Resenha por: Renato Sanson
O Black Metal em si é visto não
apenas como um estilo musical, mas sim como uma filosofia de vida, trazendo o
impacto em sua sonoridade ríspida com letras desafiadoras para muitos. Mas
engana-se quem pensa que o estilo se limita, e muito já vimos o
experimentalismo se aliar ao som negro e pútrido.
A Requiem’s Sathana de Novo
Hamburgo do Rio Grande do Sul traz essa proposta, com a faceta do Black Metal,
a velocidade do Death e o experimentalismo, com passagens intrincadas e
progressivas, o que deixa o Debut autointitulado – lançado neste ano (20) – bem
diversificado.
O trio gaúcho se uniu em 2017,
porém experiência é o que não falta em suas lacunas já que os músicos são
figurinhas carimbadas do underground extremo com passagens por bandas como:
Bloodwork e Dyingbreed.
São apenas cinco faixas com o
trabalho tendo a duração de um pouco mais de quarenta minutos, o que você já
pode imaginar o que terá das composições ao apertar o play, pois esqueça aquele
som sujo e muitas vezes tosco do Black Metal old school de meados dos anos 90,
mas sim hinos longos e cheios de variações, tendo até mesmo flerte com o Heavy
Metal Tradicional, mantendo a estética obscura, mas com diversificações que
fazem toda a diferença em sua sonoridade que vai na contramão do estilo.
A produção do álbum é de alto nível
e muito cristalina. Não deixando você perder nenhuma alternância entre as
músicas, além é claro, do peso na dose certa para a proposta. A parte gráfica
com uma arte em preto e branco traz essa obscuridade e intensidade que a
Requiem’s Sathana mostra em sua musicalidade, casando perfeitamente com sua
estética.
Fãs de Enslaved, Dimmu Borgir,
Paradise Lost e afins, deleitem-se, pois é mais que um prato cheio.
Ótima estreia!
Ótima estreia!
Links:
Formação:
Rex Mendax (baixo)
Rex Guture (vocal)
Rex Inferii (guitarra)
Tracklist:
01 Legion
02 Perfect Silence
03 Now It’s War
04 Mordgier
05 Requiem’s Sathana
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