O álbum em foco nesta resenha é o segundo lançamento da banda (sem levarmos em conta a demo “The Killera Sword”, de 85), “Theatre of Fate”. Mas o que os fãs esperavam deste lançamento?
“Soldiers of Sunrise”, o primeiro álbum do conjunto, foi lançado em 1987 e é uma verdadeira porrada (ouçam para ter certeza de que o Harley aqui não está maluco), com passagens super intrincadas e bateria com muitas quebras de andamentos, tornando muito comum que o Viper fosse chamado de “Iron Maiden Brasileiro”.
Assim, quando “Theatre of Fate” foi finalmente lançado, em 1989, o espanto foi grande: o Viper trazia mudanças, sejam elas na formação - com a saída do baterista Cássio Audi (um dos grandes responsáveis pelo peso do primeiro disco) e a entrada de Guilherme Martins, que completaria a formação com André Matos (vocal aos 17 anos ), Yves Passarel (guitarra), Felipe Machado (guitarra) e Pit Passarel (baixo) - ou mudanças na sonoridade do grupo, que apresentava uma banda mais madura e com flertes com a musica clássica.
“Ilusions” abre o álbum, uma bela introdução que, em minha opinião, é muito mais climática que “Unfinished Allegro”, do álbum “Angels Cry”, lançado pelo Angra, em 1992 (banda de que André Matos participaria anos mais tarde).
Logo depois, os pratos da batera de Guilherme iniciam a maravilhosa “At Least a Chance”, com guitarras inspiradas e arranjos que mostram uma grande dose de musica clássica, seguidos de um teclado ao fundo e vocais “lá em cima” - nada mais do que André na sua melhor forma. Escute essa faixa e, logo em seguida, “Angels Cry”, e note a semelhança da construção da melodia de ambas.
“To Live Again” é Viper para bater cabeça, rápida, com guitarras na linha de frente e uma melodia perfeita. Sem comentários.
“Cry From The Edge” foi a faixa escolhida para ganhar um vídeo-clipe. Sua introdução pode até passar a sensação de que a canção é uma balada, mas, ao passo em que vai tomando forma, demonstra logo por que os caras do Viper eram mestres na junção de peso e melodia.
O que falar de “Living For The Night”, música até hoje executada pelo André em sua carreira solo, além de ser o nome do DVD de comemoração aos 20 anos da banda? Sua letra é um hino de guerra do headbanger brasileiro. Clássico absoluto.
“Prelude To Oblivion” inicia-se com um belo coro de vozes e com André usando tons muito altos, mostrando que sua técnica e conhecimento nos estudos de música clássica já eram bem elevados.
Faixas-título sempre chamam mais atenção, e com “Theatre Of Fate” não é diferente. A música mais longa do álbum mantém o nível elevado do disco, com passagens que flertam com o Prog Metal.
Valeu, bangers...
Texto: Harley
Revisão do Texto: Yuri Simões
Fotos: Divulgação
Integrantes
Andre Matos (vocal)
Pit Passarell (baixo)
Felipe Machado (guitarra)
Yves Passarell (guitarra)
Guilherme Martins (bateria)
Faixas
1. Illusions
2. At Least a Chance
3. To Live Again
4. A Cry From the Edge
5. Living for the Night
6. Prelude to Oblivion
7. Theatre of Fate
8. Moonlight
Veja o video-cilpe de "A Cry From the Edge"
http://www.youtube.com/watch?v=vj4Qo67GANw&feature=player_embedded
2 comentários:
Viper é Viper!!! Sou de 80 e ouvi com 9 anos esta banda... até hoje curto mostrar pra alguns novos no rock músicas do viper, que obviamente eles nao conhecem, e quando digo que são brasileiros o queixo deles caem!!! VIPER É SHOW!
classico demais daquele album que a gente ouve apenas a copia para não estragar o original hahahahha
Postar um comentário