Resenha por: Renato Sanson
O Black Metal nacional sempre foi
rico e ao mesmo tempo diversificado, se temos bandas que soam tão ríspidas e
angustiante quanto o estilo pede, também temos as que se baseiam em nossas
culturas e trazem ao estilo mais obscuro da vertente todos esses elementos que
só engrandecem a nossa musicalidade extrema.
O Miasthenia de Brasília traz em “Antípodas”
(17) a sonoridade obscura do Black Metal aliado a temas sul-americanos, como o próprio
nome do álbum mostra, já que antípodas é uma palavra que se refere as regiões
do outro lado do mundo, mostrando como os cristãos da Europa enxergavam os
povos da América do Sul.
A musicalidade em si vai além do
Black Metal, pois a veia Pagã é muito forte, o que deixa sua música
diversificada e ao mesmo tempo agressiva, onde os climas de teclados criados
pela vocalista Hécate são formidáveis, assim como suas linhas vocais que narram
cada acontecimento com a emoção necessária de cada faixa. Os riffs e solos são
muito bem explorados e dão a sinergia ideal com as linhas de bateria.
O 5° disco de estúdio dos
brasilienses solidifica ainda mais o nome do Miasthenia no topo do Metal
Extremo nacional, com uma sonoridade bem peculiar e abordando temas da nossa
terra com muita inteligência e perspicácia.
Links:
Formação:
Hécate - Vocais, teclados
Thormianak - Guitarras, baixo
Nygrom - Bateria
Tracklist:
1. Ymaguare
2. Novus Orbis Profanum
3. Conjupuyaras
4. Antípodas
5. Ossário
6. 1542
7. Araka’e
8. Bestiários Humanos
Nenhum comentário:
Postar um comentário