Por: Renato Sanson
Fotos: Uillian Vargas
O dia 27/04 marcou a capital gaúcha pelo encontro histórico entre os vocalistas U.D.O. (ex-Accept) e Tim Owens (ex-Judas Priest). Tim retornava ao RS depois de 6 anos de sua última passagem e retornava ao Bar Opinião depois de 22 anos quando se apresentou ao lado do Judas em 2001.
Já o Metal Heart U.D.O. debutava
em solo gaúcho e os fãs estavam fervorosos por esse encontro, já que para
muitos ele é o próprio Accept.
Com um ótimo público presente,
pontualmente as 21h as luzes se apagam e Tim ‘Ripper’ inicia seu show de forma
espetacular, já que o set em questão seria apenas de clássicos do Judas Priest,
tanto de sua Era como da de Halford, e nada melhor que “Metal Gods” iniciar os
trabalhos e levantar o público!
Logo em seguida tivemos a clássica pergunta de Tim: “What's my name”? E todos já sabiam que “The Ripper” daria as caras de forma magistral. Assim como “Burn In Hell” (que pertence a sua fase com o Judas no incrível “Jugulator” – 97) veio em um clima apocalíptico sendo um dos melhores momentos do show e mostrando que Tim Owens segue em ótima forma vocal, com seus agudos estridentes incrivelmente altos e afinados.
Um set especial ao Judas Priest
não poderia faltar a emblemática “Painkiller” e que vale destacar a excelente
banda de apoio (que tiveram a árdua missão de ser de ambos os vocalistas)
formada por: Wagner Rodrigues e Johnny Moraes (Hevilan) nas guitarras e Fabio
Carito (baixo) e Marcus Dotta (bateria), tocando fielmente cada nota e deixando
o clima ainda mais arrebatador.
“Hell Is Home” de sua época com “Demolition”
(01) deu as caras e sendo uma das melhores músicas do Judas até hoje, mas
negligenciada pela banda após a saída de Owens. Assim como “One On One”,
levantando a galera e ressaltando a importância de sua época na banda britânica.
Tivemos ainda “Hell Bent For Leather” e o encerramento com a clássica “Electric Eye”. Ainda aos gritos dos presentes de: “Ripper, Ripper, Ripper” o mesmo anuncia que agora é a hora do U.D.O. e o baixinho entra em cena para delírio dos fãs ávidos por sua passagem pelo Accept.
“Starlight” abre os caminhos para deixar o público alvoroçado e cantando a plenos pulmões e sem tempo para
respirar: “Living For Tonight”, “Midnight Mover” e “Breaker” chegam como um
furacão e lavam as almas dos fanáticos pela sua fase de ouro na banda alemã (me
incluo neles!).
O carisma e a simples presença de palco do baixinho é contagiante e com poucas palavras ganha os fãs, até mesmo quando cometeu uma pequena “gafe” dizendo que era um prazer estar retornando a Porto Alegre, sendo que o mesmo nunca tinha tocado aqui, mas nada que estragasse um momento tão mágico e único de assisti-lo. Para na sequência irmos as lágrimas com “Princess Of The Dawn”, “Fast As a Shark” e “Metal Heart”!
Finalizando obviamente com seu
maior clássico: “Balls To The Wall”. Para fechar com chave de Metal, U.D.O.
chama ao palco Tim ‘Ripper’ e ambos nos proporcionam mais dois clássicos do
Judas, as batidas, mas não menos empolgantes, “Breaking The Law” e “Living After
Midnight”.
O som estava satisfatório, com alguns pequenos problemas que foram ajustados no decorrer, mas nada que estragasse o espetáculo. A iluminação de certa forma também satisfatória, mas o excesso de luzes vermelhas e gelo seco estraga a visão até mesmo de quem está assistindo, agora imagina para os fotógrafos. Fica a dica.
Uma noite dedicada aos clássicos
em Porto Alegre que valeu cada segundo.
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