Baixe agora mesmo o EP "Destroyed the System" AQUI |
Destruindo o sistema em formato de música, é assim que os catarinenses
do Alkanza caminham, moldando sua estrada e falando das realidades do nosso
país, que vai de mal a pior a cada ano que passa.
Temas para falar do nosso querido Brasil não faltam e o Alkanza demonstra
isso em seu primeiro lançamento o excelente EP “Destroyed the System”, com um
singelo nome que brinda o que muitos gostariam de fazer e com letras retratando
nossa verdadeira realidade.
Conversamos com o baixista/vocalista Thiago Bonazza que nos fala um
pouco desse tema abordado, da certa polemica que entraram sobre o que pensam de
bandas covers e muito mais, confira agora mesmo:
Road to Metal: “Destroyed the System” foi lançado este ano somente em
formato digital, e apresenta composições fortes e poderosas. Com um Thrash
Metal variado e intenso. Como foi o processo de composição do mesmo?
Thiago Bonazza: Foi tranquilo, venho compondo de forma natural,
como tenho muitas influencias acaba
tendo varias ideias e isso é importante para não virar cópia de algumas bandas,
e as letras surgem de forma natural vendo e muitas vezes sentido na pele os
seus temas.
RtM: O Alkanza já está gravando seu primeiro disco, alguma música de
“Destroyed...” contará no álbum? E existe a possibilidade do EP ser lançado em
formato físico?
TB: Já adianto que todas as faixas do EP estarão no disco, mas com algumas pequenas modificações.
Lançamos em formato digital para que nossa música fosse divulgada de forma
rápida e sem custo para as pessoas conhecerem a banda, e dessa forma quando o
disco sair saberem se querem compra-lo ou não, porque se você gostou do EP já é
garantia que 50% de seu dinheiro foi bem gasto, e garanto que gostará de 100%
dele após ouvi-lo. O EP não será lançado em formato físico e será retirado para
download, então quem tem é um material único, e quem não têm baixe, pois é
gratuito, mas por tempo limitado.
Leia nossa resenha AQUI |
RtM: As letras desse primeiro trabalho são bem ácidas, como um tapa na
cara da sociedade. Qual foi a inspiração para as mesmas?
TB: No cotidiano do brasileiro, das crueldades e desrespeito dos
governantes e do próprio povo. Poderia falar de guerras e essas coisas que
muitas falam, mas se não arrumamos nossa casa para que falar da casa dos
outros? O mundo é um só, mas nosso povo brasileiro filhos de uma pátria rica e
corrupta aonde você é o que você tem, onde nossos idosos morrem no lixo, nossas
crianças nascem no piso, e a maioria do povo esta preocupado com o final da
novela das oito que começa as nove (risos)... É foda, mas estamos ai na luta. Sou
contra a violência, mas aqui pecamos por excesso de paciência.
RtM: A capa de “Destroyed the System” mostra um hospital em chamas, o
que de fato retrata a realidade da saúde no Brasil, cada vez mais decadente. O
que vocês pensam a respeito do futuro do nosso país?
TB: Cara tenho o infeliz parecer que se nada mudar radicalmente (o que
acredito que não acontecerá tão cedo) continuará na mesma ou pior, enquanto não
existir leis que façam os políticos terem que usar o serviço público, que façam
os corruptos irem para a cadeia e perderem tudo, que tenhamos educação de
qualidade e professores bem remunerados e motivados, que tenhamos policiais bem
equipados, preparados e instruídos na
defesa da sociedade e não de quem tem grana, que façam o menor infrator pagar
por seus crimes como maior (por que se sabe matar, tem que saber ir preso
também), que tenha oportunidades para quem foi preso, mas quer uma nova vida,
que a sociedade seja menos egoísta, preconceituosa, alienada no consumismo e
que preste atenção nas pessoas. Essa porra vai continuar no mar de lama e merda
que esta, pegue o álbum “Brasil” do R.D.P e me diga se de lá para cá muita
coisa mudou? A quem diz que está tudo uma merda desde os anos 80. Lamentável.
RtM: Recentemente vi nas redes sociais o Alkanza em uma certa polemica,
pela seguinte nota lançada: “Músico é quem faz a música, não quem reproduz algo
já feito”. O que vocês teriam a acrescentar neste assunto?
TB: Foi MINHA OPINIÃO, e em nenhum momento falei que ela é certa ou
errada ou que todos tem que pensar igual a mim, mesmo sabendo que existem
muitos que pensam assim. Algumas pessoas que não respeitam opiniões adversas
opinaram, e eu respeito, mas outras vieram de forma desrespeitosa com tentativas
de colonizar o que eu penso, e falaram sobre humildade, só quero deixar claro
que eu RESPEITO às opiniões adversas a minha, e isso é mostrar humildade, é
saber que não somos donos da verdade e temos muito a aprender, mas que devemos
sim manter nossos pensamentos com respeito, caráter e dignidade. Quem não
respeita opiniões adversas e não aceitam esses sim não são humildes, pois
pensam que são donos da verdade absoluta. Temos que manter nossos pensamentos,
pensar por nos mesmos e não sermos colonizados de forma banal por pressão.
RtM: E sobre o disco de estreia, o que podemos esperar do Alkanza?
TB: Nosso melhor, creio que seja a palavra certa para definir oque estamos
fazendo, e se você gostou do EP certamente vai querer o disco.
RtM: Para finalizar gostaria que nos falassem de suas influencias e de
quais bandas estão ouvindo no momento.
TB: Minhas influencias são as mais variadas que você possa
imaginar, vou do Black Sabbath até Slipknot.
No momento ouço muito Godsmack,
S.O.A.D, Sepultura, Judas, Accept, Anthrax, Exodus, Testament., ZoidZ, Sized, e
mais algumas do underground que não recordo os nomes por que são varias e de
ótima qualidade, pena que muitos aqui no Brasil não dão o valor merecido porque são melhores que muitas bandas gringas que lotam casas aqui.
Não tenho preconceito com nenhum estilo,
ouço primeiro, vejo se gosto, e isso tem me rendido grandes descobertas.
Entrevista/edição/revisão: Renato Sanson
Conheça mais a banda:
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