O dia 22/03 reservou muitas
emoções para os amantes da guitarra, pois Porto Alegre/RS recebia neste dia a
lenda Marty Friedman, mais conhecido pelos seus trabalhos no Megadeth e
Cacophony.
O local escolhido para o workshow
foi o Batemacumba, casa não tradicional em eventos de peso, porém uma escolha
acertada, para um público seleto, que se misturava entre músicos e fãs.
Antes da casa abrir era hora do
Meet and Greet com os fãs que compraram o ingresso especial, então era possível
ver já a ansiedade do pessoal que aguardava e muitos vinis e guitarras para
serem autografados.
Não demora muito para Marty
chegar ao local e passar tranquilamente por todos, muitos extasiados não
tiveram reação outros o cumprimentaram, mas sim, a lenda estava ali e parecia
surreal.
Com o inicio do Meet and Greet
foi possível ver um músico extremamente atencioso e humilde, conversando com os
fãs, dando autógrafos distribuindo algumas palhetas, algo quase inimaginável,
principalmente para esse que vós escreve fãs desde adolescência de Megadeth e
Cacophony, e estando ali conversando e tirando fotos com Marty, esbanjando
simpatia.
Pois bem, pós esse momento nostálgico
era hora de ver o mestre em ação, que entra em cena pontualmente, chegando ao
microfone e arriscando alguns palavrões em português como: “foda, foda” (risos
gerais) sendo extremamente ovacionado e tocando logo de cara “Ballad of the
Barbie bandits” e “Hyper Doom”.
Após mostrar claramente que é um
dos melhores e mais influentes guitarristas do mundo, é apresentado o tradutor,
onde Marty abriu a sessão perguntas para os fãs, e claro muitas delas
relacionadas ao Megadeth e Cacophony.
Mas é óbvio que uma pergunta não
poderia faltar, se ele retornaria ao Megadeth, e antes do fã terminar a mesma,
Marty já se antecipou e disse que não retornaria, até mesmo confirmou que sim,
foi procurado pelo Mustaine após a saída de Chris Broderick, pois são muito
amigos ainda, e achou normal ser procurado, porém enfatizou que, não é porque
um músico deixa a banda que uma vaga se abre.
Respondeu também a diversas
perguntas sobre o Cacophony, inclusive sobre as tais notas “exóticas” que tanto
dizem que ele usa na guitarra, mas mostrou certa surpresa em os fãs acharem
isso, pois quando está criando não pensa em ser exótico ou não, apenas pensa na
melodia e tudo sai naturalmente.
Também respondeu sobre seu amigo
Jason Becker, e contou uma curiosidade, que quando conheceu Becker, Marty já
estava com seu disco solo pronto, mas ao ver o talento e a pessoa incrível que
Jason era, acabou dando um jeito de colocar ele pra tocar junto, sendo assim,
nascia o clássico “Speed Metal Symphony” do Cacophony.
Ao meio a tantas perguntas o
workshow continuou que foi focado somente em sua carreira solo (mais
precisamente nos discos mais atuais), tocando temas como “Stigmata Addiction”, “Meat
hook”, “Inferno”, “Undertow” e etc.
Ao final de sua apresentação foi
pedido que tocasse algo do Megadeth, então a intro de “Tornado Of Souls” entra
em cena, mas não por completa, até porque como o próprio Marty disse aos fãs,
que olhar para o passado seria impedir a evolução.
Mais um grande evento realizado
pela Pisca Produtora, onde trouxe não só um músico, mas uma lenda, uma pessoa
de grande carisma e humildade, claro que fez falta um som ou outro do Megadeth
ou Cacophony, mas mesmo tocando só seu material solo encantou os presentes,
com todos saindo impressionados com o grande gênio que tinham acabado de ver.
Cobertura por: Renato Sanson
Fotos: Uillian Vargas
Setlist:
Ballad of the Barbie bandits
Hyper Doom
Amagi Goe
Stigmata Addiction
Meat hook
Inferno
Devil take tomorrow
Undertow
Amazing grace
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