Criada em meados de 2009, a banda paranaense Lord of Aesir, como eles mesmo contam, nasceu entre encontros e desencontros, sejam pessoais ou de ideias, fato é que aos poucos Karol (vocais) e Ian (teclados), foram lapidando, tanto a sonoridade que buscavam, quanto suas próprias habilidades musicais, e com a ajuda de alguns amigos da cena musical, chegaram finalmente, ao que se tornaria o primeiro EP oficial em 2012. (Read the English Version HERE)
Estabilizada com o trio Karol (vocais), Ian (teclados) e Júlio (guitarras), a banda trabalhou forte no que viria a ser o álbum de estreia, e em 2014, vê a luz do dia o primeiro full-lenght, "Dream for Eternity...", que foi muito bem recebido por público e crítica especializada, trazendo um Symphonic Metal cheio de personalidade, fruto de quem faz música por paixão.
Conversamos com Karol Schmidt para saber um pouco mais do Lord of Aesir, sobre o álbum, influências músicas que compõe a sonoridade da banda, e muito mais! Confira!
RtM:Para apresentar a banda aos novo fãs, poderia fazer um breve histórico do Lords of Aesir?
Karol: A banda Lords of Aesir nasceu no fim de 2009 na
cidade de Cascavel (PR) em meio a encontros e desencontros tanto pessoais
quanto de ideias. Após perceberem as divergências de objetivos nos projetos que
participávamos, (Karol e Ian) resolvemos unir esforços num novo projeto. O nome
da banda é uma sátira feita por nós que ao mencionarmos que em nossa formação
havia uma mulher nos vocais, sempre perguntavam se éramos músicos de "Folk
Metal" com temáticas nórdicas, o que fora um clichê entre bandas por
alguns anos no estado do Paraná, porém, bem diferente do que fora sempre a
nossa proposta. Passamos por uma fase virtual em que disponibilizávamos
gravações de áudio extra-oficiais e vídeos de participações em outros projetos
de amigos. Não havia um line-up firmado, portanto nenhum material era
tecnicamente “oficial". Até que encontramos a banda de Metal progressivo
"AWAKE", estudantes da EMBAP e alguns antigos parceiros musicais de
Cascavel dispostos a participar das gravações da LOA. Então nasceu nosso
primeiro EP e logo após o nosso primeiro álbum.
RtM: Que bandas você citaria como inspiração ou
influência para o Lords of Aesir? Alguns trechos me lembraram os primeiro álbuns
do Tristânia, e também Therion.
Karol: Na realidade nossa maior influência fora Freddie Mercury e Montserrat Caballè. Mas certamente Tristânia e principalmente Therion, também EPICA, After Forever, Angra, Almah e os primeiros álbuns do Nightwish além de Fernando Quesada, Gustavo Monsanto, Marcelo Moreira, Timo Tolkki e Yngwie Malmsteen contribuíram com nosso trabalho.
RtM: Gostaria que você nos contasse um pouco
mais de como foi esse processo de amadurecimento da banda, inclusive onde vocês
buscaram crescimento como músicos. Você passou um período em Florença, não é?
Karol: Na realidade nossa maior influência fora Freddie Mercury e Montserrat Caballè. Mas certamente Tristânia e principalmente Therion, também EPICA, After Forever, Angra, Almah e os primeiros álbuns do Nightwish além de Fernando Quesada, Gustavo Monsanto, Marcelo Moreira, Timo Tolkki e Yngwie Malmsteen contribuíram com nosso trabalho.
O Lords: Júlio, Karol e Ian |
Karol: Cada um de nós
buscou individualmente nesse período por crescimento e conhecimento musical. Eu
fui aluna de Neyde Thomas e Susanna Rigacci duas sopranos maravilhosas as quais
sempre admirei muito! Com Neyde estudei no Brasil técnica vocal e interpretação
de repertório operístico e com a Susanna em Florença, onde fui buscar
aperfeiçoamento no repertório de câmara e história da ópera. Estudar é sempre
um processo constante aos músicos. Ian foi estudar Composição e Regência na
EMBAP de Curitiba bem como o Julio aperfeiçoar-se em violão e guitarra. Estudar
para nós é um prazer! Afinal, além de músicos somos educadores musicais. Eu e
Ian somos graduados em Licenciatura em Música e lecionar é uma paixão para nós!
Fazer música e disseminar a arte é o nosso lema.
RtM: E como vocês foram lapidando a sonoridade
do Lords of Aesir? Conseguiram alcançar no debut uma boa parte do que vocês
projetavam em termos de sonoridade?
Karol: Nós tentamos! Acreditamos que conseguimos sim! Mas como o capital monetário é uma barreira para os artistas nacionais cremos que ainda poderíamos ter conseguido demonstrar muito mais além do que o debut apresenta, mas por essas questões e de tempo, principalmente a geográfica (eu em Cascavel, depois Florença e os meninos em Curitiba) o trabalho foi sofrido para ser concluído. Apesar disso tudo ficamos muito contentes com o resultado final e esperamos fazer muito mais ainda num próximo trabalho, material é o que não nos falta! E estamos felizes por isso!
Karol: Nós tentamos! Acreditamos que conseguimos sim! Mas como o capital monetário é uma barreira para os artistas nacionais cremos que ainda poderíamos ter conseguido demonstrar muito mais além do que o debut apresenta, mas por essas questões e de tempo, principalmente a geográfica (eu em Cascavel, depois Florença e os meninos em Curitiba) o trabalho foi sofrido para ser concluído. Apesar disso tudo ficamos muito contentes com o resultado final e esperamos fazer muito mais ainda num próximo trabalho, material é o que não nos falta! E estamos felizes por isso!
RtM: Inclusive deve ter sido trabalhosa a composição,
tendo tantos instrumentos e vozes envolvidos nas músicas. Conte um pouco pra
gente também sobre as gravações e a produção de Aldo Carmine.
Karol: As gravações
foram realizadas em Curitiba no Estúdio Koltrane, foram demoradas, se
arrastaram pelo tempo, por questões inúmeras, principalmente a financeira,
nosso orçamento foi muito pequeno. Realmente foi trabalhoso mobilizar tantos
músicos e com tão pouco dinheiro para investir, se dissermos o valor monetário
total muitas pessoas não vão acreditar!
Aldo Carmine fez a produção final com a masterização e mixagem e foi
trabalhoso, ele é um excelente produtor e nos deixou bem satisfeitos.
RtM: Muito se fala que este ou aquele estilo
estão saturados, e teve a vez do Thrash,
do Black, do Symphonic do Melodic....mas o que acontece mesmo, em minha
opinião, é que quando alguma banda de determinado estilo chega a um patamar
maior, outras vão atrás, e há uma saturação de muita oferta, então acredito que
o que há é música boa e música ruim, música boa nunca fica “saturada”, e todo
momento um ou outro estilo estará mais em evidência, mas os ciclos nunca param,
e os grupos de qualidade continuarão a produzir. Qual sua visão a respeito e
como você vê o cenário daqui em diante?
Karol: Acreditamos que
fazemos música literalmente e unicamente por amor, caso contrário teríamos
desistido há muito tempo. Não pensamos em retorno financeiro. Se houver uma
pessoa na platéia, vamos tocar para ela com o mesmo empenho e entusiasmo que
tocaríamos para centenas, pois se ela está ali presente, se deu ao trabalho de
ir ao nosso encontro, ela é digna de todo nosso respeito e dedicação. Para
mantermos nosso projeto realizamos outras atividades profissionais em paralelo.
Quanto aos estilos serem saturados, concordo com você! O que existe é boa
música ou ruído.
Quanto à nós, independente de estilos ou modismos, todos estudávamos música erudita e o Ian era envolvido com heavy metal desde muito cedo. Interessei-me por canto lírico em 1987 e iniciei meus estudos com 12 anos. Creio que nossa maior inspiração foi Freddie Mercury e Montserrat Caballè e graças ao trabalho deles a sementinha da Lords Of Aesir foi plantada em nossos corações, foi crescendo e se desenvolvendo com o passar dos anos, nos apropriando de conhecimento e de apreciarmos bons trabalhos que nos anos posteriores no auge do Metal Sinfônico fomos todos expostos e presenteados. Nossa intenção não é copiar ou nos assemelhar à outras bandas consagradas, queremos apenas fazer aquilo que nos agrada e nos completa. Comparações sempre haverão, é inevitável, mas creio ser saudável também! Pois graças a isso pessoas que gostam desse nicho musical têm procurado conhecer o nosso trabalho. Todos ganham quando se faz algo por prazer!
RtM: A banda fala em seu press-release que quis
transmitir com este trabalho, através do conceito utilizado, os anseios e
sonhos que os humanos têm a respeito da eternidade e a sua procura através das
diferentes ideologias individuais. Poderia nos falar um pouco mais a respeito
desse tema adotado?
Quanto à nós, independente de estilos ou modismos, todos estudávamos música erudita e o Ian era envolvido com heavy metal desde muito cedo. Interessei-me por canto lírico em 1987 e iniciei meus estudos com 12 anos. Creio que nossa maior inspiração foi Freddie Mercury e Montserrat Caballè e graças ao trabalho deles a sementinha da Lords Of Aesir foi plantada em nossos corações, foi crescendo e se desenvolvendo com o passar dos anos, nos apropriando de conhecimento e de apreciarmos bons trabalhos que nos anos posteriores no auge do Metal Sinfônico fomos todos expostos e presenteados. Nossa intenção não é copiar ou nos assemelhar à outras bandas consagradas, queremos apenas fazer aquilo que nos agrada e nos completa. Comparações sempre haverão, é inevitável, mas creio ser saudável também! Pois graças a isso pessoas que gostam desse nicho musical têm procurado conhecer o nosso trabalho. Todos ganham quando se faz algo por prazer!
Momento na festa de lançamento do álbum: Karol, Júlio, Ian e o baterista convidado, Esmael Marques |
Karol: Cremos que o
respeito pelas ideologias é o ponto fundamental que contribui para a evolução
da humanidade e das sociedades. Acreditamos que não existe um único caminho
certo, mas diversos que nos levam aos lugares que ansiamos. Devemos respeitar a
diversidade. A arte é um desses veículos
condutores e a música é a nossa ideologia.
RtM: “Black Oasis” é uma das que mais me chamou atenção, pelas variações e pela bela letra: “In the desert,
resisting to all tasks, were no table to see the real dange walking beside,
turning their thoughts against themselves.” Fale-nos um pouco mais sobre
esta canção.
Karol: Bem, Ian foi
quem a compôs integralmente, mas o que posso dizer como interprete é que a
música em si trata justamente de demonstrar aquilo que disse sobre as
ideologias variadas, a diversidade e o erro em tentarmos impôr sobre a
sociedade um único e exclusivo pensamento ou meio de vida como sendo o correto.
Por este motivo a frase final desta canção foi a escolhida para nomear nosso
álbum. “Dream For Eternity...”
RtM: “Elvish Night” traz um clima bem medieval,
me lembrando Blackmore’s Night, sendo um momento de mais “calmaria”, mostrando
bem a diversidade do álbum.
Karol: “Elvish Night”
foi feita em um momento crucial para o projeto, pensávamos se ainda o
levaríamos adiante ou não por conta dos rumos em que a vida nos levava, cada um
para um canto. A intenção realmente foi
de demonstrar a diversidade de nossas influências, bem como a música medieval e
antiga, uma paixão particularmente minha.
RtM: E você? É uma pergunta que pode ser difícil, mas você tem suas canções preferidas no álbum? Qual a que você mais gosta de cantar?
Karol: Nossa... Essa
é difícil! Tenho sim! Gosto de todas! É muito difícil destacar uma ou outra!
Mas creio que a mais marcante para mim tenha sido “The Voice Beyond”, a
primeira canção que gravamos com a LOA. Pela alegria em ter concordado com o
Ian em criarmos este projeto e esta ter sido a primeiraa canção na qual
oficialmente entramos em estúdio para gravar quando decidimos em lançar o EP e
posteriormente o álbum.
RtM: E sobre sua influências pessoais? Quem lhe
incentivou a iniciar na música, suas inspirações?
Karol: Como já disse,
sou apaixonada por Montserrat Caballè! Mas creio que, pessoalmente falando,
minhas principais influências tenham sido minha avó Zenilda Schmidt (soprano) e
meu já falecido avô, que também era músico, Frederico Schmidt. Foi ele quem me
ensinou as primeiras canções, as primeiras notas e a amar a música, devo muito
à ele e minha avó por esse amor incondicional pela música. Pois hoje sem ela
não sei o que seria da minha vida! Cantar para mim é como respirar: se não
puder fazer isso eu morreria.
RtM: Karol, obrigado pela atenção, parabéns mais
uma vez pelo álbum, e fica o espaço para sua mensagem aos fãs.
Karol: Eu quem
agradeço! E aos amigos e todos que acompanham nosso trabalho nossa eterna
gratidão! E tenham por certo que enquanto houver uma pessoa nesse planeta que
pare para ouvir aquilo que compomos com tanto carinho certamente continuaremos
dando o melhor de nós! Um grande abraço para todos vocês e para o pessoal da
Road to Metal! É isso aí gente, stay metal! E "in bocca al lupo"!Entrevista: Carlos Garcia
Edição: Carlos Garcia
Um comentário:
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