Cobertura: Renato Sanson
Fotos: Glauco Malta
Após 10 anos de sua última passagem pela capital gaúcha, o “Esquadrão da Tortura” retorna a Porto Alegre, desta vez para um show mais que especial, pois, se reconstruir após uma enchente não é nada fácil. Porém, aos poucos vamos recolocando a casa em ordem e a vida segue.
Originalmente o Torture Squad
tocaria somente em Santa Maria, mas o show acabou sendo adiado para o dia 30/11
devido ao nosso problema climático e em contra partida a data do dia 29/11 foi
adicionada para a capital gaúcha.
O local escolhido foi o excelente
Gravador Pub, que também foi assolado pelas águas, mas ressurgiu das cinzas em
um novo endereço, mas com a mesma proposta.
Disponibilizando uma estrutura
muito boa, tendo acessibilidade e uma qualidade de som acima de muitas casas
consagradas. Um local de médio porte que se torna um caldeirão com a presença
dos fãs.
E na noite do dia 29/11 não foi
diferente, pois o que presenciamos foi uma aula de Thrash/Death Metal e com o
público presente inflamado!
Com a formação estabilizada desde
2015 com May “Undead” nos vocais, Rene Simionato nas guitarras e os incansáveis
Castor (baixo) e Amilcar (bateria), o TS trazia a tour do seu mais novo álbum, “Devilish”,
aclamado pela critica e fãs.
Iniciamos a noite (passado um pouco das 19h) com a banda porto-alegrense Phornax. Comemorando seus 15 anos de estrada e apresentando também sua nova formação.
Capitaneada pelo vocalista
Cristiano Poschi, a banda apresentou as musicas do seu primeiro EP “Silent War”
lançado em 2012, mas trouxe as novidades que teremos em 2025, as músicas novas
que estarão em seu vindouro debut.
Uma apresentação sólida e um time de músicos invejáveis e muito bem entrosados. Com destaque ao poder da voz grave e potente de Cristiano. Um Heavy Metal cru, técnico e cheio de feeling. O Phornax tem tudo para conquistar o público se manter essa pegada.
Vale destacar também a qualidade de som que estava impecável, outro ponto positivo do Gravador Pub, se você é a banda de abertura ou não, isso não importa. Você tocará com uma qualidade de som decente.
O palco do Torture Squad já
estava montado e com uma estrutura linda e em volta do mais recente lançamento,
com um pano de fundo incrível e painéis as suas laterais que só engrandeciam
ainda mais.
Então era hora do “Esquadrão” entrar em cena e aos poucos os músicos foram tomando seus lugares para iniciarem com “Hell Is Coming” e toda a sua expansão sonora que o Torture construiu nesses últimos anos e mostra o poder dessa formação já consolidada.
Não é preciso dizer que levou os presentes a loucura e a presença de Mayara é
insana, fazendo você sentir vergonha de estar curtindo o show sem bater cabeça.
Sem tempo para respirar: “Flukeman”
e “Buried Alive” chegam como arrasa quarteirões e as primeiras rodas já se
formam! É incrível como estas composições novas soam ainda melhores ao vivo,
além de mostrar um leque de influencias em sua sonoridade já característica.
Mas foram 10 anos longe, então o set transitou por boa parte da discografia da banda e o primeiro clássico a tomar forma foi a poderosa “Hellbound” levando a casa abaixo!
Para após o excelente single “The
Fallen Ones” com um show a parte de May e Rene, outro clássico entra em cena: “Abduction
Was The Case” e sua destruição sonora.
Podemos dizer sem medo de errar
que a dupla Castor e Amilcar formam uma das melhores “cozinhas” do meio Heavy
Metal mundial é um entrosamento e técnica absurdas! Com essa reformulação da banda
em 2015, podemos também afirmar que o Torture vive o seu melhor momento desde
então, pois se em estúdio já provaram a sua capacidade é ao vivo que temos o
teste de fogo e tanto May quanto Rene não devem em nada a seus antecessores.
Soando como se estivessem no
Torture Squad desde sempre.
Ao meio do show tivemos um fato inusitado, pois o bairro em que o Gravador Pub é localizado (bairro São Geraldo) teve uma falta de luz inesperada com a banda em palco e com Amilcar tocando mesmo no escuro devido à adrenalina que estava sentindo (fato dito pós show em mais um bate-papo com o mesmo).
O que parecia que estragaria uma
noite durou apenas alguns minutos, e felizmente a luz foi reestabelecida para o massacre
sonoro que teríamos em sequência com: “Storms”, “Horror And Torture”, “Chaos
Corporation” e finalizando com “The Unholy Spell”.
Um show sensacional e lavando a
alma dos fãs que aguardavam seu retorno a terras gaúchas.
Fica aqui o meu agradecimento a
M.A.D Produtora pela ótima produção, ao Gravador Pub por ter se reconstruído e
continuar com a qualidade de sempre e a todos que compareceram e brindaram
juntos ao Torture Squad. Uma banda mais que consolidada e que merece muito mais
holofotes e reconhecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário