Resenha: Renato Sanson
Se nos anos 80 as bandas se
enveredavam mais para o que era criado lá fora e mudando seu “estilo” e
preferindo cantar em inglês, é louvável em tempos atuais bandas que permanecem
cantando em língua pátria, e trazendo ótimos trabalhos, como é o caso dos
mineiros do Exorddium, que lançam no mercado seu segundo trabalho, “Leviatã”
(2017).
Letras em português com aquele
jeitão oitentista, sem querer soar moderno, mas sim trazer aquela áurea perdida
por muitos em um contexto lírico extremamente voltado ao Heavy Metal e que faz
você cantar de punho erguido a cada refrão!
Após a bela instrumental “Oceano
das Almas Perdidas” com seues belos violões temos uma trinca que é no mínimo empolgante:
“Leviatã”, “Hail” e “Irmãos do Metal” dão a tonica do que você encontrara neste
novo trabalho, Heavy Metal tradicional sem invencionices com aquele cunho anos
80 latente e recheado de clichês e feeling.
O novo vocalista Eduardo Bisnik
se sai muito bem e mostra um ótimo timbre, mas que ainda exagera um pouco nos
agudos, mas nada que comprometa o trabalho, já que em muitos momentos Eduardo
nos remete ao saudoso Geoff Tate. A produção do álbum é crua e límpida, mas poderia ser
mais eficiente se fosse melhor lapidada, o que faria as composições ganharem
mais força do que já tem. Em termos gráficos apesar de simples é muito bela e
se encaixa com a proposta sonora, com uma boa diagramação entre capa e encarte.
Se compararmos ao trabalho
anterior (“Sangue ou Glória” de 2013) a evolução é latente, mas o feeling e
empolgação continuam ali, fazendo você bater cabeça do começo ao fim e se
empolgar com letras que sim, soam clichês, mas batem forte no coração do
headbanger!
Links:
Formação:
Eduardo Bisnik - Vocais
Fernando Amaral - Guitarras
Paulo César - Guitarras
Nicolas Cortelete - Baixo
Jailson Douglas - Bateria
Tracklist:
1. Oceano das Almas Perdidas
2. Leviatã
3. Hail
4. Irmãos no Metal
5. Coração de Aço
6. Brinde à Vida
7. Filhos da Noite
8. Dama das Sombras
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