Mal nos recuperamos da histórica apresentação do Deep Purple na capital gaúcha na noite anterior e já no dia seguinte fomos conferir a banda Venus Attack num show especial, pois deixou de lado as guitarras e lançou mão de violão e arranjos de baixo e bateria para apresentar várias composições próprias, além de algumas releituras.
O quarteto se apresentou na Livraria Cultura (ano passado também estiveram por lá), em evento gratuito no domingo de 16 de novembro para uma plateia que lotou o pequeno auditório. Tendo à frente o carismático vocalista Michael Polchowicz, o fim da tarde e começo da noite foi de muita música de qualidade e muita diversão, num clima mais intimista e informal, em que a banda e o público constantemente interagiam, mostrando que mais do que fãs, a banda tem cultivado grandes amigos desde que surgiu.

Michael anuncia um cover e pergunta quem havia ido ao show do Deep Purple, passando a executar com a banda a clássica “Perfect Strangers”, que ficou muito interessante com André Carvalho (violão) e Daniel Muller (baixo/violão) criando o clima que o clássico exige. O baterista Renato teve que simplifica bastante, mas conseguiu o intento de manter o bom trabalho com as baquetas e pedais.

Era chegada a hora de “S.O.S.”, faixa que segundo o próprio vocalista trata da destruição do nosso planeta pelas nossas mãos. Essa música recentemente ganhou vídeo clipe e, como era de se esperar, foi escolha acertada para compor o set.
Obviamente não poderia falta Hangar e a pedidos no dia anterior, a banda executou uma versão mais curta da clássica “To Tame A Land”, numa versão que pouco lembra a versão acústica gravada pelo Hangar há alguns anos. Ponto pra Venus que não foi lá e repetiu a versão da banda original.
Caminhando para o final, a clássica “Eternal Hate” é executada, contando com grande participação da plateia, seguida de “Secret Place” (uma das minhas favoritas da noite), antes de mais uma versão tributo, desta vez “Enjoy the Silence” (Depeche Mode), o que foi uma surpresa pra este que escreve, ficando uma versão interessante desse clássico acústico (a banda já havia gravado versão elétrica).
Para o bis, a banda convida ao palco pessoas da plateia para cantar juntas “Hear Me Pray”, provavelmente a faixa mais conhecida e idolatrada pelos fãs. Num momento bem descontraído, alguns tímidos (mas corajosos), subiram ao palco e “ajudaram” Mike a cantar a faixa, com bastante risadas e diversão. Certamente o ponto alto desse encontro. Assista AQUI da matéria vídeo oficial.
Encerraram a apresentação, mas o público se negou a ir embora, “obrigando” que a banda executasse mais uma canção. Como o repertório todo já havia sido apresentado, Mike deixou a critério do público escolher qual das canções seriam executadas de novo e a escolhida quase que com unanimidade foi “Eternal Hate”, que voltou a ser executada, finalmente encerrando mais um show desse grupo de grande competência e capacidade criadora. Voltamos para o interior com missão cumprida de conferir dois ótimos shows na capital gaúcha.
Texto/edição: Eduardo Cadore
Fotos: Diogo Nunes
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