Criada em 2011 pela vocalista e compositora Sabrina Filipcic Holm, o Cinnamun Beloved já possui um full-lenght e um DVD lançados, além de ter sido banda de suporte em shows de porte internacional, ao lado de bandas como Epica e Sirenia. (English Version)
Com uma sonoridade moderna, densa, bela e melodiosa, às vezes melancólica, às vezes sinfônica, possui uma personalidade marcante, sendo difícil lhe lhe colocar dentro de um rótulo específico, mas com certeza agradará fãs de grupos como The Gathering, Nightwish, Sirenia e outros que transitam nesse estilo sinfônico/Gótico.
Conversamos com a mentora do grupo, Sabrina Filipcic Holm, para trazer para vocês um pouco mais desta excelente banda argentina, que inclusive está com o segundo álbum praticamente pronto.
RtM: Para começar esta conversa, gostaria que você fizesse uma breve história da banda, aos leitores que conhecerão o Cimnamun Beloved por essa entrevista.
Sabrina Holm: A ideia inicial do Cinnamun Beloved surgiu no início de 2011, depois que deixei minha banda principal, a qual era fundadora e compositora principal. Decidi explorar novos estilos musicais sem abandonar meu estilo de composição. O primeiro material da banda foi gravado por músicos talentosos da cena local, que fizeram parte da banda para os shows ao vivo. Cinnamun Beloved também contou com a participação de alguns músicos convidados: Diego Valdez (ex Skiltron) e Guillermo De Medio (que trabalhou com Tarja Turunen) no teclado e programação. A banda foi escolhida para abrir para o Epica em 2012. A banda também lançou um DVD ao vivo em 2013, com fragmentos de shows ao vivo e importantes músicos convidados.
RtM: Como você descreveria a sonoridade da banda?
SH: O som da banda é uma mistura de diferentes estilos de metal combinados com elementos eletrônicos, que tem como resultado um som moderno e poderoso, em combinação com minha voz.
RtM: A banda também sofreu várias alterações no line-up. Conte-nos mais a respeito.
SH: Por razões pessoais, em 2014, me separei dos demais músicos, e comecei a compor o que seria o próximo álbum da banda, chamado "Stain", o qual está sendo gravado ainda. A banda está postando as novas músicas no Youtube. para que a pessoas possam ouvir o novo material. A atual formação é: Eu (Sabrina Filipcic Holm) nos vocais, Leonardo Lukaszewicz (guitas), Germán Esquerda (keyboards), David Saavedra (baixo) e Matías Sala (bateria). Em março de 2017 Cinnamun Beloved ganhou um concurso para ser banda de apoio do Sirenia em Buenos Aires. Atualmente, a banda continua tocando e gravando o novo álbum que possui um som diferente do primeiro, incluindo elementos do Power metal, mas ainda mantendo o som sinfônico.
"Eu gosto de encontrar o meu próprio estilo, não tento copiar qualquer cantor (e não poderia, mesmo se eu quisesse)" |
SH: Felizmente, a repercussão do primeiro álbum foi muito boa, mas a cena do metal aqui é muito complicada, por vezes, é difícil conseguir levar às pessoas o seu material ...
Sobre o nome do álbum, eu (Sabrina Filipcic Holm) estava em um momento muito estranho na minha vida, então é por isso que eu decidi nomear o álbum desse jeito ...
RtM: Gostaria que você nos conte um pouco mais sobre 2 músicas desse debut, que eu gostei muito, são elas "Leaving Myself" e "Never Asleep", para mim, dois destaques do seu primeiro álbum.
SH: Essas são duas músicas que escrevi com piano e voz somente, e decidimos fazer "músicas" delas, com elementos eletrônicos e toda a banda no final, para torná-las mais divertidas e poderosas.
RtM: No perfil da banda, você se descreve como Gothic Metal, mas vejo que o som vai além, sendo muito criativo. Gostaria que você comentasse sobre a sonoridade e o que você procura em termos musicais para a banda?
SH: Nós nos consideramos uma banda de Gothic Metal porque nós realmente não sabemos o que somos ....hehe. No segundo álbum, há mais elementos do Power Metal, mas ainda sinfônico. Eu acho que porque há uma cantora em primeiro lugar, mas nós fazemos a música que gostamos, nós não pensamos: "isso não é gótico". Eu apenas componho do jeito que eu quero (risos).
RtM: Fiquei impressionado com a qualidade de som do seu álbum. Eu vejo que você está projetando uma carreira internacional, e você sabe que só é possível com o investimento. Gostaria que você comentasse sobre isso e sobre os planos futuros da banda.
SH: Claro que é um plano futuro da banda, procuramos um selo, e queremos que nossa música seja ouvida fora da Argentina também. Temos uma boa repercussão por pessoas que nos ouviram em outros países, mas sabemos que é difícil, são muitas bandas boas na mesma situação que estamos ... mas há bandas de heavy metal da Argentina que atravessaram o oceano, então, quem sabe?
RtM: Falando sobre investimentos, logo após o álbum, você também lançou um DVD. Eu achei uma ideia interessante, algumas novas bandas lançam DVD logo nos primeiros anos. Gostaria de saber como ocorreu a repercussão e se você alcançou os resultados esperados.
SH: Foi um pouco arriscado, mas decidimos fazê-lo de qualquer maneira, a repercussão foi boa e está disponível no youtube para que as pessoas possam assisti-lo. O DVD físico tem entrevistas e backstages.
RtM: E sobre o processo de composição na banda? Como funciona?
SH: No primeiro álbum, a composição foi feita por mim, Sabrina Filipcic Holm e Jorge Perini, que me ajudou, tive algumas ideias e fizemos músicas delas. No segundo álbum, a composição vem sendo feita por mim e Federico Cordera, exceto duas faixas feitas por Guillermo de Medio, Leonardo Lukaszewicz e eu, uma por mim e a intro e outro composta pelo tecladista Germán Esquerda.
"São muitas bandas boas na mesma situação que estamos ... mas há bandas de Heavy Metal da Argentina que atravessaram o oceano, então, quem sabe?" |
SH: Depende do clima, acho, he he. Como eu disse antes, não planejamos nossas músicas ou dizemos que não é nosso estilo, ou qualquer coisa assim ... se gostamos, está dentro ....
RtM: Como você disse antes, existem várias músicas novas no youtube, gostaria que você nos contasse, então, qual é a situação atual do novo álbum e se há uma previsão de lançamento?
SH: O novo álbum está quase terminado, e será lançado no final de 2017, esperamos. Estamos colocando no youtube as novas músicas, para que as pessoas possam ouvi-las antes que o álbum esteja completo, então eles sabem o que é o Cinnamun Beloved hoje em dia. Felizmente as pessoas gostaram do que já ouviram!
RtM: E para fazer um paralelo com a cena na Argentina com a cena aqui no Brasil, quais são as principais dificuldades enfrentadas para manter uma banda de Metal em seu país?
SH: A cena do Metal aqui é muito pequena, e é muito difícil conquistar seu espaço. Muitas pessoas são desonestas, e você tem que pagar para abrir para bandas estrangeiras, e uma soma considerável de dinheiro, é tão injusto, nunca fizemos isso, mas muitas pessoas fazem isso, nunca termina ...
"Estamos colocando no youtube as novas músicas, para que as pessoas possam ouvi-las antes que o álbum esteja completo, então eles sabem o que é Cinnamun Beloved hoje em dia." |
SH: Comecei a ouvir Metal quando tinha 16 anos, mas eu cantei toda a minha vida. Comecei a estudar e continuo hoje em dia. Obrigado pelo "bela voz!". Eu tenho influências, mas ninguém em particular. Eu gosto de encontrar o meu próprio estilo, não tento copiar qualquer cantor (e não poderia, mesmo se eu quisesse), então eu faço o que posso fazer ...
RtM: Obrigado pela sua atenção, deixei o espaço final para você enviar uma mensagem aos leitores.
SH: Obrigada pela entrevista, você pode nos encontrar no facebook, Instagram, twitter, somos Cinnamun Beloved ... KEEP ON ROCKING !!!!! OBRIGADO!!!!
Entrevista: Carlos Garcia
Agradecimentos: Patry Campos (Skywards Promotions)
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Entrevista: Carlos Garcia
Agradecimentos: Patry Campos (Skywards Promotions)
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