sábado, 1 de setembro de 2018

Entrevista - Bloodwork: Death/Splatter Metal Insano!




Fundada em Dois Irmãos (RS) em 2004,  inicialmente chamada Putrid Splatterred, a a banda teve um hiato até 2007, quando retornam com nova formação e adotam o nome Bloodwork.
O Bloodwork  carrega consigo o peso e a tradição Gaúcha de gerar excelentes bandas de Metal Extremo, e não vem decepcionando. Chega agora ao seu segundo full-lenght, "Feed On The Dead", com seu Death/Splatter recebendo uma resposta muito positiva de crítica e público.

Conversamos com o vocalista e fundador Fabiano, para trazer à vocês um pouco mais sobre eles, o novo álbum e os planos para expandir o nome do Bloodwork. Confira!


RtM-Após o lançamento de “Feed On The Dead”, como tem sido a receptividade do público e mídia?
Muito positiva Marcello! A resposta do público com o novo álbum tem sido extremamente gratificante...que na real, é o que move a máquina! É o que faz a coisa ter sentido, sabe? Nos passando detalhes os quais temos certeza que gostaram sim do álbum! O retorno da mídia também tem sido muito positivo! Todos os veículos de comunicação gostaram do álbum, o que nos deixa muito orgulhosos do trampo!

RtM-Quais as principais diferenças entre “Just Left Me Rot” e “Feed On The Dead”, tanto na parte musical como produção? Os objetivos foram alcançados?
Cara...acho que houve uma evolução natural nesses dois aspectos (Musical e Produção), assim como haverá no próximo álbum, entende? A parte de composição ficou mais madura (músicas e letras), no que se refere à organização, saca? Tudo no seu devido lugar e tal...na produção, no nosso entendimento e na resposta que estamos tendo, houve um salto de qualidade, o que deixou a banda tranquila, pois ficou tudo exatamente como queríamos! Sim, os objetivos foram alcançados!

"...Uma boa produção destaca o trabalho da banda e entrega qualidade ao público. ..vários álbuns clássicos não tiveram a produção merecida."
RtM-Nota-se uma excelente produção no álbum. Vocês acham que o Death Metal tem que apresentar essa produção limpa em detrimento de produções mais cruas à moda antiga?
Olha, eu pessoalmente prefiro a coisa bem produzida, mas isso vai de cada um e da proposta da banda! Acho que com uma boa produção você destaca o trabalho da banda e entrega qualidade ao público. Mas respeito quem pensa diferente...vários álbuns clássicos não tiveram a produção merecida...talvez pelos recursos à época ou por opção mesmo. Hoje, os recursos e os conhecimentos avançaram muito e acredito que precisam ser explorados!

RtM-O conteúdo das letras da BLOODWORK é extremamente escatológico e insano. E em “Feed On The Dead” segue a linha: quanto mais doentio, melhor. A intenção da banda é realmente chocar o ouvinte com tanta poesia gore? Quem é o responsável por essa sanguinolência??
Exatamente! Quanto mais doentio, melhor! Gostamos disso! Nos divertimos assim! Sim, queremos que as pessoas sintam nojo e fiquem desconfortáveis quando pegarem o CD na mão e olharem a capa, abrirem o encarte e lerem os títulos e as letras...se possível chorem e não durmam a noite (HAHAHAHAHAHAHAHA). O Rafael Lubini (guitarra) é a mente doentia por trás das letras (já falamos para ele procurar ajuda...), exceto “MAYHEM HYSTERIA” e “CHAINSAW MASTURBATION” que são minhas e “KEEP MY MEAL ALIVE” que é do Henrique Joner (baixo).

RtM-Com o lançamento do debut a banda teve uma boa exposição e notou-se uma boa exposição no Underground, angariando bons shows pra si. A ideia é alavancar ainda mais essa exposição com o novo álbum? De que forma?
Sim! Com certeza! Queremos tocar cada vez mais e onde for possível! Tocamos bastante aqui no estado e os planos são que “FEED ON THE DEAD” nos abra novas oportunidades aqui e fora do RS! Queremos muito tocar em SC, PR, Sudeste...Região Nordeste que são lugares com cenas incríveis também...galeras que curtem o som extremo e pelo que observamos, valorizam bandas que vão até lá para lhes entregar esse som extremo! Para isso, estamos nos organizando para ter um Booking a nos ajudar com agenda de shows e tal. Acreditamos que 2018 será tão bom ou melhor que 2017 foi para a banda!


RtM-Percebe-se que a BLOODWORK bebe diretamente da fonte do Death Metal americano. Seria esta a escola que mais serviu/serve de inspiração para vocês?
Olha...acho que essa sua afirmação deve-se diretamente aos vocais, porque sou muito influenciado por bandas como CANNIBAL CORPSE, MORBID ANGEL, SIX FEET UNDER, DEICIDE...influência esta que exploro sem pudor nenhum, pois são grandes bandas com excelentes vocalistas. Mas acredito que mesclamos bem o DEATH METAL AMERICANO com o DEATH METAL EUROPEU! Com certeza você encontrará também influências de BENEDICTON, ENTOMBED, EXHUMED e CARCASS que é uma banda que curtimos muito!!! Todos na banda gostam de DEATH METAL, seja ele Yankee ou do Velho Mundo! O Rafael Lubini (guitarra) e o Felipe Nienow (bateria), que são os principais compositores da banda, gostam bastante do DEATH METAL EUROPEU também.

RtM-A banda tem algo já em mente para lançar “Feed On The Dead” na gringa? Já receberam convites para gigs nos países da América do Sul ou sondagens de EUA/Europa?
O álbum “FEED ON THE DEAD” foi lançado pela Eternal Hatred Records e MS METALAGENCY BRASIL, que cuida de toda divulgação da banda. A distribuição é com a Voice Music e alguma coisa diretamente com a banda. Foram enviadas cópias para América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e Oceania, com retorno positivo! Sobre tocar “lá fora”, sempre foi um sonho pra gente cara, mas sabemos que não é tão simples assim...tudo envolve custos, organização, agenda, etc...mas estamos abertos a propostas sim, com certeza!!!

RtM-O que vocês podem nos adiantar sobre os próximos passos da banda nos próximos meses em relação a shows, enfim, a agenda da banda?
Retomamos os trabalhos em ABRIL/18, depois de um período de “férias mais longas”, pois da metade do ano passado até o final, tocamos bem...praticamente um show por mês. Estamos ensaiando para alguns shows marcados para o mês de JULHO/18. O restante do ano está em aberto e justamente isso vai de encontro à necessidade de organizarmos esse lado com um Booking!


RtM-Por favor, deixe-nos seu recado aos gore maníacos que apreciam a banda ou àqueles que não a conhecem e certamente ficarão curiosos por sacar o som da Bloodwork. Por fim, agradeço a menção no encarte do cd, com o Marcello Bacon (hahahahahaha!!!)
Bom, gostaríamos de agradecer ao apoio que recebemos de todos com o lançamento de “FEED ON THE DEAD”!!! É extremamente gratificante ver o reconhecimento do trabalho pelo público e mídia, que como mencionei antes é o que faz valer a pena! É por isso que a roda gira! Esse apoio tem sido constante desde as DEMOS e depois também com “JUST LET ME ROT” e isso só nos faz acreditar mais e mais! Estamos trabalhando em novas composições para o futuro, assim como novos “covers” que sempre agradam a galera! Os shows prometem! Em relação a menção no encarte do álbum (Marcello And Bacon), foi a forma que encontramos de agradecer a tua força e apoio com a gente! Amizade forte e sólida que carregaremos para o resto de nossas vidas...tipo o bacon, que gostamos bastante!!! (HAHAHA)

RtM-Obrigado pela entrevista.
Nós que agradecemos por mais essa oportunidade!!! Nos vemos nas podreiras por aí!!!


Entrevista: Marcello Camargo
Edição e revisão: Carlos Garcia

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