No dia 13/12, o Pepsi On Stage foi o palco de mais uma edição do já tradicional Matanza Fest na cidade de Porto Alegre. Com um cast totalmente pesado, a festa esse ano contou com as bandas FINALLY DOOMSDAY (RS), BRUJERIA (USA), BIOHAZARD (USA) e os anfitriões e donos da festa, MATANZA!
Pontualmente ás 20h30min,
conforme o cronograma, o Grindcore da FINALLY
DOOMSDAY sobe ao palco pra dar
inicio aos trabalhos. E a banda está cada vez melhor! Mais entrosada e tocando
com sangue “no zóio”, a banda formada por Sebastian
Carsin (guitarra e vocal), Rafael Giovanolli (guitarra), Felipe
Nienow (baixo) e Márcio Jameson Kerber (bateria),
trouxe toda garra e fúria do Grindcore pra uma galera que já preenchia um bom
espaço do local.
Após a introdução, Rise Again,
seguida de Raven’s Circle mostrou que a banda não está pra
brincadeira e que, já passou da hora de um full lenght! Kamikaze Attack e na
seqüência, a “desgraceira” Subhumans Conditions continuaram o ataque sonoro.
Os já tradicionais covers do Ratos de Porão,
Vida Animal, e Napalm Death, From Enslavement to Obliteration
(nem parece que essa porrada já tem mais de 25 anos) antecederam a saidera e já clássica Post Nuclear Armaggedom. Grande de show de uma grande
banda! O Heavy Metal do RS vai muito bem, obrigado!
Após um intervalo relativamente
curto, eis que um dos shows mais aguardados do festival se iniciava: BRUJERIA! E que grande show! A banda,
sempre cercada de polêmicas trouxe pro Matanza
Fest um set recheado de clássicos.
Contando com Hongo Jr. (Nicholas Barker, - Cradle
of Filth, Dimmu Borgir, Lock Up, entre outros) na bateria, El Cynico (Jeff Walker - Carcass)
no baixo, AA Kuerno na guitarra ( segundo informações que obtive, ele trabalha
como técnico de som do Carcass e tem uma banda juntamente com Shane Embury, que atende por Hongo
e é o guitarrista “titular” do grupo), El
Sangron, que divide os vocais com o
líder Juan Brujo, o grupo, em uma hora e cinco minutos, despejou toda a
“fuerza” da súa música.
Falando em espanhol durante quase
todo o tempo (exceção feita a alguns “motherfucker”, “fuck”) porradas como El Desmadre,
No Aceptan Imitaciones, Marcha de Ódio, La Migra,
Cuiden a los Niños e Brujerizmo fizeram com que rodas se abrissem no meio do público.
Um dos destaques do show, além é
claro das performances sempre destruidoras de Nicholas Barker e Jeff Walker, foi o guitarrista AA
Kuerno. Muito bem “mezclado” ao grupo, o músico substituiu
o grande Shane Embury a altura. “Saludos!”, Juan
Brujo e El Sangron mandavam a
todo instante, enquanto mais e mais clássicos nos eram oferecidos.
Consejos Narcos e La Ley
de Plomo também foram muito bem recebidas, assim como Matando Gueros, talvez a
mais esperada, e oriunda do homônimo álbum, lançado em 1993, provou que, muitos
que ali estavam, era por causa do grupo. Ao término, enquanto os músicos
deixavam o palco, Juan Brujo interagiu com a galera ao som de Marijuana. Sim, uma versão politicamente
incorreta da medonha Macarena. E teve
banger fazendo aquela conhecida coreografia... Sem dúvida, um grande show!
Mais um intervalo, e era a hora da lenda do Hardcore nova-iorquino. O BIOHAZARD estava de volta á capital gaúcha! Sem muita conversa, Billy Graziadei (vocal e guitarra), Scott Roberts (baixo e vocal), Bobby Hambel (guitarra) e Danny Schuler (bateria) entram no palco detonando aquela mistura de Hardcore, Metal e porque não dizer, de Rap, como só eles sabem fazer! Dona de uma performance simplesmente destruidora, a banda mostra a que veio detonando clássicos como Shades of Grey, Urban Discipline e Wrong Side of the Tracks, na qual, Billy, literalmente, vai pra galera! O guitarrista desce do palco, pula a grade e fica de pé, sendo segurando pelo público, tocando e agitando como se estivesse no palco! Simplesmente matador!
Scott Roberts, que
substituiu Evan Seinfeld também não fica atrás. Sem parar um minuto e também
cantando de forma correta, o baixista provou que sua escolha foi acertada. E
tome mais Hardcore! Tales From the
Hard Side e Victory também se destacaram.
O batera Danny Schuler tem uma pegada bem característica ao Hardcore, pois além da
velocidade, tem a “mão pesada”, e com isso, consegue deixar essa mistura bem
homogênea.
Mas o grande destaque da banda é Bobby Hambel! Na boa, o cara entra ligado em 220 volts e sai em 380!!!!
Seja pesando a mão no riffs, dando aqueles pulos tão comuns ao estilo Biohazard, ou mesmo com aqueles giros
enquanto toca, o guitarrista é o grande destaque da banda. Não que Billy Graziadei fique muito atrás (afinal, na maior parte do tempo, o
guitarrista se comunicava em um “bom” português com a galera), mas essa dupla,
com certeza é uma das melhores do mundo, no estilo, ao vivo.
Punishment não poderia faltar e leva Billy novamente ao meio do público. Com um show que durou cerca de
uma hora, o Biohazard fez, na minha
opinião, o melhor show da noite! Uma grande banda que precisa voltar a Porto
Alegre para um novo show!
E era chegada a hora dos donos da
festa! Passava da meia noite quando o MATANZA
entrou no palco com seu Countrycore! E os anfitriões não deixaram por menos! Jimmy London (vocal), Mauricio
Nogueira (guitarra), China (baixo) e Jonas (bateria) já chegaram com a galera na mão, sendo que um dos
grandes destaques do show seria a execução na íntegra do álbum Santa Madre Cassino com a
participação do ex-guitarrista Donida.
O grupo tocou vários de seus
clássicos, como O Último Bar, Remédios
Demais, Pé na Porta, Soco na Cara, Odiosa Natureza Humana, Não Gosto de
Ninguém, Maldito Hippie Sujo... Um dos grandes destaques da banda é o
guitarrista Mauricio Nogueira. Tendo tocado com nomes como Krisiun e Torture Squad, ele imprime ao som do Matanza um peso, mesmo a banda tendo
apenas uma guitarra ao vivo. Algo que irá mudar, conforme anunciado logo
mais...
Com a palavra, Jimmy volta e meia tecia seus
comentários. Em um dos tantos irônicos, ele agradeceu a todas as bandas que
estavam participando do festival, elogiando a performance de cada uma. E no
final disse: e depois de tanta banda
foda, agora vocês tem que aturar a merda do Matanza... Precisa dizer que tomou uma vaia sem tamanho????
Mais algumas músicas e então
Jimmy chama ao palco Donida “Maestro Vareta” pra executar o álbum de estréia da banda. E as músicas
ficaram bem melhor! Com duas guitarras, houve um acréscimo de peso e sons como Ela Roubou Meu caminhão, Eu Não Bebo Mais, E
Tudo Vai Ficar Pior, As Melhores Putas do Alabama e Santa Madre Cassino
ficaram muito mais encorpados!
Ao término, Jimmy revela que a banda está em estúdio e que devemos ter um novo trabalho do grupo no próximo ano. E que a partir de agora, Donida estava de volta à banda! E como amostra do que vem por aí, tocam Matadouro 18, música que fará parte do disco a ser lançado! Uma música que revela que essa nova dupla, tem muito a acrescentar ao som do Matanza! Após mais algumas músicas, o show chegou ao seu final.
Ao término, Jimmy revela que a banda está em estúdio e que devemos ter um novo trabalho do grupo no próximo ano. E que a partir de agora, Donida estava de volta à banda! E como amostra do que vem por aí, tocam Matadouro 18, música que fará parte do disco a ser lançado! Uma música que revela que essa nova dupla, tem muito a acrescentar ao som do Matanza! Após mais algumas músicas, o show chegou ao seu final.
Chegava ao fim, mais um Matanza Fest! Quatro grandes bandas que fizeram grandes shows. Que em 2015,
tenhamos mais uma edição aqui no RS!
Cobertura por: Sergiomar Menezes
Fotos: Uillian Vargas
Edição/revisão: Renato Sanson
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