Não é exagero colocar o Primal Fear como um dos principais nomes da história do Heavy Metal nesse século, período onde estamos assistindo ano após ano uma derrocada de bandas que sumiram, envelheceram, acabaram ou estão tentando voltar comemorando álbuns clássicos.
Na contramão dessa
estatística, o Primal Fear vem cuidando do detalhe chamado “tempo”, compondo e
gravando disco novo a cada 2 anos, tocando em alto nível nas turnês, entregando
na sua trajetória uma discografia que chega ao seu 14º disco de estúdio - “Cod
Red” - no qual traz uma conversa sobre os impactos globais da pandemia que
deixou um rastro de tragédia no mundo todo.
Ao chegar ao local, a Van que vinha de Limeira, logo desce
com Ralf Scheepers acenando para o público já garantindo uma noite incrível. A
casa recebeu a banda e público muito bem desde a entrada bem organizada e alto
profissionalismo, com aparelhagem de primeira qualidade, tudo isso somado a
pontualidade no horário da apresentação.
Os caras abriram com Chainbreaker, do primeiro disco descrevendo como é a pegada da banda desde o começo da trajetória, ou seja, Heavy Metal na sua elevação máxima de desempenho musical, composição e postura de palco.
É assombroso os agudos e a variação vocal que Ralf Scheepers faz ao vivo, não dá pra imaginar as músicas do set list sem a força vocal que ele coloca em cada uma delas. Do disco novo “Cod Red”, tocaram The World Is on Fire, Deep in the Night e Another Hero, a formação contava com Tom Naumann e Alex Beyrodt (guitarras), Alex Jansen (baixista substituto temporário de Matt Sinner nesta turnê) e Michael Ehré (bateria – também Gamma Ray), fizeram o que não aconteceu no disco anterior de 2020 “Metal Commando” no qual a pandemia não permitiu a turnê de lançamento.
No geral, a banda passou por todas as fases no
seu set list, sem descanso, porém um show descontraído com Ralf fazendo menções
ao Queen, conversando e agradecendo a recepção deles no Brasil.
Para ficar perfeito, só faltou uma banda de abertura. Já que o Dragonheart abriu em Curitiba, neste último show em São Paulo, poderiam dar oportunidade para o Harpago, Breakout, Álcool, Comando Nuclear, Em Ruinas, Sweet Danger, Trovão, Biter, Axecuter, Selvageria, Facing Fear, Chumbo, Murdeath, Hellish War, Nosferatu, Night Prowler, Rider, Flagelador, Armadilha, Vingaça Suprema e tantas outras que tocam Heavy ou Speed Metal de São Paulo, de outras regiões, outros Estados, que estão tocando ou paradas. Além de trazerem mais público, encontrar amigos, era uma chance de tocar numa grande estrutura de som e palco com uma banda reconhecida mundialmente.
Fica a reflexão para os organizadores que ainda teimam em deixar nossas bandas de fora em eventos dessa grandiosidade. Tenho certeza que o Primal Fear aprovaria essa pequena lista - que ainda faltam muitas - já que a banda mostrou nesse show e vem mostrando ao longo dos anos, que pode continuar por mais três décadas tocando em alto nível sendo reverenciada aqui no Brasil.
Texto:
Roberto “Bertz” Oliveira
Fotos: Paula
Cavalcante (@eyeofodin.photo)
Edição/Revisão:
Gabriel Arruda
Realização: Vênus
Concerts
Mídia
Press: Tedesco Comunicação & Mídia
Primal
Fear
Chainbreaker
Rollercoaster
The World Is on Fire
Deep in the Night
Face the Emptiness
Another Hero
Nuclear Fire
Hear Me Calling
Fighting the Darkness
King of Madness
The End Is Near
When Death Comes Knocking
Metal Is Forever
Final Embrace
***Encore***
Angel in Black
Running in the Dust
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