terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Accept: Lendas São "Too Mean to Die"!



A lenda germânica chega ao 16° álbum de estúdio, "Too Mean to Die", trazendo mudanças no line-up, com a saída de Peter Baltes, restou apenas Wolf Hoffmann de membro original.

Outra mudança foi a adição de um terceiro guitarrista, mas em termos de sonoridade, o Accept continua apresentando seu Heavy Metal Old School, tendo aquela roupagem mais atual e pesada vista desde o retorno com "Blood of the Nations" em 2010, mas cada vez mais próximo do Accept 80's.


A produção novamente tem a mão de Andy Sneap, sendo que as gravações inicialmente foram interrompidas devido a pandemia, e boa parte dela teve de ser finalizada a distância.

Tornillo se encaixou muito bem na sonoridade clássica da banda e Wolf é o grande maestro e mentor, então a gente já sabe o que esperar: muita rifferama tradicionais, refrãos marcantes, aqueles coros característicos, a voz ríspida e rouca, cozinha direta e pesada e muito bom trabalho de guitarras base e solos.

O trabalho das guitarras foi amplificado pela presença agora de três guitarristas, trazendo mais melodias e preenchendo ainda mais o som do grupo em alguns momentos, embora isso ainda possa ser mais explorado e por enquanto deverá ter mais efeito ao vivo.

O resultado pode ser sentido mais sensivelmente em trechos das intros e nas partes dos solos, em faixas como "Symphony of Pain", por exemplo, na hora dos solos, enquanto uma mantém o peso na base, outras duas duelam, dobram e se complementam em solos com melodia e técnica, com direito a trechinho de "Ode a Joy". Essas incursões de trechos de músicas clássicas é outra faceta tradicional da banda e de Wolf Hoffmann.

A instrumental "Samson and Delilah" é também um excelente número para que as guitarras tenham o seu destaque, e provavelmente vai ser usada nos shows ao vivo.


As músicas velozes e cheias de riffs, já tradicionais, temos várias, destacando a faixa título "Too Mean to Die" e "No Ones Master" com sua melodia principal marcante da guitarra e linha vocal mais melodiosa.

E claro, aquelas com pegada Hard/Heavy, de refrão marcante, naquela linha tipo "Love Child" ou "Midnight Mover" temos a "Overnight Sensation"; e naquele estilão mais épico, tipo "Princess of the Dawn", andamento mais cadenciado, versos com vocal sussurado, baixo e batera a frente e dedilhado ao fundo, e depois cresce, com aqueles coros tradicionais no refrão temos a "Undertaker".

Resumindo, é o Accept Clássico, que já estamos acostumados, em mais um bom álbum, repleto de Metal Old School, mas que jamais soa datado, realmente uma banda que "envelheceu bem", afinal, esta lenda germânica é "Too Mean to Die", se adaptou sem perder sua identidade, e ainda traz sensível mudança com essa adição de mais uma guitarra.


Banda: Accept
Álbum: "Too Mean to Die" 2021
País: Alemanha
Estilo: Heavy Metal
Selo: Nuclear Blast/Shinigami Records

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Wolf Hoffmann: Guitarras
Mark Tornillo: Vocais
Christopher Williams: Bateria
Uwe Lulis: Guitarras
Martin Motnik: Baixo
Philip Shouse: Guitarras

Accept site oficial

Tracklist
Zombie Apocalypse
Too Mean To Die
Overnight Sensation
No Ones Master
The Undertaker
Sucks To Be You
Symphony Of Pain
The Best Is Yet To Come
How Do We Sleep



Not My Problem
Samson And Delilah


Um comentário:

Igor Maxwel disse...

Para mim a lenda alemã do metal enferrujou em "Too Mean to Die". Perdeu a graça, não parece ser a mesma banda depois que o Peter Baltes saiu... Mais um disco fraco do Accept em sua fase recente. Lamentável!