Talvez não
seja uma tarefa fácil um fã escrever sobre o álbum de uma de suas bandas
favoritas. Isto porque a probabilidade de sair algo extremamente piegas é muito
grande, apesar de ser uma coisa incontrolável, inevitável, definitiva.
Para mim,
falar de DARKTHRONE é simplesmente exaltar aqueles que foram pedra fundamental
no forjamento do Black Metal. Sim, eles não foram os pioneiros. Mas, há o Black
Metal antes e depois da banda. Apesar que, esta é uma tese que pode ser dissertada
em outra ocasião. Vou me depreender apenas no disco, ‘Arctic Thunder’.
A dupla
norueguesa Nocturno Culto e Fenriz resolveu voltar um pouco no tempo e
construir músicas enraizadas em seu material antigo, deixando de lado a veia
Folk que permeou alguns discos num passado recente. Particularmente, apreciei
esta inserção Folk, mas ver um DARKTHRONE mais ‘sangue nos olhos’ é bem melhor.
As duas
primeiras músicas, “Tundra Leech” e “Burial Bliss”, mostram essa raiva já de
saída, com ótimos riffs; “Boreal Fiends” tira o pé e mantém uma linha mais
arrastada, com guitarras hipnóticas e até solos (!!!); “Inbred Vermin” é puro
Speed Metal dos 80, até despencar em um andamento quase Doom; “Arctic Thunder”
vem na sequência, com riffs que tu ficas cantarolando e tocando air guitar, próprios pra um ‘bang your
head’. Forjar riffs destes é pra quem realmente tem conhecimento de causa e já
nasceu clássica!!; “Throw Me To The Marshes” traz um tocamento mais tradicional,
com um volumoso som de baixo; “Deep Lake Trespass” caracteriza-se por nuances
totalmente oitentistas também. Um som memorável!!; “The Wyoming Distance” é um
belo desfecho para esta grande obra.
Análise
previsível? Talvez. Mas é o que o álbum me passou. Quem conhece a carreira da
banda afinco, entenderá este ponto-de-vista e provavelmente concordará com a
maioria dos tópicos. Mas enfim, é apenas uma simples análise.
Como sempre,
a produção ficou a cargo de Fenriz e Nocturno Culto, no usual sistema ‘old
school’, com o indefectível som orgânico que um álbum do DARKTHRONE necessita.
Somente a masterização ficou a cargo do americano Jackontroll (que já trabalhou
com Furze, Disfigurement, Ritual Killer, etc).
A arte
gráfica remete totalmente aos álbuns dos anos 90, e mesmo sendo bastante
simplória, é muito bonita, especialmente a capa em tons de azul e preto. O responsável por isso foi Matthew Vickerstaff (My Dying Bride, Mysticum, etc.).
Por tudo isto, trata-se de um álbum essencial.
Um adendo final: o nome Arctic Thunder foi tirado de uma antiga banda norueguesa de Heavy Metal, que teve uma curta carreira nos anos 80 e lançou somente uma Demo. Fenriz pediu permissão aos antigos membros do grupo para usar o nome.
Por tudo isto, trata-se de um álbum essencial.
Um adendo final: o nome Arctic Thunder foi tirado de uma antiga banda norueguesa de Heavy Metal, que teve uma curta carreira nos anos 80 e lançou somente uma Demo. Fenriz pediu permissão aos antigos membros do grupo para usar o nome.
Texto:
Marcello Camargo
Edição/Revisão:
Carlos Garcia
Fotos:
Divulgação
Ficha
Técnica
Banda:
DARKTHRONE
Álbum:
Arctic Thunder
Ano:
2016
Estilo:
Black Metal
Gravadora:
Peaceville Records
Banda
Nocturno Culto (Vocais, Guitarra e Baixo)
Fenriz (Bateria, Guitarra e Baixo)
Tracklist:
1. Tundra Leech
2. Burial Bliss
3. Boreal Fiends
4. Inbred Vermin
5. Arctic Thunder
6. Throw Me Through the Marshes
7. Deep Lake Tresspass
8. The Wyoming Distance
Fenriz (Bateria, Guitarra e Baixo)
Tracklist:
1. Tundra Leech
2. Burial Bliss
3. Boreal Fiends
4. Inbred Vermin
5. Arctic Thunder
6. Throw Me Through the Marshes
7. Deep Lake Tresspass
8. The Wyoming Distance
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