Quando
escolhemos alguma coisa ou tomamos uma decisão em nossos caminhos, por vezes
não sabemos se estamos fazendo a coisa certa, afinal, na vida sempre temos que
arriscar a diversas coisas, independente do que pode acontecer e o que pode
ficar pra trás, já que não há jeito de voltar atrás nas escolhas. Neste reduto, os
cariocas do Pagan Throne soltam, após 5 anos de espera, “Swords Of Blood” (2015),
sucessor do ‘debut’ álbum “The Way To The Northern Gates” (2010).
Apesar de um
período longo de inatividade, o quinteto não perdeu a sua personalidade diante
da fúria e da agressividade do Black Metal, não precisando necessariamente soar
ríspido e sujo como a maioria das bandas do gênero efetua muitas vezes, pois o
que os Pagans fazem é uma coisa totalmente dinâmica, colocando cadência e
melodia (principalmente nos vocais) em vários momentos, maneira não se prender
a tradicionais clichês. E uma das relevâncias do grupo é a estética Viking, que
perdura desde o inicio da carreira.
A produção do
álbum foi assumida pelo baixista Eddie Torres, que ficou primorosa e bastante vívida, onde o mesmo soube dividir os momentos mais agressivos e requintes em
todas as canções. E o resultado que temos é de uma sonoridade limpa e
coesa neste trabalho, tendo a sensação de que é uma banda gringa
disponibilizando ótimas timbragens de guitarra e uma pegada animal de bateria.
O layout foi explanado pelo artista Marcus Lorenzet, que fez toda a arte do
disco seguindo a raízes do grupo.
Iniciando com
‘Invasion’, temática introdução guerrilha, o disco já começa de forma abrasiva
com a faixa-título, ‘Swords Of Blood’, que enverga timbres agressivos e vocais ásperos,
além de performances rítmicas precisas e rápidas; “Fallen Heroes” mostra uma
energia poderosa nos primeiros momentos, mas que surpreende através de uma
atmosfera bastante climatizada, que são dosadas pelas melodias de teclado e
deleitosos solos de guitarra.
O grande
destaque fica por conta de “Best Of The Sea”, que ostenta riffs marcantes e
pesados, e gruda rapidamente na cabeça, e podemos perceber uma forte influência de
Metal tradicional e até mesmo do Thrash Metal. “Kingdon Rises” patenteia o lado
Viking da banda através do instrumental, havendo bastante teclado em boa parte
da música, e ganhou um reforço extra com o belo vocal da Vivi Alves;
“Dark Temples” é uma instrumental homogênea e agradável, elevada pelas
melodias de guitarra e os ótimos acordes de baixo. E o disco encerra com a
versão acústica da “Pagan Heart”, presente no EP de mesmo nome, juntando
elementos nórdicos altamente postados, dando aquele ar cinematográfico.
Espero que não demorem
tanto para lançar um novo disco como foi em “The Way To The Northern Gates”,
pois “Swords Of Blood” mostra uma evolução significativa, que deve aumentar cada
vez mais nos próximos trabalhos.
Texto: Gabriel Arruda
Fotos: Divulgação
Revisão/Edição: Carlos Garcia
Ficha Técnica
Banda: PaganThrone
Álbum: SwordsOfBlood
Ano: 2015
Estilo: Pagan Black Metal
Gravadora: Eternal Hatred Records
Formação
Rodrigo Garm
(Vocais)
Raphael Casotto
(Guitarras, violões)
Eddie Torres
(Baixo, violões)
Hage
(Teclados)
Alexandre
Daemortiis (Bateria)
Track-List
1. Invasion
2. SwordsofBlood
3. Ritesof War
4. FallenHeroes
5. NorthernForests
6. BeastoftheSea
7. KingdomRises
8. DarkTemples
9. Path ofShadows
10. Pagan Heart
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