terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Hicsos: Thrash, Como o Thrash Deve Ser



Peso, riffs em profusão, pegada, refrãos e letras fortes, alternância de cadência e velocidade, com trocas de andamento precisas. Tudo o que me atrai, e ao meu ver, características imprescindíveis para os bons alunos da escola do melhor Thrash Metal, aquele criado e propagado por pioneiros como Anthrax, Metallica, Slayer, Exodus e tantos grandes grupos surgidos nos EUA nos anos 80, e, sem desmerecer o Thrash alemão (Destruction, Kreator, etc), depois dos EUA, quem melhor representa o segmento é o Brasil, que trouxe para o mundo Sepultura, Korzus, Attomica, Taurus, além das gerações seguintes, como o próprio Hicsos, que já tem aí cerca de 20 anos de estrada, e muitas outras que seguem surgindo, e hoje somos o país que mais revela boas bandas do estilo. Pare um pouco pra pensar e veja quantas bandas de qualidade emergem, e em todos os cantos deste país.

O Hicsos é mais um grande representante, um fiel representante da melhor escola “thrasher”. Com uma sonoridade que traz todos os elementos que citei no início desta resenha, produção atual e bem conduzida por dois profissionais cada vez mais respeitados, Heros Trench e Marcelo Pompeu (Mr. Sound), o grupo mostra toda sua experiência em “Circle of Violence”, e traz 11 faixas carregadas de pegada e riffs marcantes, mantendo o nível por todo o álbum, prendendo o ouvinte e convidando ao headbangin’.


Desferindo temas fortes, que, infelizmente nos cercam todos os dias, como a violência na sociedade, conflitos em sentido, falta de segurança e saúde pública precária, ganância, crimes cometidos por fanáticos religiosos e outras podridões, como enredo da trilha sonora, mais que adequada, que escorre pelos autofalantes.

Thrash enérgico e empolgante, encorpado, produção muito boa, sem soar muito limpinho também, pois Thrash tem que ter um pouco de "sujeira", soando atual, e, como falei no início, traz tudo o que os fãs da escola mais tradicional esperam.


Destaques: “Can’t Hang Terror”, abertura perfeita, naquela linha Slayer de faixas como “South of Heaven” e “Reign in Blood”, ou seja, início mais cadenciado, riffs marcantes, e mais riffs, peso e velocidade, apresentando a banda ao ouvinte; “Now You’re Dead”, mais cadenciada, sem poupar peso; “Needles”, também com riffs cavalares e boas trocas de andamento, e “Angel Ripped”, que aparece como bônus track, e é uma das melhores do play, e com um tema muito forte, mas que também, infelizemente é algo que acontece, vem sendo combatido, mas deve ser ainda mais combatido para erradicar atos hediondos assim, e criminosos serem tratados com muito mais rigor.



Texto/Edição: Carlos Garcia
Fotos: Divulgação e arquivo da banda


O Hicsos é:
Marco Anvito: Baixo e Vocal
Antônio Saba: Guitarra
Marcelo Led: Bateria
Celso Rossatto: Guitarra
Obs: No álbum há composições co-escritas pelo guitarrista Nilmon Filho, membro da banda de 2004 a 2012.


Track-List
Can’t Hang Terror
What You Reap
Now You’re Dead
Mirror Eyes
Destruction
Needles
Burn in Hell
Black Rain
Horrospital
Money Becomes God
Prison Without Walls
Bonus Track: Angel Ripped

Acesso os canais oficiais do Hicsos:
Site Oficial
Soundcloud
Facebook




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