O Monsters of Rock Cruise é um cruzeiro marítimo, com várias bandas, que faz o mesmo trajeto na região do Caribe passando pelas Bahamas, parando numa ilha, que é como se fosse uma praia, e os passageiros são levados por outro barco menor para passar o dia na praia e volta.
Infra - estrutura
O navio desse ano
mudou. O ano passado foi o Poesia e
esse ano foi o Divina, que é um navio maior e cabe mais pessoas. A estrutura do
navio é fantástica, tanto nas partes de locomoção, de elevadores, escadas e de
ir para um lugar e outro até se acostumar. Com relação a parte gastronômica e
de bebidas é toda completa, tem várias opções pra comer e beber, algumas
são pagas e outras não.
Bandas
O cast não altera muito nas edições. Eles tem esse problema de continuarem repetindo algumas bandas,
por exemplo, nas últimas três edições, o Tesla e o Cinderella foram, entre
aspas, as bandas mais importantes. Tirando o Tesla, que faz um show um pouco
diferente, o Cinderella faz tudo igual. Faz 21 anos que o Cinderella faz o
mesmo show, desde 91, 92 e 93... são as mesmas músicas e as mesmas coisas. O
público americano vai mais pra curtir a balada e encontrar os amigos do que,
propriamente dito, pra ver shows de bandas menores, que é aquilo que me agrada mais,
de ver aquelas bandas que eu nem imaginei assistir.
O único problema é
que eles são muito desorganizados! O que é tudo certo no Sweden Rock é
totalmente ao contrario no Monster Of Rock Cruise. O schedules funciona da
seguinte maneira: das 19:00 até às 19:20 hr, Tesla na piscina. Ai, às 19:45
hr, Quiet Riot no teatro. Mas se você gosta muito de Quiet Riot e Tesla, você
começa a ver o Tesla e, quando é 19:40, você sai desse show pra ir ver outro.
Ai você sai e esse show está atrasado, demora meia hora pra começar, e você
perdeu o show do Cinderella. Em vez de começar às 19:00 hr, começa às 19:15
hr. Ai quando você vai ver tem outra banda tocando no mesmo horário. Eles não
sabem fazer um schedules, porque eles não estão preocupados se alguém vai ver ou se
não vai ver.
Tom Kieffer (Cinderella) |
O norte-americano não quer saber mais de assistir show, de olhar pro cara e de saber que música é, eles gostam só de uma ou duas músicas do show. Isso é bem básico! Dai a pessoa fala que gosta de Cinderella, mas eles vão lá só pra escutar "Nobody's Fool", "Shake Me" e "Don't Know What You Got", já está bom. O primeiro show do Cinderella foi lotado, isso é normal, mas o segundo já não tinha tanta gente. Os Die Hards, que estavam lá, foram pra assistir o show da Doro. A Doro tocou pra 100 pessoas, mas só que não tinha 100. Ai você pergunta: 'Cadê os americanos?' Estavam na piscina, bebendo, conversando, fazendo festa e DJ tocando "Welcome To The Jungle", "Shout Out The Devil" e esses tipos de coisa.
Primeiro dia (29 de
março)
O primeiro dia inicia com o check-in no navio e depois entra com uma banda tocando, por
exemplo, o Dangerous Toys, que toca em um bar do navio, onde tem os palcos
menores. Logo depois o Eddie Trunk (apresentador do That Metal Show) anuncia e dá as boas vindas pra todo mundo. O Tesla faz o primeiro show na piscina. Só que eles tem
um grande problema, eles insistem em errar os schedules das bandas muito em
cima.
Às vezes está acabando um show e começa outro ou, às vezes, você sai
de um show pensando que vai começar o outro e não começa, atrasa. Curti vários
shows nesse dia. O Killer Dwarfs acústico foi bem bacana! O Vixen
era pra ter tocado nesse dia, porém foi adiado por causa da chuva. Mas teve um show que me impressionou, foi
o do Winger, onde tocaram o primeiro disco inteiro. Mas teve
vários outros shows nesse primeiro dia, como Tesla e Red Dragon Cartel, mas o
melhor show foi realmente o do Winger.
Jason McMaster (Dangerous Toys) |
Segundo dia (30 de
março)
John Coraby |
No segundo dia tivemos o show do Vixen, que havia sido adiado, mas foi muito legal. No mesmo dia teve o Cinderella, onde eles lotaram o teatro. No navio tem dois palcos grandes, que são no teatro e na piscina. Nesse dia também teve o show do Ron Keel acústico, que é um cara que eu adoro e piro no show dele. Teve também Tyketto, Autograf, Tuff; a Doro tocou nesse dia na piscina, mas não foi pra muita gente; o Loudness também, e foi um show maravilhoso com um puta set-list legal, com músicas do "Thunder In The East" e da época mais anos 80.
Esses foram os grandes destaques nesse dia. Mas depois, nos outros dias, esses shows repetem, por exemplo, o Tesla, Mike Tramp e o John Corabi e o Frank Hannon fizeram um show acústico no teatro. O John Corabi é um cara muito talentoso! Ele merecia ter muito mais sucesso.
Terceiro dia (31 de
março)
Nesse dia já começam a
repetir os shows, todas as bandas tocam duas vezes. E se por acaso você não ver um
show num dia, você poderá ver no outro. O Ted Poley fez um show bem legal; o Quiet Riot
fez dois shows, no penúltimo dia eles tocaram no teatro e no último dia na
piscina. Eu assisti só no teatro, porque no outro dia você deixa para assistir
aquele show que você perdeu. Os únicos que eu assisti duas vezes foram o Tüff,
Ron Keel e Doro.
Último dia (01 de
abril)
Ron Keel |
É aquele dia que você
pensa e se dá conta que já está acabando, e você fica até um pouco mais
tarde. O The London Quireboys fechou o cruzeiro fazendo show no teatro. Esse
show eu só vi um pedaço, porque estava muito vazio e, nessa hora, o americano
está muito mais preocupado em ficar bebendo e fazendo festa do que assistir o
show. Então eles deixam essas bandas mais pro final; o Slaughter fez um puta
show! O baterista Zoltan Chaney quebrou tudo de novo, ele parece um malabarista
tocando. O Vixen fez um show acústico no último dia, também; e o Ron Keel fez
um show no lobby do navio que foi fantástico!
Reb Beach, do Winger, detonando! |
O que esperar pra
2015?
A mesma coisa, desde
a primeira edição até agora, não tem o que esperar, eles vão pegar as mesmas
bandas. Não vão chamar bandas grandes, são bandas médias e pequenas, com o
intuito de reunir essa galera, mais "old-school", que curte
essa música. Desse público, com certeza, Die Hard fans, conhecedores e pessoas
que curtem mesmo esse navio é 10%, o resto vai pensando na festa, alegria, se
divertir e pra beber.
Na primeira edição
teve 7 brasileiros. No segundo teve uns 25 e esse ano teve uns 50, tinha uma
galera muito grande de Manaus. Mas agora começou a ficar mais popular, mas a
ideia é essa e todo mundo tem que curtir. Boa parte do cruzeiro é tomado por
americanos e canadenses. Europeus, bastante gente da Inglaterra, Alemanha e
da Suécia.
Da América Latina encontrei gente da Colômbia e Argentina (esse ano não tinha tantos), e do Peru, que só tem uma pessoa que comparece todos os anos, mas de toda a Americana Latina quem comparece mais são os brasileiros.
E para os leitores do
Road To Metal, caso queiram ir na próxima edição, podem me contatar. É bem provável que o ano que vem eu faça algum esquema com a organização do cruzeiro, eu já tenho com o
Sweden Rock e o Kiss Cruise. É que eu não tenho contato com a organização desse
navio, porque eu utilizo como passageiro. Mas no caso de eu não conseguir
organizar, podem me contatar da mesma maneira porque eu posso auxiliar.
Da América Latina encontrei gente da Colômbia e Argentina (esse ano não tinha tantos), e do Peru, que só tem uma pessoa que comparece todos os anos, mas de toda a Americana Latina quem comparece mais são os brasileiros.
Akira Takasaki (Loudness) |
Texto: Carlos Chiaroni
Edição/revisão: Gabriel Arruda e
Carlos Garcia
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