No último dia 08 de março, além
de comemorarmos o dia internacional da mulher, era dia também de celebrar o
Death Metal. A cidade de São Leopoldo recebeu uma lenda da vertente mais pesada
do Metal, os suecos do Entombed, o que há pouco tempo atrás ninguém imaginaria
que aconteceria, pois a banda desmantelou-se e parecia que não voltaria à
atividade, mas Lars-Göran Petrov que é a alma da banda resolveu retornar, mas
passando a se chamar Entombed A.D, devido a disputas judiciais com o
guitarrista Alex Hellid em 2014.
Após algumas tempestades enfim lançaram
o álbum “Back to the Front” e para a alegria de todos os fãs vieram divulgar o
novo trabalho no Brasil, acompanhados da banda mineira KroW rodaram pelo Brasil
e América do Sul despejando destruição por onde passavam. Agora vou contar como
foi o show de São Leopoldo.
O local escolhido para o show foi
a Embaixada do Rock, casa relativamente pequena para um show internacional, mas
já acostumada a receber o público undergroud, haviam no local do evento menos
de 200 pessoas, mas como a casa não é muito grande a sensação era que tinham
500 e o calor fez essa sensação aumentar, nem com ar condicionado a temperatura
ficou agradável, mas o público presente sabia que o sacrifício valeria a pena,
pois logo veriam no palco uma grande lenda.
DyingBreed |
A Primeira banda a se apresentar
foi a DyingBreed de São Leopoldo.
Mostraram o motivo de estarem a cada dia crescendo mais e ganhando respeito na
cena nacional, a banda é relativamente nova, mas seus músicos já estão na
estrada há muitos anos, e representaram o RS muito bem, fazendo um show brutal
e que agradou muito os presentes. O Death Metal no RS está muito vivo e vai
muito bem obrigado.
KroW |
KroW de Uberaba – MG foi à
segunda banda da noite, apesar do som muito alto para o tamanho da casa, os
mineiros fizeram um show maravilhoso, a banda tem muita qualidade, e
representou muito bem Minas Gerais, ainda quero ver um show deles com som e
qualidade merecida, pois realmente fez muita diferença na apresentação deles.
Era a hora mais esperada da
noite, os suecos subiram ao palco e os fãs gritavam pelo Entombed, e eles
atenderam logo de cara tocando “Pandemic Rage” do último trabalho. O
show seguiu com muita brutalidade, muito calor e muito ranho? Sim muito ranho,
Lars Petrov por varias vezes pegava de sua própria boca pedaços de meleca e
mostrava para o público, algo nojento, mas como era uma lenda fazendo não vamos
levar isso tão a serio né?!
“I for an Eye” e ”Revel in Flesh”
dos tempos mais antigos fez a galera se despedaçar na roda, “Second to None”
também representou o álbum novo, mas o que fez os headbengers pirar mesmo foi às
músicas mais antigas, ”The Underminer” apareceu também no setlist, mas não
animou tanto os bangers que estavam querendo os clássicos e eles vieram,
“Living Dead”, por exemplo, foi a música mais apreciada da noite, mas “Stranger
Aeons” e “Chaos Breed” foram pontos fortes também. Além de “Left Hand Path” e
“Wolverine Blues” eles tocaram “Night of the Vampire”, cover do conterrâneo
deles Roky Erickson, eu particularmente gostei muito desta versão, mas alguns
fãs pareciam não entender muito que estava acontecendo.
A Embaixada do Rock nunca mais
será a mesma depois dessa noite, apesar do calor, as bandas no palco fizeram
tudo valer a pena. A simpatia dos membros do Entombed A.D foi algo absurdamente
surpreendente, com muita humildade mostraram para todos que o Death Metal é um
só e não importa a língua que você fala ou os país que você vive, no fim todos
falam uma única língua que é o Metal Extremo.
E sim é de se surpreender que uma
banda lendária destas haja com humildade, pois muitas vezes vemos bandas
undergrounds do nosso próprio estado fazerem pose de rockstars e acharem que
são os reais do mundo.
Parabéns a Makbo por trazer mais
uma lenda ao nosso estado e por acreditar em nossa cena.
Cobertura por: Marlon Mitnel
Fotos: Diogo Nunes
Revisão/edição: Renato Sanson
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