Tudo isso porque unir André Matos (vocalista brasileiro que vez história com Viper, Angra, Shaman), Timo Tolkki (guitarrista finlandês, mundialmente conhecido com a Stratovarius), Uli Kusch (baterista alemão, passagens pelo Gamma Ray, Helloween e Masterplan), Jari Kainulainen (baixo, também fez história no Stratovarius) e Mikko Härkin (tecladista, ex-Sonata Arctica) seria, por si só, garantia absoluta de um clássico eminente.
Banda com estrelas do Power Metal ainda não impressionou!
Porém, com a liberação de duas músicas da banda, muitos foram os que se decepcionaram, sobretudo os que esperavam algo “diferente”, uma proposta mais original. Em contrapartida, àqueles que agrada o som feito por bandas como Angra e Stratovarius, a banda é um prato cheio.
André Matos e Timo Tolkki: Dupla ao vivo no show de estreia da Symfonia
Com a premiere de lançamento no Finnish Metal Fest em 18 de fevereiro de 2011, a Symfonia lançou seu primeiro (são esperados pelo menos, mais dois trabalhos) disco, “In Paradisum” (2011).
Acontece que, por exemplo, a faixa-título remetia demais ao Stratovarius, embora sua grandiosidade e um trabalho fenomenal de André Matos (mesmo que Uli tenha feito um de seus trabalhos mais pobres na bateria).
Confesso que julguei que teríamos um disco muito fraco. A verdade é que “In Paradisum” é um grande álbum, mas não traz nenhuma novidade, sendo completamente aquilo que aqui se costuma chamar e Metal Melódico, muitos momentos remetendo ao som do Stratovarius, ora ao do Angra e Sonata Arctica.
Curiosamente, são as canções que não haviam caído na internet que melhor defendem a proposta da banda. Por exemplo, impossível ficar indiferente à faixa que inicia o álbum, “Fields of Avalon”, ou à linda balada “Alayna”, com teclados atmosféricos, passagens acústicas (com bonito solo de guitarra) e a macia voz de Matos marcante como sempre.
Outras como “Come By the Hills” é mais Stratovarius que os dois últimos discos da ex banda de Tolkki, com um refrão legal e grudento. Isso pode ser algo positivo ou negativo, dependendo das expectativas que os fãs estavam criando.
Particularmente, esperava mais ousadia desse quinteto. Infelizmente, escolheram a sonoridade que os consagrou, em muitos momentos parecendo covers de alguma canção já feita. Não acrescenta nada ao Power Metal, embora, com certeza, agradará aos mais radicais fãs do gênero que não olham com boas caras para novas propostas.
Além da já citada faixa inicial, outra música que faz jus ao nome desses caras é “Santiago”. De longe, a melhor do disco, tendo velocidade, teclados atmosféricos, refrão marcante e o vocal característico do Matos (lembrando seus discos solos). “Forevermore” havia sido apresentada ao vivo já e, como era de se esperar, pouca novidade, mas bastante qualidade e “I Walk in Neon” também agrada. Uma das grandes composições do disco é a solene “Don’t Let Me Go”, com suas passagens acústicas.
De maneira geral, “In Paradisum” não agradará quem já cansou da sonoridade das antigas bandas dos membros, contudo, será um prato cheio para quem não busca ousadia e quer manter o tradicional som em evidência. Esperamos que os seguintes trabalhos possam, efetivamente, serem clássicos.
Stay on the Road
Texto: Eduardo “EddieHead” Cadore
Fotos: Divulgação, Aku Muukka e All Metal Fest
Ficha Técnica
Banda: Symfonia
Álbum: In Paradisum
Ano: 2011
País: Finlândia/Alemanha/Brasil
Tipo: Power Metal (Metal Melódico)
Formação
Tracklist
Assista a música “Don’t Let Me Go” ao vivo
http://www.youtube.com/watch?v=Uq655GvR4rw
A banda ao vivo no seu primeiro show
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