A banda sueca de metal sinfônico Therion retornou ao Brasil no dia 11 de setembro para apresentação única. O show em São Paulo marcou o início da turnê latino-americana, que inclui outros sete países além do Brasil.
Conhecidos por mudar de estilo musical ao longo de sua carreira e agregar ao seu som letras que abordam de mitologia e ocultismo à magia e antigas tradições, os suecos chegaram para promover o lançamento do seu 19º álbum de estúdio, “Leviathan III”, lançado em dezembro de 2023 e que fechou a trilogia de álbuns Leviathan.
Sem show de abertura, a banda subiu ao palco do Carioca Club pontualmente às 20:30, conforme previsto pela produção. Liderados pelo guitarrista Christofer Johnsson, o line-up contou com Thomas Vikströn (vocal), Chris David (baixo e que também toca nas bandas Majestica e Wizdoom), Lori Lewis (vocal, que retornou para essa tour, devido aos problemas de saúde de Chiara Malvestiti, que também se tornou mãe recentemente), Rosalia Sairem (vocal), Christian Vidal (guitarra, também membro das bandas Full Nothing, Soul Kick e Patricia Sosa) e Sammi Karppinen (bateria).
É importante dizer que o line-up da banda tem alterações constantes e que nem sempre os músicos responsáveis pela gravação dos álbuns são os mesmos que participam das apresentações ao vivo, algo comum em bandas da magnitude do Therion.
O set foi aberto por “Seven Secrets of the Sphynx”, do álbum Deggial. Seguido por “The Crowning of Atlantis”, a dobradinha foi suficiente para levar o público presente ao êxtase. “Ruler of Tamag” foi a primeira música do álbum da tour em questão a ser executada. Apesar de ser relativamente “novo”, os presentes pareciam estar familiarizados e receberam bem as músicas mais novas.
“Ginnungagap” do álbum Secret of the Runes manteve a empolgação do público. O set deu sequência passando por várias fases da banda, com destaque para “Nigikal” e “Typhon” que contam com vocais guturais e refrões marcante e, “Clavicula Nox” e “Black Sun” do magnifíco álbum Vovin.
Com aproximadamente uma hora de show, “El Primer Sol” deu uma esfriada na audiência, mas isso não durou muito, pois a belíssima “Litany of the Fallen” energizou novamente o Carioca Club.
As vocalistas Rosalia e Lori são um destaque à parte. Extremamente talentosas e afinadas, ambas apresentaram performance impecável. Isso foi notado principalmente em “Eye of Algol”, onde Rosalia impressionou com sua interpretação e potência vocal.
“Mark of Cain” foi anunciada por Lori, que mencionou que a canção poderia ter entrado no álbum "Vovin", mas segundo Christofer Johnsson, sua sonoridade talvez não se encaixaria naquele álbum, então acabou entrando para o Crowning of Atlantis. Com riffs que beiram o hard rock, foi uma das músicas em que o público mais agitou.
Seguindo com “Tuonela”, “Ayahuasca”, “Wine of Aluqah”, “Nightside of Eden” (ovacionada pelo público e introduzida com um mini solo de bateria) o show ia se encaminhando ao fim, mas não sem antes a banda apresentar a música obrigatória em suas tours na América Latina desde 2005, “Quetzalcoatl” do álbum Lemuria.
“Lemuria”, “Sitra Ahra” e o super hit “To Mega Therion”, que foi cantado em uníssono pelos fãs, encerraram o show. Ou ao menos era isso que a banda queria que os fãs pensassem… Voltando para o encore, com direito a coro do público, “The Rise of Sodom and Gomorrah” e “Son of the Staves of Time” finalizaram a apresentação, que durou mais de duas horas.
Assim foi o show do Therion, em sua décima passagem pelo Brasil. Essa foi uma oportunidade ainda mais especial, pois no mesmo dia em que o show ocorreu, Christofer Johnsson anunciou na página oficial do Therion no Instagram, que a banda não voltará a fazer tours até 2029, visto exceções com uma apresentação ou outra em festivais.
Sem dúvidas, foi uma noite muito especial e que não sairá da memória e do coração dos fãs presentes tão cedo.
Um comentário:
LEGAL 》》》♤《《《
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