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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Resenha de Show: Claustrofobia, Korzus e Krisiun (31/10/14) Aquarius Rock Bar (SP)


Noite quente em São Paulo. No dia em que se comemora o Dia das Bruxas se apresentaram três bandas de peso do nosso Metal Nacional. A noite prometia muito som pesado e pescoços sendo destruídos a cada som executado.

A casa abriu por volta das 22:00h, um público pequeno se aglomerava na entrada, mas estavam com muita sede de Metal. Depois de rolar alguns vídeos em um telão as luzes se apagam e logo se escuta os primeiros riffs do Claustrofobia, banda já com 20 anos de carreira e muito som pesado na bagagem.


A galera logo se esquenta assim que a banda entra em cena, já se viam rodas se abrindo e muito cabelo voando. Os pontos altos onde a galera correspondeu muito bem foram com “Pinu da Granada”, “Metal Maloka”, “Peste” e “Bastardos do Brasil”. Um fato curioso e engraçado durante o show foi o grande Caio D’angelo estourar literalmente a caixa de sua bateria, isso mostra o quão a banda realmente deu de tudo no palco para levar a galera ao êxtase, um belo show de abertura na noite.


Por volta de 00:55h, Marcello Pompeu e sua trupe invadem o palco com seu fiel Thrash Metal, era a vez do Korzus levar a casa abaixo. Logo a galera se anima e começa as rodas e a empolgação tomando conta de todos, pois a energia que a banda passa ao público é realmente divina. Pompeu começa sua contagem com um emaranhado de riffs e bateria separando a galera em dois lados com uma imensa roda, fato que já é marca registrada do frontman, onde todos de uma forma bem louca, mas sadia se encontra em um verdadeiro mosh de qualidade.


“I See Your Death” e “Correria” foram bem executadas, juntamente com “Bleeding Pride”, música do já aclamado “Legion”, novo disco da banda. O Korzus deu sim um grande show para o público presente que de fato saiu do palco com o dever cumprido, não deixou nada a desejar.


O público presente guardara energias para a atração principal da noite, Krisiun. Os irmãos Kolesne sobem ao palco para último e grande show, quando se escutaram os primeiros acordes do mestre Moises, todos sentiram uma sensação única: “Krisiun vai derreter o que sobrou de todos!”. Sendo assim os primeiros urros da lenda Alex Camargo tomou conta do lugar, todos estavam fervorosos e enlouquecidos.

Os grandes clássicos da banda se fizeram presente em um show um pouco curto, mas bastante intenso e marcante. “Minotour” e Descending Abomination” foram de pura hipnose. Ouvia-se um coro gritando “Black Force Domain” música que acabara encerrando esse excelente show que ficará na memória de todos os presentes por um longo tempo.


Foram três excelentes bandas do nosso Metal Tupiniquim, pelo que as bandas representam para o nosso som e culturas, deveriam ter mais prestígio. O público presente mostrou um grande diferencial e respeito por tudo àquilo que foi visto em uma noite de puro Metal pesado.


Cobertura por: Leandro Fernandes
Fotos: Flavia Estevam
Edição/revisão: Renato Sanson

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Claustrofobia: Toda a Agressividade do Metal Maloka

Banda brasileira vem com tudo em novo disco


Não espere nessa resenha uma opinião imparcial pois desde o álbum homonimo de 2000 o Claustrofobia vem conquistando cada vez mais espaço e chamando cada vez mais a atenção da midia, por isso mesmo venho acompanhando a banda desde o seu inicio e na minha opinião seus discos seguintes “Thrasher” (2002), “Fulminat” (2005) e “I See Red” (2009) foram verdadeiras evoluções, porém sem nunca perder sua raiz focada em um Death/Thrash Metal extremamente agressivo e com muita personalidade, criando um som único, o auto intitulado Metal Maloka.


Novo álbum "Peste" privilegia a língua portuguesa

A formação vem se mantendo estável nesses últimos anos, isso deve ser um dos motivos por “Peste” (2011) ser um CD tão consistente, méritos totais para Marcus D’Angelo (vocal e guitarra), Alexandre de Orio (Guitarra), Daniel Bonfogo (baixo) e Caio D’Angelo (bateria) que há muito tempo deixou de ser um garoto prodígio, já que no álbum de estréia da banda ele tinha apenas 13 anos.

Outro ponto diferencial desse trabalho é o fato dele ter sido gravado todo em língua pátria, ou seja, é perfeitamente compreensível a mensagem ácida e agressiva passada pela banda. Não que essa seja uma grande novidade empregada por esses paulistas porque em cada CD sempre houveram músicas em português como “Paga Pau” e “Eu Quero que se Foda” (clássica!).

A bagaça já começa com a destrutiva “Peste” e o seu refrão extremamente pegajoso, na seqüência mais porrada com “Metal Maloka” e “Bastardos do Brasil” que possui uma das melhores leras que o Claus já compôs. 

Uma surpresa vem com “Nota 6.66”  essa foi a primeira musica que saiu no teaser do CD e causou uma serie de polêmicas pois essa nada mais é que um samba (verdadeiro, não aqueles pagodes medíocres) extremamente pesado ao lado de guitarras distorcidas, com participação especial do grupo Batuque de Corda. O interessante é que ficou muito legal na proposta do CD, mesmo que os mais tradicionais possam torcer o nariz, a verdade é que os músicos estão pouco se importando, a banda está em um ótimo momento e muito mais técnica, prova disso vem com faixas como “Pinu da granada” e a cheia de groove “Vida de Mentira”.

No final de tudo, “Peste” se torna um marco na carreira da banda que nunca parou de evoluir e agora a tendência é que o sucesso se espalhe, afinal de contas Claustrofobia é pior que febre...

Texto: Luiz Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Divulgação, Maurício Santana

Ficha Técnica
Banda: Claustrofobia
Álbum: Peste
Ano: 2011
País: Brasil
Tipo: Death/Thrash Metal
Selo: Sngre/nacional

Formação

Marcus D’Angelo (Vocal e Guitarra)
Alexandre de Orio (Guitarra)
Daniel Bonfogo (Contrabaixo e Vocal)
Caio D’Angelo (Bateria)





Tracklist
01.Peste
02.Metal Maloka
03. Bastardos do Brasil
04. Nota 6.66
05. Pinu de Granada
06. Alegoria do Sangue
07. Bicho Humano
08. Vida de Mentira
09. Caosfera
10. Viva

Assista o teaser do disco


Acesse os links abaixo e conheça mais sobre a banda

sábado, 24 de dezembro de 2011

Resenha de Shows: Zoombie Ritual Festival - A Confirmação do Metal na Região Sul do País (Parte II)

O Segundo Dia
Sábado, 10 de dezembro de 2011


Juggernaut divulga CD
Por volta do meio dia entra no palco a banda catarinense Adonifer que executa um Metal melódico com influencias de Prog Metal, só que não era a praia de muitos que estavam no festival por isso mesmo o show foi meio vazio. Vale destacar o vocalista que a cada música mudava de visual com máscaras e outros apetrechos de gosto peculiar, mas a coisa ganhou ares cômicos quando foi executada “The Pursuit of Vikings” onde o vocal colocou uma peruca e um machadinho de brinquedo, ficou muito engraçado,  mas as composições são boas, destaques para sons como “Foverer Dragon”.

Pessoal querendo Thrash, este voltou com os catarinenses do Juggernaut que aproveitaram o show para divulgar seu CD “Ground Zero Confict” (2011) e para quem gosta de bater cabeça essa é a sua banda. O cover de Testament “DNR” (“Do Not Resuscitate” do álbum “The Gathering” de 1999) foi matador, mas o que chamou a atenção foi mesmo as composições próprias como “Free Words To Fight”. Aproveitei para fazer mosh e bater cabeça em cima do palco e ainda ganhar o CD na faixa (resenha em breve por aqui).

Jailor
Hora da podreira invadi o palco com o Zombie Cookbook  com uma maquiagem perfeita para a temática da banda, todas as músicas da sua EP “Cine Trash” foram executadas e até mesmo algumas músicas que irão estar no primeiro CD. Quem gosta de filmes de terror, splaters e grind não pode deixar de conhecer essa banda. O horário das 13 horas tirou um pouco do clima do show, mas mesmo assim foi uma apresentação perfeita.

Conversando com os bangers alguém falou: “Cara você gosta de Slayer então não perde a próxima banda”, pensei que era exagero mas quando a Jailor entrou no palco deu para sacar que o cara não estava exagerando. Se você fechasse os olhos podia pensar que Tom Araya estava com sua trupe no palco e quando eles executaram “Raining Blood” não teve uma cabeça que não girou e no final o vocalista da um belo mosh na galera, fechando com a música que dá nome a banda, um clássico do Metal nacional.

Representando o Heavy Metal tradicional veio a banda Power Steel que fez um show muito bom com destaque para todos os músicos que possuem um domínio técnico de seus instrumentos, porém, mais uma vez o  público compareceu pouco pois estavam a espera das bandas mais brutais, mas mesmo assim quem ficou curtiu grandes composições como “Headbanger” e “Metal Force”.

Anthares tocou clássicos e inéditas do próximo disco

Anthares é clássica e ver essa banda ao vivo para mim era a realização de um sonho, por isso mesmo não deu para segurar a alegria ao ver um show que se iniciou com a primeira faixa do maravilhoso “No Limite da Força” (1987), é claro que eu estou falando de  “Fúria”.

A banda deu uma aula de metal, só clássicos e duas músicas que estarão no seu próximo álbum “Pesadelo Sul Americano” e “Semente perdida”, fechando o show com “Chacina” e a roda comendo solta e esse que voz escreve mais uma vez estava voando do palco feliz da vida.

Bestial de volta
A volta da Bestial já era esperada por todos os bangers (tem um texto sobre isso aqui no blog) então assim que o vocalista Chuckill subiu aos palcos ele revelou que a Bestial estava muito feliz de voltar e esse era o segundo show, mas sinceramente parecia que a banda nunca tinha parado, pois o entrosamento entre eles é fantástico e quem nunca viu essa banda ao vivo, saiba que o nome faz jus ao som deles: simplesmente bestial. Destaque para a clássica “Blasphemy Blesing of Fire” do álbum “Final Pressage” de 2004 cantada por todos os presentes, além das novas “Tetraterror Clan” e “Atomic  Blazing Ejaculation”.

Impretus Malevoulance veio a dar seqüência para a destruição executada pela Bestial, na real essa já é uma relíquia do nosso undeground sendo que a cada ano que passa a proposta deles fica mais extrema e o vocalista/baixista Rafahell canta como tivesse possuído pelos demônios que suas letras invocam. A banda voltou recentemente de uma turnê européia e provavelmente destruíram tudo com fizeram nesse show do Zoombie realmente eles são “Arquitetos da Destruição”.

Symphony Draconis
Outro teste de fogo vinha para a banda Symphony Draconis que vinha para o palco do Zoombie testar sua nova formação, mas só posso dizer uma coisa: essa banda está pronta para ser a nova revelação do Metal nacional, pois os caras conseguem ter uma presença de palco e uma musicalidade que impressiona qualquer um, foram apenas cinco músicas mas não tem como não ficar boquiaberto com verdadeiros hinos profanos como “Demoniac By A Divine Power”. De acordo com a banda o novo trabalho sai em março de 2012. Estaremos de olho, pois essa banda promete.

Mostrando que o Zoombie não tava para brincadeira, mais uma clássica formação invade os palcos catarinenses: Apokalyptic Raids do lendário Leo Mansur, que como declarou em entrevistas recentes iria pregar menos e tocar mais e foi exatamente isso que o cara fez, fazendo uma mescla de seus quatro lançamentos e é claro “Angels of Hell” e “Apokalyptic Raids” (ambas do álbum “Only Death is Real” de 2001) não poderiam faltar.

Doomsday Ceremony presente em todas as edições do festival

Doomsday Ceremony é a única banda que pode se orgulhar de estar presente em todas as edições do Zoombie e quando eles começam a tocar fica nítido o porquê. Eu curtia a banda, mas nunca tinha os visto ao vivo, ficava em duvida se toda aquela sonoridade monstruosa conseguia ser feita em cima de um palco, mas nos primeiros acordes deu para sacar que esses paranaenses não estavam de brincadeira, os caras levaram o palco abaixo e moeram ainda mais nossos pescoços, impossível não pogar a sons como a apocalíptica “Vampire Saga” (do álbum “Apocaliptic Celebration” de 2005). Esta aí a prova de que o Black Metal não precisa de pianinhos e vocais limpos para ser maisntream.

A banda argentina Mortuorial Eclipse

A primeira apresentação internacional veio da Argentina com os black metallers do Mortuorial Eclipse. Confesso que nunca tinha ouvido o som dos caras, mas fizeram uma boa apresentação. O estilo perpetuado pela banda está muito em voga na cena nesses últimos anos o famigerado Black Metal Melódico, então o teclado ajudava a dar um clima todo sombrio para a apresentação, tudo isso somado a muito gelo seco e corpse paints dos músicos que iam se derretendo ao longo do show. Destaque para a grandiosa “At the Gates of the Marduk Shrine”.

“Zoombie Ritual, Krisiun está aqui!”, simples assim Alex Camargo dá o pontapé inicial para mais uma hecatombe sonora feita por esses gaúchos. Na boa, como três caras fazem tamanha desgraça no nossos ouvidos é um mistério, o show foi relativamente curto já que teríamos ainda Claustrofobia e Vulcano, mas mesmo assim foi aquilo tudo que os fãs esperavam.

Alex Camargo liderou o massacre ao vivo de uma das maiores bandas do mundo, Krisiun
Do CD novo (“Great Execution”) rolou “The Will To Potency” que pelo seu potencial (trocadilho fail) vai se tornar um verdadeiro clássico da banda aliada a músicas como “Senteced Morning” (“Southern Storm” de 2009) e “Hatred Inherith”  (do “ Conquerors Of Armageddon” de 1999) deram muito trabalho para os seguranças para evitar os moshs e a pancadaria comendo solta.

Luiz Carlos da Vulcano
Nunca tinha visto o Claustrofobia ao vivo e essa para mim é uma das melhores bandas do nosso fudido underground. Tinha conversado com Marcus antes do show, então a expectativa era grande e mais que isso: quando a banda entrou no palco todo o cansaço se foi e deu espaço para um dos shows mais violentos da história do Zoombie, sem duvida,  abrindo com “War Stomp” (“I See Red” de 2009) a banda mostrou o que é o Metal brasileiro, a banda foi muito aplaudida quando Marcus disse mais ou menos assim: “A gente tá aqui pra fuder essa merda. Não importa se tem 200 ou 2000 mil pessoas, a gente vai tocar porque amamos essa porra. O metal não morreu e vocês são a prova disso, do caralho vocês aqui são agora 5 da manha e tá todo mundo aqui prestigiando as bandas, vocês são foda” e toma porrada “Pino da Granada”  “Paga Pau” e “Thrasher” e, para mim, uma grande honra cantar no microfone com a banda o refrão de “Peste”... simplesmente fudido demais.

A apresentação do Vulcano tinha tudo para dar errado, pois além do horário que já invadia as seis da manhã o público estava simplesmente morto pela maratona de shows, mas ai que o talento supera qualquer coisa, pois estamos falando de uma banda com mais de 25 anos de estrada. Então, na real, dá pena de quem perdeu essa apresentação, pois foi muito brutal.

Vulcano, pioneira do Metal extremo nacional, tocou clássicos absolutos dos anos 80

A banda fez uma espécie de best of de toda sua carreira sem esquecer seu mais recente lançamento “Drowning in Blood” (2011) fazendo a dobradiha de “Awash In Blood” e “Devil Forces”, passando por clássicos como “Fallen Angel” (do segundo álbum “Anthropophagy” de 1987) e “Bloody Vengeance” (álbum homônimo de 1986) e para fechar o show uma trinca de “Total Destruição” (“Tales From the Black Book”, de 2004),Guerreiros de Satã” e “Legiões Satânicas”, uma volta aos anos 80 do glorioso Metal nacional.

Final de show triunfante, nem sei como cheguei na barraca para dormir mas deveria ser umas sete e pouco da manhã, era hora de descansar para o último dia do festival.

Texto: Harley
Revisão/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Maicon Leite (Wargodspress)

Agradecimentos às bandas e ao Maicon Leite que disponibilizou ótimas fotos para a postagem.