Agradeço ao Road To Metal por
essa oportunidade e desejo que continuemos muito fortes nessa luta pelo Heavy
Metal Tradicional. Nós saudamos vocês! Bom, o que eu posso te dizer sobre tua
pergunta é aquilo que ouvimos da boca das próprias pessoas nos pós SHOW
descendo dos palcos. TODOS sempre trouxeram críticas incríveis. Não houve um
show sequer que não tenhamos sido abordados pelas pessoas e parabenizados como
a melhor banda que tocou no evento daquela noite. Em nossas apresentações,
enquanto nossa intro toca, nos reunimos fechados em círculo em cima do palco,
nós quatro, um olhando na cara do outro, e reafirmamos para nós mesmos que
vamos fazer o melhor show que aquelas pessoas vão ver na noite. Não admitimos
nos apresentar ao vivo sem chutar bundas. Enquanto tocamos ao vivo nós gostamos
de olhar no olho de cada um lá em baixo, de fazê-los sentir o que sentimos. Não
existiria nada no Metal se não existisse o público, eles são brutais. São tudo
para nós!
Se
alguém nos acha ruim ou não curte o som nunca veio me dizer. Até porque se
alguém não gostar do que fazemos não daremos a mínima. Continuaremos fazendo o
que acreditamos independente de críticas. É assim que o verdadeiro Metal deve
ser.
Lembro que nesta época o material
foi gravado exclusivamente para a banda Hibria levar junto para a sua turnê
asiática. Como surgiu está oportunidade?
Eu,
Nicolas Cardoso, aprendi tudo que sei em matéria de voz com o Iuri Sanson (ex-vocalista
do Hibria). Somos amigos e ele como um dos melhores seres humanos que já
conheci na época comentou comigo da viagem que eles fariam, me oferecendo a
oportunidade de levar alguns CD's nossos para o público e produtores japoneses.
Os retornos foram bem interessantes! Somos orgulhosos de termos uma bandeira
fincada em terras asiáticas. Na nossa Demo a produção das vozes foi feita pelo
Iuri, e tem até algumas vozes dele lá. Prêmio para quem descobrir aonde.
São dez anos de estrada e de
tributo ao Dio a Cerberus passou ao som autoral. Como foi está transição?
Faz
dez anos do nosso primeiro show no Steel Festival em Criciúma - Santa Catarina.
Temos orgulho de termos sido figurinha carimbada neste que foi o maior evento
de Metal do extremo sul catarinense. Não é qualquer evento que tem mais de
cinquenta edições além de realizações MENSAIS! Tu conheces algum produtor que
organizou perto de 12 eventos underground num ano? O Geni - Produtor do STEEL
FESTIVAL e owner no selo mais brutal que existe no Brasil, o RAPTURE RECORDS -
é o cara! Somos muito gratos a ele! Assim como não é qualquer banda que tem dez
anos DE PALCO. Ensaiar na garagem e brincar em frente ao computador não conta!
Somos uma banda de verdade e não uma banda de estúdio ou internet. Nosso lugar
é na estrada! Com a galera!
Sobre
o processo de composição foi algo bem natural. Nós fazíamos covers variados de
clássicos do Heavy Metal nos primeiros anos, mas DIO sempre foi uma paixão de
todos na banda, performamos com orgulho alguns shows como TRIBUTO AO DIO (maior
vocalista que já caminhou sobre a terra) e isso realmente colaborou muito para
formar nossa identidade. Honestamente eu desconfio que o nosso guitarrista
deveria fazer um teste de DNA (esse cara deve ser filho do Tony Iommi), ele
simplesmente pega a guitarra e solta riffs incríveis um atrás do outro.
Felizmente temos essa vantagem, os sons geralmente vêm dos riffs do Cristian
Nunes e eu meto voz e letra em cima, depois aprumamos os outros instrumentos e
linhas complementares. Nós temos músicas compostas desde 2010, temos material
que acabou não indo para a Demo que foi composta e que vai performar no nosso
CD full deste ano.
O retorno da Demo e das
apresentações fizeram a banda seguir em outro nível, já que neste período
realizaram aberturas importantes como Dr. Sin e Paul Dianno, certo?
Sim
de fato a Demo abriu muitos caminhos. Tivemos o prazer de abrir o maior show de
Metal que já existiu em nossa cidade natal, Paul Dianno, além de termos sido
convidados para abrir o show de encerramento do Dr. Sin pela própria
organização do evento.
Tivemos
um retorno bem legal sobre a DEMO LEGACY dos irmãos Busic e do Edu. Os caras
adoraram! Entregamos cópias em mãos para eles e o Edu (maior guitarrista
brasileiro) autografou a guita do Cristian Nunes. Temos contato até hoje.
Algo que chama a atenção na
Cerberus é a estabilidade em sua formação. Neste período ativo vocês tiveram
apenas uma troca de integrante!
Sim!
Nós acreditamos na longevidade e estabilidade das bandas como um fator
determinante para uma melhor sonoridade. Ter uma banda por muitos anos é
difícil, mais difícil ainda é mantê-la unida. Nós tivemos dois outros baixistas
além do atual, Rodrigo, infelizmente o nosso primeiro baixista decidiu ir tocar
Hard Rock e o segundo casou-se e mudou de cidade. Pretendemos morrer com essa
formação.
Em
relação ao Debut, já temos uma previsão de lançamento? Como estão as gravações
do mesmo?
Entraríamos
em estúdio no começo do ano, em março. Era quando o produtor do estúdio teria
agenda livre para nos receber. Mas devido ao Covid-19 paralisamos os trabalhos
e reajustamos a data para dezembro deste ano. Estamos sujeitos a questão
global, mas o tempo está ao nosso favor, é como fazer um bom vinho, quanto mais
tempo passar mais brutais as músicas ficarão. Algumas músicas estão totalmente
prontas e outras estamos em fase final de produção de guias para a gravação
profissional.
A
Cerberus executa um Heavy Metal Tradicional forte e intenso. Remetendo a
grandes nomes do estilo como Grave Digger e Manowar. Em termos líricos qual
será a influência e direcionamento para o primeiro álbum oficial?
Nós
temos uma grande influência em toda a escola de Heavy Metal Tradicional. Os
supracitados obviamente compõem posição elementar na nossa identidade, mas não
dá para deixar de fora Accept e Judas Priest. Estão enganados aqueles que
pensam que apresentamos tudo que sabíamos fazer no nosso DEMO CD. O nosso álbum
de estreia será GRANDIOSO, PODEROSO E BRUTAL!
Links:
Nenhum comentário:
Postar um comentário