das já citadas, fez um grande show e mostrou o poder de seu Black Metal Sinfônico, liderado pela bela e agressiva (em cima do palco) vocalista Amanda, o grupo trouxe uma atmosfera sombria, com direito à figurino de acordo com o som extremo do grupo. Um dos grandes destaques do festival.
Depois disso, já estava na hora de ir embora e voltar para o hotel.
No saldo geral, Massacre V foi
bastante interessante, apesar de diferenças logísticas que não estava
acostumado (começar cedo, tantas bandas, quase nenhuma estrutura de bebidas e
alimentação próxima). Sai com a sensação de que, finalmente, pude conhecer um
pouco mais dessa cena liderada pela CMF. Saudações aos guerreiros que,
independente da religião, levantam a bandeira do Metal em todo o Brasil.
Stay on the Road
Texto: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Edição: Eduardo Cadore
Fotos:
Road to Metal (proibido uso sem autorização)
Cast de bandas
RAGE OF RIPSHEEP
4 WORDS
PHONICA
DESFAKE
FERMO
LANDWORK
STIGMATA
SURVIVE
PROPHECY
DRAGON'S CRY
HAWTHORN
NEVER DIE
DESERTOR
ANALISE TÁTICA
18 voutz
4 WORDS
PHONICA
DESFAKE
FERMO
LANDWORK
STIGMATA
SURVIVE
PROPHECY
DRAGON'S CRY
HAWTHORN
NEVER DIE
DESERTOR
ANALISE TÁTICA
18 voutz
Confira dois vídeos das apresentações, sendo o primeiro produzido pela banda Hawthorn (obs: o segundo apresenta baixa qualidade, mas serve como registro)
Hawthorn (Official da banda)
Stigmata
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