![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDus1m0Ui4em8Fi52v4GYkQ53Gh_eU94vCQ-weA1LMrtKl3XU8PjeWMniTl8JHdCteg6N48yX-O0VQ3nZ7m4ws7cjMFpGmRaE0-IwEKV19OxRrUgliQqClKpq22YWt_IIB69W6pluUvEGK/s400/Iced+Earth+2010.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWpAUaTvxU-a1BzTh2K3UIq2rcM_1UsXMcCnMWxaWOtRKot4tIou5w_LKkeynHjigFb7iHdllWOO0W7ZZIVl-d2tHvzjKNqe7BvN29wDSvh3l4nl96KB96yVzAJjUwiuslZv59N01kIrHc/s200/icedearth_010.jpg)
Lembro que o som era empolgante, diferente das demais bandas que conhecia na época. Também pudera, os riffs de Jon Schaffer (guitarra), aliados ao grande vocal de Matthew Barlow - sem falar na bateria, sempre criativa - faziam do Iced Earth uma das grandes bandas da década de 90.
Aqui falarei sobre cada álbum completo, compreendendo a discografia da banda desde o final dos anos 80 até o final dos anos 2000. Como os mais atentos já devem ter percebido, a banda relançou seus primeiros discos com nova capa. Assim, aqui traremos ora as capas originais, ora as novas produções.
Devido ao grande número de álbuns e ao tamanho dos textos (os quais busquei resumir, sem deixá-los superficiais), dividiremos essa matéria em duas partes. Confira agora a primeira delas. Vamos lá!
Enter the Realm (1989)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL9Qtn_ahspZMAt0yHPji_tdbDU87Z6kpOiMVZwtBKDx2lcJShTZTt6vUOByx8MHHhrLXOp6ilMf_j0qJB9UNP8wLV-rLyg8q3vHl4dKLcwpV8Xnag8veZquh-UL1a_EL2h-Wl_BHQ7uvV/s400/Iced+Earth+demo.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVj_iDDFu5KcmXvPHloPK6SDipnOaIFeoDocDAnHGT7WWGX-aFv_ZZtxToRmd7n7TL-Y2kYEwmOjvHWnXBZufc4381jiKMLkSKxqGHi_fX6NdABUabmOoRjZjsLPrsa6SPHnk_6gq8Z-Tv/s200/Iced+Earth+1989+banda.jpg)
Embora seja apenas um EP demo, “Enter the Realm” tem sumária importância para o Iced Earth. Na época, a ousadia de se misturar Thrash Metal com riffs mais Heavy podia ser vista com maus olhos, já que o período trazia a ascensão das grandes bandas de Metal da Bay Area (Metallica, Slayer, Megadeth).
Ainda com uma produção apenas satisfatória, o disco trazia já os clássicos “Colors” (com direito a um vídeo clipe bem simples), “Curse the Sky” e “Iced Earth”, clássico da banda que sofreria algumas alterações quando chegado o debut do grupo.
Ouça “Curse the Sky”: http://www.youtube.com/watch?v=dE1Ku04hXkg
Iced Earth (1991)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtdrhoKSBVBfUukkgi9RjuQJe3ebN60sFYPSmYl-apEm8-tVXp1WUmGYtbTrFBXzuVU6S97hH8yHhiK-D2LKY7hyjoa53ubU1hjeU75_4KIh4LXYyJcMjUYyak9M_IsRvVNit3n-5AKznz/s400/Iced+Earth+debut.jpg)
Embora contasse com o vocal mais fraco da carreira (o Gene Adam praticamente cometia suicídio com seus gritos agudos meio ridículos), o disco é um marco. Talvez nunca antes um álbum havia conseguido mesclar peso e harmonia, com riffs de guitarra cavalgados e solos perfeitamente encaixados.
A faixa-título conta com o vocal de Schaffer em alguns momentos, fato que ao vivo se tornaria a marca do guitarrista, cantando-a nos shows da banda. “When the Night Falls” também se tornaria um grande clássico, canção como a qual a banda jamais conseguiria compor. É única. “Desert Rain” também é uma boa música, com direito a vídeo-clipe.
Desavenças internas, ligado ao fraco apoio da gravadora ao álbum, fizeram que Adam deixasse a banda, cedendo lugar para John Greely.
A banda em 1991 tocando “When the Night Falls”: http://www.youtube.com/watch?v=i2kpYDzRiOc
Night of the Stormrider (1993)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPy0HYCrQ09EOwuZadVlL1yKOWGkP5rPAVjdsZypsXq5ChV1fCdpYumyTAQnWNITdN3cqzOoer3iO4O_pSIeXc2C4AZzhDUSaT_jr5hspBb3nPPTcLU-D8tt-jHorHq7SLxsZkKkW94kvj/s400/Iced+Earth+capa+Night+of+Stormrider+original.jpg)
Primeiro grande clássico da banda. Agora com novo vocalista, com vocal mais agressivo e uma maior maturidade nas composições, fizeram que este disco se tornasse um marco, superando em muito o disco de estréia.
As mais que clássicas “Angels Holocaust” (com a introdução de Carmina Burana) e “Stormrider” abrem o disco com maestria. De cara nota-se a presença de mais elementos sinfônicos, corais, mas apenas como complemento. A base é a mesma: thrash metal casado com heavy tradicional. São desse disco outros clássicos como “Pure Evil” (faixa que quebra tudo no “Alive in Athens”!), “Travel in Stygian” (uma tentativa que remete à última faixa do álbum de estréia) e “The Path I Choose”.
Ainda há a acústica “Before the Vision”, violão e o vocal de John Greely, este dando um show a parte. Infeliz ou felizmente, o cara deixou a banda (vocês verão que a banda é uma verdadeira ciranda de membros), cedendo o microfone para um novo vocalista, que é hoje quase unanimidade entre os fãs: Matthew Barlow.
Assista “Stormrider” ao vivo já com Barlow nos vocais: http://www.youtube.com/watch?v=HYZzncX-mIQ
Burnt Offerings (1995)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn35YyNzcL151F6ltMyNtepaeNZWM8TAz4MhC80IZWY9wVq42JsS7MEq_rUDlL_X10OPGm1krFU5Ddo6xp8XHYyQPKTN7asnk8Mt_TzKSs2aqszlvJi0fR1EOvQ4baxuhrVBFkMZ9jpOpA/s400/Iced+Earth+-+Burnt+Offerings.jpg)
Para o próximo álbum, uma significativa mudança. O novo vocalista, por mais que tivesse um timbre semelhante ao do seu antecessor, trazia um vocal ainda mais grave e pesado, encaixando finalmente de forma perfeita com o som da banda.
O terceiro disco traz de cara o uso mais destacado de teclados (executados por Howard Helm). A faixa-título chega a abusar deles em certos momentos. As canções se tornam mais complexas, na medida em que Schaffer vai compondo cada vez mais e buscando uma sonoridade mais trabalhada, sem deixar o peso de lado.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPuQk2SHxnJBirX1u0fbj9Al4b8epcXpiORFyLrhe-SKHQfRJi8pHQ-2N6LOtartObNN1KkML0W67bNoauXy1_0rvCcgZBM95hxRyx7QZOBq1Y32qgIfmrQr2YOplTP5hqnmEezpVB2ilM/s400/Iced+Earth+1995.jpg)
A banda em 1995
O disco é mais um marco pela chegada de Barlow, vocalista que os fãs receberam de braços abertos e cuja partida viriam a “chorar” anos depois. Em termos de novidades, há pouca coisa (o que não é exatamente ruim). Até mesmo mais uma música acústica (mas usando teclados agora) se faz presente, “The Pierced Spirit”.
No entanto, é definitivamente “Dante’s Inferno”, a épica canção de 16 minutos, que é o ponto alto do álbum. A faixa, obviamente baseada na obra de Dante Aleghieri “A Divina Comédia” (ou “O Inferno de Dante”), é simplesmente perfeita e a coisa mais grandiosa que a banda fizera até ali. Barlow aceito, agora era se superar a cada álbum.
Assista “Dante’s Inferno” ao vivo em duas partes: http://www.youtube.com/watch?v=FsVdau231RQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=DqKKZMhTLAw&feature=related
The Dark Saga (1996)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsht05nBI8uV-5oBXTIJL3s-dODrBF-afU34RNw8gyO-UAERVJ6CNVGBBOmjoXpFcy1q_YLrPiswpTPHB_K0i3r3fQkvVbl7lGuHRbq1Pd5IfMcj15rBg_spUcmuOtoIzl4uLZ_TGkDuQV/s400/Iced+Earth+-+The+Dark+Saga.jpg)
Um ano depois e, pela primeira vez, a banda lança um disco com o mesmo vocalista e formação. “The Dark Saga” é o maior sucesso comercial da banda até então. Provavelmente um dos discos da banda que mais renderam hits/clássicos.
Também marca o amadurecimento da banda na área dos discos conceituais. Mesmo não sendo algo de se orgulhar muito, Schaffer pegou a história de quadrinhos Spawn e a transformou nessa pérola (com direito a arte da capa desenhada pelo cartunista da série).
A faixa-título, a bela e triste balada “I Died For You”, a thrasher “Violate” e a pesada “Vengeance is Mine” se tornaram clássicos e músicas obrigatórias nos shows. Outros destaques são também “Slave to the Dark” e “A Question of Heaven”, esta última uma bela canção que mescla todos os elementos do álbum, fechando o disco.
Assista “The Hunter” ao vivo em 1997: http://www.youtube.com/watch?v=gfHISBLhW54&feature=related
Days Of Purgatory (1997)
Enquanto a banda preparava o novo disco (com a responsabilidade de superar o sucesso do anterior) e comemorava a aceitação total de Barlow como novo e definitivo vocalista, a banda lança “Days Of Purgatory”, disco duplo que trazia regravações com a formação daquele momento. Praticamente todas essas músicas citadas dos primeiros dois discos estão lá, com Barlow à frente. Muitas ficaram ainda melhor com a nova versão.
Na segunda parte (que estaremos postando aqui daqui algumas semanas), traremos os demais discos do grupo, abarcando a fase dos anos 2000, década crucial para o grupo e que foi um divisor de águas, para positivo ou negativo, dependendo do ponto de vista.
Também marca a saída de Matthew Barlow e sua volta sete anos depois, assim como a fase diferenciada com Tim “Ripper” Owens” (ex-Judas Priest), mudanças na formação e a consolidação de Schaffer como um líder e dono d abanda, com polêmicas quanto a sua autoridade.
Fique ligado!
Stay on the Road
Texto: Eduardo “EddieHead” Cadore
Revisão: Yuri Simões
Um comentário:
Excelente matéria, mas não concordo que o disco de 1991 não tem um vocal que soa "ridículo" é uma questão de gosto (acho excelente). Parabéns pela matéria.
Postar um comentário