Sem dúvidas Herman Frank é um dos mais expressivos e respeitados guitarristas do Metal alemão e mundial, afinal, além do trabalho junto ao Accept, onde fez parte na época dos lançamentos dos clássicos "Restless & Wild" e "Balls To The Wall" (82-83), retornando com a banda para os shows de reunião em 2004/2005 e agora desde 2009, nesta nova formação pós Udo, que já contabiliza dois aclamadíssimos álbuns, ainda possui uma prolífica carreira solo e outros grandes trabalhos com as bandas Victory, Moon Doc e Poison Sun, sem falar ainda que produz e é engenheiro de som, tendo trabalhando com nomes como Saxon, Molly Hatchet, Messiah's Kiss , Rose Tattoo e Holy Mother, lançou vídeos instrucionais e é compositor arranjador e bandcoach!Um multi-homem praticamente!
Aproveitamos uma pausa entre a divulgação de seu segundo solo e a tour mundial do Accept para conversar com Herman alguns assuntos, como seu novo álbum, onde arranja tempo para fazer tanta coisa, e, claro, sobre o Accept! (To view English Version Click Here)
Herman
Frank: Bem, na verdade eu tinha em mente contar com o mesmo line-up. Porém a
vida é uma aposta constante, e as coisas mudam. Jioti teve alguns problemas com
sua saúde. Eu esperei por quase dois anos após “Loyal to Noone” para iniciar as
gravações de “Right in the Guts”, mas ele não estava apto a cantar como ele
costumava cantar. Por isso, decidi procurar outro vocalista para fazer o álbum.
Stefan (Schwarzmann) estava extremamente ocupado nesses dias, em diferentes projetos, de modo que não pode encontrar algum tempo entre eles. Porque eu queria gravar o sucessor de “Loyal” eu tive que dar uma chance a novas pessoas. Talvez desta vez o line- up mantenha-se pouco mais e me dê chance de fazer alguns shows ao vivo.
Stefan (Schwarzmann) estava extremamente ocupado nesses dias, em diferentes projetos, de modo que não pode encontrar algum tempo entre eles. Porque eu queria gravar o sucessor de “Loyal” eu tive que dar uma chance a novas pessoas. Talvez desta vez o line- up mantenha-se pouco mais e me dê chance de fazer alguns shows ao vivo.
Dupla afiada com Wolf no Accept |
HF: Fácil de
dizer. No Accept Wolf e Peter escrevem a maioria das canções, quase todas as
músicas. Na minha banda eu sou o "Mastermind". Como Wolf, Peter e eu
temos tipo, o mesmo background através dos anos, é óbvio que pode haver semelhanças.
Por outro lado eu evolui meu estilo próprio nestes anos sem o Accept. Eu acho
que minhas produções são mais ”ao vivo” e diretas. Partes mais melódicas em
minhas músicas também podem ser uma diferença do Accept.
RTM: Um
dos destaques do CD são os vocais de Rick Altzi, como você chegou à conclusão
de que ele seria o cara ideal para gravar esse novo CD?
HF: Rick
me ligou pedindo para cantar no meu disco novo. Na verdade eu não havia ouvido
nada sobre ele antes. Então lhe mandei algumas faixas com minhas ideias vocais
no topo e logo em seguida recebi canções terminadas com uma performance vocal
que me nocauteou!! Ele mandou bem desde o início! Ele é um vocalista poderoso e
mostra um monte de sentimentos nas faixas.
Line-up que gravou "Right in the Guts" |
HF: Yeah,
“Falling to Pieces” é uma das minhas favoritas também. Eu gosto muito dessa
música. Grande balada. Toneladas de sentimento. Ritmos cativantes. Whitesnake?
Bem, por que nós deixamos tudo isso só para eles? E para mim é uma honra ser
comparado a eles. Não é um grande elogio ter escrito uma canção que o
Whitesnake também poderia ter feito?!
RTM: Como foi
o processo de composição e produção do CD e como você divide o tempo a fim de
se concentrar em dois álbuns importantes como “Stalingrad”, com o Accept, e seu solo “Right in the Guts”?
HF: Como de
costume, eu escrevi todas as músicas. Durante alguns dias eu reuni algumas ideias.
Logo que ficou claro que Rick seria o vocalista ficou bem mais fácil. Nós
começamos a trabalhar no álbum em Agosto de 2012, a Mix terminou em Janeiro de
2012. O tempo é sábio e eu só tenho a dizer: O pássaro mais rápido pega a
minhoca!
RTM:
Falando sobre as letras, sobre o que você gosta de escrever? E sobre suas
influências como músico, quais são suas maiores influências?
HF:
Talvez devêssemos deixar isso para Rick,
ele está escrevendo todas as letras. Influências? Eu, eu mesmo e eu!!! (risos)
RTM:
Você tem seu trabalho solo, também tem o CD com a Poison Sun, o trabalho com Acceptr, shows,
produções, etc ... Como você encontra tempo para fazer tantas coisas? ? he he
he! Além da música você tem quaisquer outros hobbies? Filmes, futebol?
HF: Como
mencionei antes, você só tem que amar o que você está fazendo e só tem que
trabalhar duro. Eu não penso em tempo quando eu estou fazendo música. Eu
simplesmente amo isto! E hobbies? Filmes você está certo! Alguns esportes, como
Wing Tsung. Mas acima de tudo ter de vez em quando uma pequena festa com o meu
amigo Jack Daniells. Ele me ajuda a limpar a mente e se preparar novamente para novos
projetos!
Poison Sun, ao lado da esposa Martina |
HF: É
difícil dizer qual é ou são os meus álbuns favoritos. Honestamente, essa é uma
pergunta que não posso responder. Eu ainda gosto de “Culture Killed the Native”,
do Victory. Accept “ Restless and Wild”, é meu favorito, e quanto ao Moon Doc, eu daria
uma chance a “ Realm of Legends”.
Grandes trabalhos com o Victory |
HF: Sim!
Funcionou muito bem. Todo mundo na banda
estava muito confiante quanto a Mark desde o início. Ele é um poderoso cantor e um dos melhores caras que eu já conheci. “Cheers”
para você meu amigo!” Cheers”
ao Mark!!!
RTM: E sobre "Blood of
Nations" e "Stalingrad"? Pode falar-nos sobre as
diferenças entre eles, pré-produção, conceito, e mais algumas questões?
HF: Faça-me um
favor? Deixe estas perguntas para Peter e Wolf.
RTM: Após a
reunião do Accept em 2005, esperava-se que o chamado line-up clássico, com Udo,
lançasse um novo álbum, também se falou em um DVD gravado no Wacken, mas nada
disso aconteceu. Será que poderia nos contar um pouco sobre por que acabou não
rolando?
HF: Sem
comentários ....
RTM: Sobre
esse tempo, a sua primeira passagem pelo Accept, fale um pouco sobre como foi
para você fazer parte da banda nesse período. Muitos fãs consideram
"Restless & Wild" e "Balls To The Wall" os melhores
álbuns da banda.
HF: Para mim
foi uma grande aventura e uma viagem que ainda continuam, com um grande hiato
no meio.
Com o Accept nos anos 80 |
HF:
Martina ganhou muito respeito com o seu primeiro álbum. Estamos trabalhando já
no segundo. Mas nenhuma ideia de quando isso será concluído. Eu gosto muito do
estilo do Poison Sun.
RTM: Herman, obrigado por sua atenção, vou poupar um pouco do seu tempo!
Esperamos vê-lo em breve aqui no Brasil, tanto com o Accept ou talvez com sua
banda solo! Pena que no ano passado por conta de que o acidente em San Antonio
(EUA) você não pode vir ao Brasil!
HF:
Bem, obrigado por seguir a minha carreira e dedicar seu trabalho na minha música! See
ya soon! Best!
Herman
Por: Carlos Garcia
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