"Keep It Hellish" vem para marcar a trajetória da tradicional banda brasileira |
A banda paulista Hellish War é a prova que contra o Heavy Metal, ninguém pode. Apesar dos percalços do underground e do pouco material lançado em muitos anos de carreira, o grupo está mais forte do que nunca, revigorado, diga-se de passagem, e com o primeiro material à altura do que o nome da banda representa na cena brasileira.
Recentemente lançado, “Keep It Hellish” (2013) não marca apenas um salto em termos de produção, já que aqui a banda caprichou na gravação no Piccoli Studio, na cidade natal de Campinas, mas também a afirmação de que o grupo é a banda que melhor representa o chamado “True Heavy Metal”, sem soar ridícula como algumas outras do estilo, mas com muita bravura e bom gosto (que já começa pela real pintura da capa por Eduardo Burato).
Bill Martins (centro) estreia em alto estilo no melhor trabalho da banda |
Além disso, é a estreia de Bill Martins (da banda Dark Witch), novo vocalista que, embora a banda estivesse bem servida por Roger Hammer, deu um gás a mais e parece mais bem encaixado do que estaria a vocalista Thalita (que não chegou a gravar e se desligou da banda). Martins chegou para ficar.
Para apreciadores do verdadeiro Metal |
São 10 músicas com puro espírito guerreiro Heavy Metal, começando com a certeira faixa-título e sem introdução chata que muitas bandas ritualmente oferecem ao ouvinte. Aqui os riffs cortantes de Vulcano e Daniel Job (guitarras) já dão as caras, assim como a cozinha simples, direta e marcante Jr (baixo) e Daniel Person (bateria). “Battle at Sea” é a prova da capacidade de composição do grupo, pois trata-se de uma instrumental que nos remete ao trabalho do Running Wild, por exemplo.
Momentos mais épicos se fazem presentes em “Phantom Ship” e “The Quest”, esta fechando o disco com quase 10 minutos de duração, um ode à melodia. De arrepiar a nuca.
Porém, o que mais temos são faixas diretas, bem básicas (não entenda como relaxadas), com todos os elementos de um verdadeiro Heavy Metal. Amantes de Manowar identificarão vários elementos do grupo, mas seria leviano usar os norte-americanos para definir a Hellish War, já que, ouso dizer, o grupo brasileiro faz em “Keep It Hellish” o que o Manowar não consegue há alguns álbuns: empolgar da primeira a última canção. Ouça também “The Challenge” (veia pulsante de Judas Priest); “Fire and Killing”, com pegada Viking Metal; “Masters of Wreckage” (que refrão FUDIDO).
“Keep It Hellish”, ainda precisa amadurecer na carreira da banda e nos ouvidos dos headbangers, mas é, inegavelmente, um trabalho essencial (diria o mais importante) na carreira do Hellish War e o passaporte para, com um trabalho legal de assessoramento do Som do Darma e shows na Europa (onde a banda inclusive gravou um disco ao vivo e retorna com turnê a partir do dia 11 deste mês) e pelo Brasil, colocarão estes experientes músicos em evidência. Tire seus braceletes, correntes e couro da gaveta e parta para ouvir este disco, não sobrarão pescoços intactos!
Texto e edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação
Assessoria: Som do Darma
Ficha Técnica
Banda: Hellish War
Álbum: Keep It Hellish
Ano: 2013
País: Brasil
Tipo: Heavy Metal
Gravadora: Hellion Music
Distribuição: Voice Music
Distribuição: Voice Music
Formação
Bill Martins (Vocal)
Vulcano (Guitarra)
Daniel Job Guitarra)
Jr (Baixo)
Daniel Person (Bateria)
Tracklist
1. Keep It Hellish
2. The Challenge
3. Reflects On The Blade
4. Fire And Killing
5. Master Of Wreckage
6. Battle At Sea
7. Phantom Ship
8. Scars (Underneath Your Skin)
9. Darkness Ride
10. The Quest
Ouça "The Challenger"
Ouça a faixa-título do álbum
Acesse e conheça mais sobre a banda
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