Fundada em 2012, o Lyria é uma banda que apresenta um excelente potencial e maturidade, fazendo um Metal Alternativo/Sinfônico temperado por influências que vão do Thrash ao Gothic Metal e Industrial, apresentando arranjos criativos e boas ideias, mostrando bastante personalidade e competência. (English Version Here)
Com a bela voz da mezzo soprano Aline Happ, aliada a dupla Eliezér e Thiago Zig, o grupo agora quer continuar divulgando seu álbum de estreia, "Catharsis", lançado no final do ano passado, por meio de uma bem sucedida campanha de crowdfunding, que contou com colaboradores de diversos países, mostrando que a banda já desperta o interesse também em outros territórios.
Conversamos com a fundadora Aline Happ para saber um pouco mais da banda, do álbum de estreia e planos, e de quebra, no final da entrevista você confere resenha de "Catharsis"! Confira esta matéria/entrevista bem especial com esta promissora banda!
RtM: Para quem
ainda não conhece a Lyria, você poderia fazer um breve histórico da banda?
Aline Happ: Olá, obrigada pela entrevista! Somos uma banda de metal alternativo sinfônico do Rio de Janeiro. Fundei a banda em 2012 e em 2013, Eliezer (bateria) e Zig (baixo) entraram para a banda. Em 2014, lançamos nosso primeiro álbum, “Catharsis”, através de uma campanha de crowdfunding. =)
Aline Happ: Olá, obrigada pela entrevista! Somos uma banda de metal alternativo sinfônico do Rio de Janeiro. Fundei a banda em 2012 e em 2013, Eliezer (bateria) e Zig (baixo) entraram para a banda. Em 2014, lançamos nosso primeiro álbum, “Catharsis”, através de uma campanha de crowdfunding. =)
RtM: Final do ano
passado foi lançado o seu debut, “Catharsis”. Já deu pra mensurar a repercussão
do álbum? O retorno está dentro do esperado? Vocês já conseguiram ter um
retorno de quais as músicas estão tendo maior destaque entre os fãs?
Aline: Se tivéssemos
algum tipo de publicidade, sei que poderíamos espalhar a notícia para mais
pessoas e mais rapidamente. Mas o retorno tem sido ótimo, muitas pessoas têm
comprado o álbum, principalmente o físico e temos recebido feedbacks muito
bons. Difícil dizer quais músicas têm mais destaque, pois cada pessoa fala uma
coisa, hehe. Mas posso dizer que o clipe de “Jester” tem agradado bastante, até
passou na TV, no canal PlayTv =).
RtM: Pessoalmente,
gostei bastante das músicas “Jester”, “The Phoenix Cry” e “The Phoenix
Rebirth”, e gostaria que você comentasse um pouquinho mais sobre elas,
conceito...letra.
Aline: “Jester” é
sobre uma pessoa que ao ser questionada por certa falta de atitude, ficou
bastante irritada e preferiu se isolar e não rever suas atitudes.
“The Phoenix Cry” e “The Phoenix Rebirth” são interligadas. A primeira nos mostra alguém que se sacrifica pelo mundo, que está cansado de tanta violência e caos. Já a segunda é a continuação da primeira, mostra essa alma torturada e o desejo e a força de vontade dela de se reerguer.
“The Phoenix Cry” e “The Phoenix Rebirth” são interligadas. A primeira nos mostra alguém que se sacrifica pelo mundo, que está cansado de tanta violência e caos. Já a segunda é a continuação da primeira, mostra essa alma torturada e o desejo e a força de vontade dela de se reerguer.
RtM: A banda faz um
Metal Sinfônico mesclando momentos mais melódicos, mas também com músicas mais
pesadas, lembrando-me alguns ícones do estilo, como Nightwish, Within
Temptation e Tristania dos primeiros álbuns. Como influências principais e
inspirações que contribuíram para forjar a sonoridade do Lyria, que bandas ou
artistas você citaria?
Aline: São muitas! Nightwish com a Tarja, Epica, Evanescence, Within Temptation, Metallica, After Forever, Black Sabbath e muitos outros.
Aline: São muitas! Nightwish com a Tarja, Epica, Evanescence, Within Temptation, Metallica, After Forever, Black Sabbath e muitos outros.
RtM: E neste
concorrido cenário, o que vocês acreditam que possa ser o diferencial do Lyria
para se destacar?
Aline: Nós gostamos do que fazemos e investimos tempo
nisso. Colocamos verdade nas músicas e acredito que temos composições que vão
agradar ao público, tanto o nicho de metal sinfônico como em outros estilos,
justamente por não sermos metal sinfônico “puro”. Gostamos de manter contato
com os fãs, de mantê-los atualizados e entretidos.
RtM: Percebi que a
banda tem essa preocupação de apresentar novidades, trabalhar a divulgação,
tendo inclusive lançado um vídeo oficial com uma boa produção, além de algumas
outras ações, como a venda de alguns produtos, como letras das músicas escritas
a mão e com dedicatória. Ideia bem legal, inclusive lembro que a Anneke fez
isto também. Como tem sido o retorno dessas ações?
Aline: Obrigada! O pessoal tem gostado bastante e é
sempre um prazer apresentar novidades ao público. Eu adoro escrever as letras e
autografar os produtos.
RtM: Poderia nos
contar um pouco mais a respeito da produção do álbum “Catharsis”, e também como
funciona o processo de composição dentro da banda?
Aline: Bom, o álbum foi gravado em uma semana, haha.
Íamos todo dia de manhã para a casa do produtor e saíamos de lá já tarde da
noite. Mas todo o esforço valeu a pena. Nosso produtor fez um ótimo trabalho.
Em relação às composições, a maioria parte de mim, eu venho com a melodia , às
vezes com a melodia e a letra, as vezes com uma letra e aí criamos o
instrumental e depois a melodia juntos.
RtM: E o cenário
para as bandas independentes, principalmente, o que melhorou, o que piorou? Inclusive
pelo fato de que é difícil cobrir as despesas somente com venda de CDs, e além
disso os shows também podem ser raros, pois muitas bandas vivem dos shows ao
vivo e novas bandas nem sempre conseguem ter condições ou apoios para isso.
Aline: Alguns produtores querem que você toque de graça ou até mesmo pague para tocar
em locais horríveis, outros não querem nem ouvir seu material se você diz que é
autoral, assim como muitas pessoas preferem ouvir covers por já conhecerem as
músicas. Mas felizmente também tem muita gente fazendo um trabalho sério e
ajudando na divulgação das bandas autorais da maneira que for possível, além de
um público aberto a novidades.
RtM: E você Aline,
quais suas influências pessoais, como começou a cantar e quem lhe incentivou no
início?
Aline: Evanescence, Epica, Nightwish com a Tarja, After Forever, Sarah
Britghtman... e muitas outras. Sempre gostei de cantar, desde pequena assistia
aos desenhos da Disney em que as princesas cantavam e eu queria fazer o mesmo. Aos
13 anos comecei aulas de canto por incentivo da minha mãe.
RtM: E as
influências dos demais integrantes? E como se iniciaram na carreira musical?
Aline: Eliezer
(bateria) toca desde os 13 anos. Já teve diversas bandas e tocou na noite.
Sempre gostou de Rock e Metal. Zig começou a tocar baixo entre os 13/14 anos e
teve bandas autorais de metal, já tocou na igreja e também em bandas de festa.
Quando começou a tocar, tinha muitas influências do Metal Progressivo
RtM: Aline, Obrigado pela
atenção, fica o espaço para a sua mensagem final aos leitores!
Aline: Obrigada!
Espero que vocês tenham curtido a entrevista! Se quiserem saber mais de mim e
do Lyria, seguem aqui os links:
facebook.com/alinehapp
Facebook.com/lyriaband
Entrevista: Carlos Garcia
Resenha do Ábum
"Catharsis" - Uma Estreia Promissora que Mostra uma Banda de Potencial
Criada pela vocalista Aline Happ em 2012, o Lyria traz em sua sonoridade elementos do Metal Sinfônico de bandas como Epica e Nightwish, mas também de um lado mais moderno e alternativo de bandas como Evanescence, onde podemos ouvir esses elementos sinfônicos tradicionais mesclados a passagens industriais/alternativas, com vários efeitos nas guitarras, onde também são utilizadas afinações mais baixas, e teclados, além de algumas doses de Thrash e Gothic Metal em alguns arranjos mais introspectivos e melancólicos.
Lançado em 2014 através de uma exitosa campanha de crowdfunding, onde participantes de diversos países contribuíram,o álbum "Catharsis" vem recebendo boas críticas e aceitação favorável do público
O mérito do Lyria é que não cai no lugar comum, tendo um balanço bem interessante dessas influências e elementos, usando com inteligência e sem excessos, e não sendo repetitivo nos arranjos, algo que comumente percebo em bandas que enveredam por esse lado mais "moderno/alternativo", vide o citado Evanescence.
Encontramos então uma boa variação nas composições, mostrando, apesar de uma banda nova, que possui maturidade suficiente, resultando em uma execução segura de seus papéis e arranjos bem construidos. "The True War" é uma boa abertura, com bastante peso, enquanto que "Revenge" tem uma sonoridade bem moderna, com vários efeitos e sintetizadores, evidenciando o lado mais "alternativo" (os efeitos me lembraram um pouco o The Birthday Massacre). O lado mais Symphonic Metal fica latente na excelente "Jester", com ótimo balanço de peso e melodia, bom trabalho de guitarras, além de um refrão cativante; momentos mais suaves e melancólicos, com flautas que dão um toque especial, podem ser encontrados em "What do You Want from Me".
Uma estreia muito boa, com maturidade e mostrando um excelente potencial.
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