Seguindo com seus objetivos
traçados na cena Metal, os cariocas do Still Alive seguem forte na divulgação
de seu primeiro disco, o enigmático “Kyo”, que apresenta letras inteligentes
aliadas a uma sonoridade melódica e variada.
Mas nem tudo são flores,
problemas na formação surgiram e até mesmo pouca oportunidade de tocar devido a
produtores que pensam somente no dinheiro. Então batemos um papo bem
descontraído com o vocalista Walter Campos, que nos conta sobre essas
adversidades e do momento atual do grupo.
Confira agora mesmo:
Road to Metal: Um ponto que chama atenção em “Kyo” é o tema lírico do mesmo, poderia nos falar mais a respeito e como surgiu tal inspiração?
Walter Campos: Tanto o nome da banda como o nome do álbum e
o termo KYO, estão ligados a um ciclo, à idéia de imortal e continuidade. Nós
quisemos atrelar tudo da banda neste mesmo conceito. E então o Felipe, nosso
baixista, nos deu a idéia de fazermos um cd conceitual, baseado no filme “A
Fonte da Vida”, que trata exatamente sobre esse tema, da imortalidade, como uma
busca obsessiva do protagonista.
Pescamos idéias e mensagens do filme e esse foi o ponto de partida de
nossas letras. Claro que essas idéias e mensagens pegas no filme foram algo
muito pessoal do que compreendemos do filme, e de como temos essa visão da
vida, da morte, da busca do homem por seus objetivos.
Você vai encontrar também uma história em nosso disco, mas não a mesma
história do filme. E certas letras nossas além de mexerem muito com esse tema,
remetem a várias outras idéias, aplicadas ao cotidiano, questões pessoais, que
as pessoas podem ter as mais diversas interpretações. Então em seu resultado
final, ficou bem interessante!
RtM: Vocês trabalharam com Edu
Falaschi na produção do álbum, que também trouxe Marcelo Moreira para gravação
das baterias. Como vocês chegaram a eles? O resultado final foi o esperado?
WC: Bem, chegamos a eles através de nosso amigo e
que trabalhava como nosso assessor de imprensa. Na época que o contatamos e planejávamos
começar “Kyo”, a nossa formação estava incompleta, faltava um baterista
competente e técnico. Então, o próprio Edu nos deu a idéia e nos trouxe o Marcelo
Moreira, um monstro!
Com certeza o resultado esperado não só foi o que esperávamos, como
superou as expectativas, tanto das gravações do Moreira, quanto do Edu como
produtor. Eles são pessoas super fáceis de lhe dar, são muito solícitos e se
entenderam muito bem com a banda desde o início.
O Edu em especial, com quem tivemos maior contato, é uma figura! Super
profissional, excelente produtor, cheio de idéias, com muito pique e energia, e
claro, uma pessoa super carismática e muito engraçada. Além de saírem muitas
idéias, saíam sempre muitas risadas. E foi nesse clima que fomos conduzindo a
pré-produção e as gravações.
Confira nossa resenha quando do lançamento do álbum clicando aqui! |
RtM: Atualmente o Still Alive
continua sem baterista?
WC: Atualmente o Still está com um baterista, mas
nem sei se o devo chamar de baterista. Está mais para um tremendo animal, um destruidor
de baterias e tímpanos nas baquetas (risos). O cara toca demais, além de ser
uma ótima pessoa e de cara já se deu bem com a banda inteira. Aliás, comparando
com a formação da gravação de “Kyo”, também mudamos de tecladista, também um
excelente músico que está contribuindo e muito!
Tivemos muita sorte de, depois de muito tempo em busca, acharmos esses dois
caras que além de músicos de primeira, se tornaram ótimos amigos. Então agora
sim, o Still está com uma formação muito forte!
RtM: Vocês praticam um Power
Metal com fortes influências progressivas, o que diferencia o Still Alive de
muitas bandas do gênero. Como foi o processo de composição de “Kyo”?
WC: Bem, muitos pedaços de composições, que
futuramente se tornariam músicas do “Kyo”, já tinham sido compostas, riffs de
guitarra e melodias, pelo Gil, nosso guitarrista e principal compositor.
Tínhamos um grande acervo de riffs criados. E o Gil e Felipe sempre tiveram
muita influência do Rock/Metal Progressivo. O que é mais interessante na banda
é a mistura de influencias. Vai desde o Metal anos 80, até Thrash Metal e o Prog,
já antes dito. Diante dessa mistura ainda trabalhamos com versos e refrões
bastante melodiosos, uma fórmula nossa que acabou dando muito certo.
E por ultimo eu e Felipe, entramos com as letras, agora já atreladas ao
conceito que estabelecemos para o álbum.
RtM: Estamos chegando a metade de 2014, como está a agenda para shows? Existem shows marcados ou a
oportunidade de excursionar pelo país para a divulgação do “Kyo”?
WC: Fizemos alguns shows, sim, em 2013, mas ainda
achamos que não mostramos e divulgamos “Kyo” como gostaríamos, realmente.
Todos que puderam assistir aos shows gostaram bastante e sempre perguntam
sobre os próximos. E tem vários fãs do Brasil inteiro que tem contato com a
banda e estão doidos para que toquemos em suas respectivas cidades. A grande
questão é ter um evento de qualidade, com produtores realmente profissionais e
interessados na cena, não somente interessados no lucro.
A maioria dos produtores com quem esbarrei, infelizmente, são dessa
segunda categoria, o que ajuda a enfraquecer o cenário para as bandas que
tentam se manter e aquelas que estão começando.
Surgindo oportunidade com pessoas que realmente queiram trabalhar e
levem a sério, com certeza iremos. Nós temos um imenso amor por aquilo que
fizemos e queremos propagar nossas músicas para todos que ainda não nos
conhecem e brindar aos fãs que sempre nos apóiam e que esperam um show de
qualidade em suas cidades.
RtM: O que os fãs podem esperar
da gravação do videoclipe de “Dream Hunter”? Já existe uma previsão para o
lançamento?
WC: Por enquanto, estamos em fase de negociação
com a equipe que vai produzir o clipe. Mas assim como a música, queremos também
surpreender.
RtM: Já estão trabalhando nas
composições do novo CD? Poderiam nos contar algo sobre ele?
WC: Começamos sim a trabalhar no sucessor de “Kyo”.
E as idéias estão fervilhando! Só posso adiantar que algo mais pesado está por
vir. Mas os refrões grudentos e melodias cativantes sempre estarão presentes. Vocês
que ouviram “Kyo” ficaram com dor nos pescoços, preparem-se para o novo álbum.
Mas cuidado com o torcicolo, claro (risos), vai ser impossível não agitar.
Entrevista: Renato Sanson/Uillian Vargas
Revisão/edição:
Renato Sanson
Fotos: Divulgação
Acesse e conheça mais a banda:
Um comentário:
Eu tive o privilégio de estar presente em um show da Still Alive aqui em São Paulo,simplesmente fantástico.
E para minha felicidade pude estreitar os laços de amizade com a banda e hoje tenho a honra de presidir o seu Fã Clube oficial,o Paradise Still Alive, nome dado em função da sensação que Kyo me transmitiu.
Estar envolvida na divulgação da Still Alive,é algo extremamente prazeroso, o Brasil precisa e merece músicos de qualidade.
Obrigada Lu Alves, Uillian Vargas, Renato Gimli Sanson e toda equipe da Road to Metal pelo apoio.
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