Os naturais de Americana (interior de SP), que de Pop não
tem nada, apresentam um Hard Rock esplêndido, moderno e corpulento, cheio
de grandes inspirações de bandas dos anos 70 e 80, como Led Zeppelin, Deep
Purple, Rush e Van Halen, mas que não poupa em diversidade e boas ideias, o que também a difere das demais, trazendo influências de bandas de Prog Rock e do Rock N’ Roll clássico. Também
tiveram a honra e a oportunidade de abrir shows para grandes lendas e bandas mais conhecidas, como Deep
Purple (2011), Ugly Kid Joe (2012) e Uriah Heep mais recentemente, mas somente essas realizações não eram suficientes para a banda, pois faltava ter o
reconhecimento dos meios de comunicação, provar sua capacidade, e claro, conquistar uma leva de fãs.
Mas antes de dar continuidade a este review, eu volto a
ressaltar, para quaisquer um na cena, que deixem e parem, de uma vez por
todas, de ficar se prendendo a ‘rótulos’ dentro do Hard Rock, seja qual for o
tipo, porque tem muita coisa boa que é deixada de lado por conta desse marasmo e preconceito que várias pessoas ostentam. E um exemplo é esta que vos falo, que já carrega 22
anos de estrada, mas que só vem ganhando carinho agora. Mas como costumo dizer: “Onde há vontade, há um caminho”, e é bem isso que o Pop Javali buscou durante
todos esses anos, e começa a colher resultados de forma merecedora.
Voltando a falar do disco, vale ressaltar a qualidade e a
técnica dos músicos Marcelo Frizzo (vocal e baixo), cujo vocal tem uma forte semelhança com o timbre do Phill Collins; Jaéder Benossi (guitarra), que executa riffs matadores
e solos inspirados; Loks Rasmussen (bateria), com uma pegada bem sólida e "malícia" nas baquetas. E não podemos esquecer-nos da ótima produção, que ficou
sob a batuta dos irmãos Andria e Ivan Busic (Dr. Sin), ajudando a deixar tudo ainda
mais bem feito. O álbum também foi gravado e mixado no estúdio dos Busic, Sonacta
84.
As faixas dispensam comentários! Cada uma delas nos deixa
em sintonia com a banda, realmente surpreendendo positivamente. “Lie To Me”, que magistralmente abre o álbum de maneira pesada, quem
ouvir já vai começar a bater cabeça na certa; “Healing No More” já apresenta uma
pegada mais Rock N’ Roll, de maneira bem simples, mas com um refrão de fácil assimilação; Mas as que realmente mais me prenderam e impressionaram, e que ouvi várias vezes até
cansar (na verdade ainda não cansei! hehehe), são as faixas “Road To Nowhere”, “A Friend That I’Ve Lost”, “Wrath Of
The Soul” e “Enjoy Your Life” (essa com certa influência do Dr. Sin), as
que mais definem a característica e a proposta da banda, na minha opinião.
Tons de genialidade estão em “Free Men” e “I Wanna
Choose”, que tem uma mescla perfeita entre o Hard e o Prog. Melhor dizendo, são
as mais Hard Prog do disco.
Até o momento, e com toda minha sinceridade, é o melhor
disco nacional lançado nesse ano, e que também tem que ser um disco referência
para muita gente que quer começar a montar uma banda, e obrigatório na coleção
de qualquer sujeito.
Ponha o disco pra rodar, porque o Javali irá invadir o
seus ouvidos.
Texto:
Gabriel
Arruda
Edição/Revisão:
Carlos
Garcia
Fotos:
Divulgação
Ficha
técnica:
Banda:
Pop Javali
Álbum:
The
Game Of Fate
Ano:
2014
País:
Brasil
Estilo:
Hard
Rock
Selo:
Oversonic
Music
Produção:
Andria e Ivan Busic
Formação
Marcelo Frizzo (vocal e baixo)
Jaéder Benossi (guitarra)
Loks Ramussen (bateria)
Tracklist
01. Lie To Me
02. Healing No More
03. Mindset
04. Road To Nowhere
05. Anything You Want
06. Do For Me
07. Not Enough
08. My Own Shield
09. Disilusions Of Mind
10. No Reason to Be Lonely
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